Qatar, o financiador do Hamas que não aparece nas notícias

Um facto curioso sobre a ampla cobertura de que o Hamas tem sido alvo é a total ausência de referências a um dos seus principais aliados e financiadores: o Qatar.

Somos constantemente recordados das ligações ao Irão e ao Hezbollah, mas, por algum motivo, o Qatar fica sempre fora do radar a comunicação social ocidental.

O próprio líder do Hamas, Ismail Haniyeh, tem residência em Doha, a mais de 2 mil quilómetros de Gaza. Podia viver em Teerão ou Beirute, mas é possível que a presença de Alá se faça sentir com mais intensidade na luxuosa capital do Qatar.

E qual será a razão para a total omissão do papel desta monarquia absoluta na manobra do Hamas?

Não faço ideia. Mas suspeito que será a mesma que garantiu o branqueamento das manchas de sangue do Mundial de 2022.

Qatar Inc.

Da direita para a esquerda: Tamim bin Hamad al Thani, o Vladimir do Qatar, Lionel Messi, seu assalariado, e Gianni Infantino, mercenário que preside à FIFA e habita o bolso de al Thani.

Inspirador.

Somos todos gauleses

Por norma queremos que a França perca sempre, porque temos um passado de gato-sapato aos mãos dos tipos, excepção feita ao Euro 2016. Mas hoje, meu querido Portugal, somos todos uma irredutível aldeia de gauleses, porque querer a vitória da Argentina é uma afronta ao nosso Deus e a Igreja Universal do Reino de CR7, n’est pas?

Eva Kaili e o estranho caso das ditaduras que adquirem serviços de altos cargos da UE

Eva Kaili, vice-presidente do Parlamento Europeu e membro do PASOK, foi detida em Bruxelas, por ser suspeita de integrar um esquema de corrupção, organização criminosa e branqueamento de capitais patrocinado pelo Qatar, com o intuito de favorecer o execrável regime em tomadas de decisão comunitárias.

Não sei se se relacionará com isto, até porque a Comissão Europeia é liderada pelos conservadores do PPE, e este caso, segundo a comunicação social, envolve sobretudo membros dos S&D, mas as importações de gás liquefeito qatari aumentaram substancialmente no último ano, dada a necessidade de substituir Putin por um ditador com aspecto mais lavado. E aquelas dishdashas brancas a imaculadas sempre são mais frescas que o cinzento escuro do K(remlin)GB.

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Elites e ditadores: as notícias sobre Moscovo também eram exageradas, não eram?

É natural que as elites de uma ditadura não lhe sintam o peso da mão. Nenhum ditador governa sozinho. E isto é evidente em pessoas ou grupos tão distintos como a velha aristocracia que transitou do Estado Novo para a democracia, no branqueamento de Putin por Gerhard Schroder ou na relação de amizade de Dennis Rodman com Kim Jong-un.

Não admira, portanto, que o mesmo aconteça hoje com o Qatar. Seja por parte de emigrantes portugueses com uma posição privilegiada no país, por trabalharem em empresas com peso e importância na economia qatari, muitos dos quais minimizam o que lá se passa por medo de represálias, seja por parte de quem por estes dias viaja para Doha para assistir a uma partida do Mundial.

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Hangin’ out in Doha

Costa está doente, coitado, e não pôde ir ao Qatar, torrar uns milhares do dinheiro que não temos, em despesas de representação sem qualquer tipo de utilidade, como de resto o demonstram as democracias mais sólidas, pouco interessadas em enviar governantes para as bancadas do Mundial. Foi Ana Catarina Mendes na sua vez, fazer coisa nenhuma.

Triste país, roto e remediado, refém da nulidade.

Uma (dupla) lição para a selecção nacional

O que se passou ontem no Grupo E do Mundial foi sensacional. Antes da competição, poucos duvidavam que seriam a Espanha e a Alemanha a passar. A única dúvida era qual das duas passaria em primeiro. Hoje, chegaram a estar as duas eliminadas, mas a Espanha lá se safou, apesar da derrota contra o Japão-sensação. E que isto sirva de lição para a selecção (efectivamente, a selecção) nacional. Uma dupla lição: para não subestimar adversários teoricamente inferiores e para não se encolher perante os gigantes. Porque os gigantes também caem e ontem caíram dois. Se Portugal jogar tanto quanto sabe, com humildade e determinação, o caneco pode mesmo vir cá parar.

O Mundial do Qatar, segundo John Oliver

Acho que ficou bem resumido.

O último Mundial do Ronaldo… e de 6500 trabalhadores!

