Não é muito frequente mas acontece-me, de longe a longe, concordar com Henrique Raposo. E tem muita razão, quando aponta a seguinte hipocrisia, no artigo de ontem no Expresso: não podemos estar para aqui a barafustar contra a vassalagem ocidental ao totalitarismo Qatari, quando permitimos que aqui, na Europa, mulheres e homossexuais continuem a ser agredidos e subjugados por fundamentalistas islâmicos. Tal como permitimos que a comunidade cigana case meninas de 13 ou 14 anos e as impeça de ir à escola. E se certa esquerda insistir na negação, e continuar a gritar “racismo!”, de cada vez que alguém alerta para o óbvio, mais lhe vale estender uma passadeira vermelha à extrema-direita e enterrar a cabeça no chão para evitar de ver a sua triste figura.
Henrique Raposo tem razão
22/11/2022 by
Essa não a razão do HR, a razão do HR é que faz e permite fazer dinheiro limpinho, e, portanto, não é dos regimes do mal.
Se estivesse preocupado com a província, defendia o aumento do RSI como incentivo à escola e o multiculturalismo. Não é conhecido por isso, no mínimo.
O Raposo teria razão se a maioria dos seus textos não fosse, exactamente, a atacar essas pessoas (mulheres, homossexuais, imigrantes…).
O que moveu o Raposo na escrita dessa crónica foi, simplesmente, a sua devoção beata e a islamofobia associada.
Ver o Raposo escrever isto é como vir agora o Cavaco dizer que admirava o Che. Pura mentira.
E acrescento, camarada: se o Raposo estivesse realmente preocupado com isso, apoiaria a escola pública incondicionalmente e o ensino fundamental como antídoto para os fundamentalismos religiosos… ora, o Henrique é ele próprio um fundamentalista.
Quer dizer que o Raposo não vai escrever uma crítica à javardice de Tim Pool, Matt Walsh, Tucker Carlon ou muitos outros desejarem que morram mais em atentados terroristas do bem? Eu aqui à espera de uma nova aliança…
Ou seja…
Escrito por alguém (do bem), tem razão, pelo Raposo, teria razão se.
Tem um bom ponto para uma causa para a qual se borrifa completamente, só para atirar aos seus alvos favoritos como se a grande maioria discordasse; tudo para ganhar pontos com os idiotas úteis que acham que é uma questão de crer (sic).