Amanhã, parece que começa o Mundial de Portugal. Muitos já o chamam de Mundial da vergonha, mas não é o suficiente para deixarmos de seguir com a mesma intensidade os heróis nacionais que se irão sacrificar pela nossa pátria. Os direitos humanos são inalienáveis, menos quando se trata de bola, porque o desporto irá unir toda a gente. O Qatar, neste momento, é aquele homem que bate na mulher e depois pensa que resolve tudo com umas flores. Neste caso, as flores são o futebol.

 

Entendo que para o Ocidente este Mundial seja uma vergonha e tal, mas agora esqueçamos isso. Quem não deve esquecer são as famílias dos trabalhadores que faleceram em condições terríveis, aqueles que não podem assumir a sua identidade no Qatar, aqueles que vêem as suas liberdades individuais aniquiladas. No entanto, o Ocidente perde cada vez mais a moral para criticar estes regimes totalitários. A cada oportunidade de ver dinheiro à frente, o Ocidente coloca as tretas dos direitos humanos de parte e verga-se perante os cifrões que lhes são colocados no papel. Perdemos constantemente os valores a troco de preços. A culpa disto já não é do regime assassino do Qatar, é de quem se aceita corromper por tão pouco.

 

Mas esqueçamos isso. Esqueçamos isso, porque sabemos que, em princípio, nunca será um dos nossos ou próximo a sofrer o que esses migrantes sofreram. Esqueçamos isso, porque vivemos neste canto à beira-mar plantado que até é bem sossegado. Esqueçamos isso, porque sim, trabalhadores a falecer é chato, mas agora a preocupação é se o Danilo joga a central. Esqueçamos isso, porque ter um estádio em cima de um cemitério pode não ser agradável, mas já imaginaram se o Félix marca um golo mesmo ao ângulo naquela baliza? Esqueçamos isso, porque é o último Mundial do Ronaldo… O pior é que também foi o último de 6500 trabalhadores.

Nunca nos esqueçamos.

Henrique Raposo tem razão

Não é muito frequente mas acontece-me, de longe a longe, concordar com Henrique Raposo. E tem muita razão, quando aponta a seguinte hipocrisia, no artigo de ontem no Expresso: não podemos estar para aqui a barafustar contra a vassalagem ocidental ao totalitarismo Qatari, quando permitimos que aqui, na Europa, mulheres e homossexuais continuem a ser agredidos e subjugados por fundamentalistas islâmicos. Tal como permitimos que a comunidade cigana case meninas de 13 ou 14 anos e as impeça de ir à escola. E se certa esquerda insistir na negação, e continuar a gritar “racismo!”, de cada vez que alguém alerta para o óbvio, mais lhe vale estender uma passadeira vermelha à extrema-direita e enterrar a cabeça no chão para evitar de ver a sua triste figura.

Que grandes ovários!

Entretanto, no Qatar, a jornalista e antiga futebolista Alex Scott explica ao mundo porque razão as mulheres são o sexo fraco, com a mesma braçadeira arco-íris que os jogadores europeus tiveram medo de usar enfiada no braço. Isto de as mulheres fazerem mais barulho que os homens na luta pelos direitos humanos no Médio Oriente está a tornar-se um caso sério. Acho que devíamos pensar seriamente na possibilidade de substituir a expressão que evidencia coragem “que grandes tomates” por “que grandes ovários”.

O Mundial do Qatar, o lobista Sarkozy e as armas que al Thani lhe comprou

O Qatar garantiu a organização do Mundial em 2010. Na altura, Nicolas Sarkozy era presidente de França e lobista do violento regime Qatari. A UEFA, fundamental na escolha do Qatar, era liderada por Platini. E Platini foi um dos convidados para uma célebre reunião na residência oficial de Sarkozy, juntamente com o Vladimir do Qatar, Tamim bin Hamad al Thani. A reunião terminou com duas certezas: que o Mundial de 2022 seria no Qatar e que o Qatar encomendaria 14 mil milhões de dólares à indústria francesa do armamento. Pelo caminho, com os trocos que sobraram, ainda compraram o PSG.

Ainda bem que estas coisas não passam na televisão. É um aborrecimento, ter que levar com a realidade, quando há tanto futebol para ver.

Não, senhor presidente. Não esqueceremos

Marcelo Rebelo de Sousa fez hoje uma declaração lamentável, indigna de um presidente de uma democracia liberal, a propósito das constantes violações de direitos humanos no Qatar, que reconheceu, para de seguida afirmar “esqueçamos isso”.

A gravidade desta normalização segue um padrão. E não se resume a Marcelo, ou a Portugal, abrangendo todos os ditos moderados que governam as democracias liberais. E é mais corrosivo para a democracia que mil populistas.

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O Ronaldo é o maior, mas…

O Ronaldo é o maior.

Não é maior que o Salgueiro Maia, nem que o Aristides, ou sequer que o Eça, mas é, à sua maneira e no seu tempo, o maior.

Ser o maior não implica ser perfeito. D. Afonso Henriques, que foi o maior, bateu na mãe. Humberto Delgado, que também chegou a ser o maior, e morreu por isso, começou por ser um apoiante do regime fascista. Todos têm os seus esqueletos no armário. Até os maiores.

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O Mundial do Qatar e a FIFA vergada ao totalitarismo

O Mundial do Qatar é uma abominação. Pelos motivos que já todos sabemos. Também sabemos que a FIFA é cúmplice da barbárie, mas não sei se estava a contar com este nível de lambecusismo. Ou se calhar até estava. Afinal, foi graças a ela que tudo isto foi possível.

Na mensagem proibida, que tanto incomodou a FIFA, podia ler-se “Direitos humanos para todos”. Para uma organização que afirma ter como valores absolutos a transparência, a responsabilidade, a integridade, a solidariedade, a coragem, a justiça e – preparem-se – a democracia, acho que fica dito tudo o que há para dizer sobre a consistência da espinha dorsal da FIFA.

Boicotar Qatar

A “festa do futebol” que nos querem servir no Qatar está banhada a sangue.

Doha a quem doer, 1-0 para os adeptos do Braga!

Depois de um trocadilho barato com a capital do Qatar, vamos a coisas mais sérias e mais caras. Não por podermos falar de preços absurdos, mas por custarem vidas humanas e não só.

Na semana passada, foi sabido que a Qatar Sports Investements, proprietária do Paris Saint-Germain, adquiriu 21,67% da SAD do SC Braga. Anteriormente, estes mesmos 21,67% eram adquiridos pela Olivedesportos. Felizmente, a SAD do SC Braga viu-se livre dessa gente da Sport TV que não interessa para nada. Fazem com que jogos sejam marcados para horas indecentes, controlam os direitos televisivos e isso parece tudo muito obsceno. É muito melhor ter participação da Qatar Sports Investements, que é subsidiada pelo Estado qatari, chegando mesmo a ser considerada propriedade do Ministério das Finanças do Qatar. E como sabemos, o Qatar é um exemplo de país no que diz respeito a direitos humanos. Estamos a falar de um país que criminaliza orientações sexuais, que não permite pessoas andarem vestidas como querem, que não respeita outras crenças… Mas isto do futebol une as pessoas e como o Mundial é lá, de certeza que tiveram bom senso. Certo? Errado. Recorreram a trabalho escravo que já custou a vida de milhares de pessoas para se prepararem para o Mundial. Entre dezenas de federações e uma FIFA que prontamente expulsou a Rússia de todas as competições, ninguém se levanta perante isto. Todos sabemos que quando se fala de democracia, o Qatar mete a Rússia num bolso. Hipocrisia por parte da FIFA e afins? Não, que ideia. [Read more…]

O horrível equipamento da selecção e outras questões menores

O equipamento da selecção para o Mundial é horrível?

Talvez seja.

Ainda assim não tão horrível como os 6500 trabalhadores que morreram na construção dos estádios do Mundial, explorados, traficados, sem condições de segurança, mínimos de dignidade e não raras vezes em regime de escravatura.

Nem tão horrível como a legitimação de uma monarquia absoluta e totalitária que em pouco ou nada se distingue do Kremlin nos métodos, onde ser mulher é não ter direitos, ser homossexual é ilegal e assumir uma religião que não o Islão dá pena de prisão até 10 anos.

Ou tão horrível como a hipocrisia daqueles que se indignam com regimes onde a sharia é lei, excepto quando estão em causa ditaduras como a Qatari, onde a sharia também é lei e prevê penas como a flagelação e a lapidação.

A diferença?

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Habeck, o admirável ministro da economia alemão

As respostas de Robert Habeck, ministro da economia alemão, num talk show televisivo ocorrido há três dias, foram uma magistral lição de filosofia, economia, política, seriedade, coragem, autenticidade e visão.

Com uma paciência de Jó, com toda a simplicidade e nunca simplismo, Habeck, desprovido da arrogância, pretensiosismo e a habitual opacidade da esmagadora maioria de dirigentes políticos que ocupam os governos do mundo, abananou a sociedade alemã ao falar de forma brilhantemente diferenciada sobre as consequências da guerra na Ucrânia para o abastecimento de energia da Alemanha e as razões pelas quais continua a rejeitar um embargo energético contra a Rússia, enquanto tudo faz para libertar a Alemanha da dependência russa, assegurando também o abastecimento de electricidade à Ucrânia.

E aqui ficam algumas das clarividentes respostas de Habeck no programa de Markus Lanz, um conhecido moderador neoliberal da TV alemã, que acabou por engolir em seco as suas próprias picadelas sedentas de sensacionalismo, usando e abusando das fotos em que Habeck cumprimenta, inclinado, o emir do Qatar:

“A Alemanha sempre se apresentou como se nós fizéssemos tudo melhor, soubéssemos tudo melhor; e depois aprovámos Nordstream II no ano da anexação da Crimeia, e no ano seguinte transferimos parte da nossa infra-estrutura petrolífera para a Rosneft, a companhia petrolífera russa, no ano após a anexação da Crimeia! Os ucranianos agradecem-nos pelas armas, mas perguntam-nos, porque é que só as forneceram agora que o nosso povo já está a ser assassinado? Teria sido muito mais inteligente entregá-las antes, poderia até ter acontecido que nem sequer chegássemos a ser atacados; e nós só podemos dizer a nós próprios que estamos a fazer tudo bem, se partirmos de uma concepção política em que estamos sempre do lado moralmente correcto; mas não é esse o caso.” [Read more…]

O Equilíbrio do Terror #7 – Putin, o Mundial do Qatar e o erro de insistir no erro

Insistimos nestas figuras. Em 2018, era vê-los a todos nos camarotes do Mundial da Rússia, poucos meses após o envenenamento de Sergei Skripal. Penso que os britânicos foram os únicos a não comparecer. Agora, queremos excluir um tirano de um Mundial de futebol, que terá lugar numa monarquia absoluta, governada por outro tirano.

Um Mundial de futebol que, não tendo ainda começado, está marcado pela corrupção e por violações de direitos humanos de milhares de trabalhadores dos estádios, acessos e outras infraestruturas construídas para o efeito.

Um Mundial de futebol que nenhuma selecção de nenhuma democracia teve a coragem de boicotar, apesar das centenas de trabalhadores semi-escravos que morreram para o levantar. Apesar da natureza totalitária do regime Qatari.

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PSG, Messi e o autoritarismo que toleramos em nome do futebol

O Paris Saint-Germain, um dos maiores clubes de França, detentor do mesmo número de campeonatos que o Saint-Etienne (9), menos um que o Marselha e um percurso mediano nas competições europeias, é hoje o ícone maior do lamaçal em que chafurda o futebol moderno. Bilionariamente financiado por um fundo controlado pelo monarca absoluto do Qatar, Tamin bin Hamad Al Thani, o PSG é o exemplo acabado, mas não o único, de como a Europa se deixou colonizar pelo dinheiro mais sujo e corrupto que circula no planeta. A mesma Europa do futebol patrocinado pela Gazprom e por outras empresas controladas por ditaduras, onde qualquer oligarca russo, chinês ou saudita adquire um clube, lava a imagem e o dinheiro manchado de sangue. Não admira que Messi lá tenha ido parar. Mais barril de petróleo, menos barril de petróleo, mais mulher lapidada, menos mulher lapidada, tudo se compra, pelo preço certo em euros, na Europa da liberdade e da democracia, onde tantos vêm uma ameaça nos desgraçados dos migrantes que dão à costa na Grécia, e tão poucos se preocupam com os tapetes vermelhos que se estendem para personagens sinistras como o Emir do Qatar.

Cristiano Ronaldo, Coca-Cola e o Europeu dos autocratas

Gostei de ver a UEFA a sair em defesa da Coca-Cola, na sequência da ronalidice a que assistimos há uns dias. Até porque nem todos se podem dar ao luxo de cuspir no prato onde comeram, como fez Cristiano Ronaldo.

Por causa deste episódio, fui espreitar os patrocinadores oficiais do Euro 2020. E descobri que pelo menos um terço das empresas patrocinadoras são geridas por oligarcas e directamente controladas por um regime totalitário:

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A ideologia do dinheiro

Quando chegava a casa do trabalho, ouvi Trump na rádio a dizer que se preparava para colocar um ponto final no acordo assinado entre Obama e Raúl Castro. Mais uma grande jogada do player do momento. Segundo Trump, não há acordos com países que não respeitam a democracia. Excepto se for com um país com muito dinheiro e petróleo. Nesses casos, esquece-se a democracia e não se fala mais nisso. [Read more…]

Aquele estranho momento

em que Donald Trump decide brincar à diplomacia. O cofveve segue dentro de momentos.

Jihad Americana

A extrema-direita, seja a oficial, seja aquela que se infiltra disfarçada entre conservadores e liberais, atravessa hoje uma das fases mais complicadas da sua estranha existência. E a culpa, em larga medida, é de Donald Trump.

Reparem na contradição: enquanto se masturbam com a diarreia mental diária do presidente norte-americano, que num dia emite uma fatwa contra o mundo árabe e no outro se desloca a Riade para bater continência à casa-mãe do fundamentalismo islâmico, a quem de resto aproveitou para vender cerca de 110 mil milhões de dólares em armamento, estes tipos desenham teorias da conspiração, que mais parecem saídas de um bolinho da sorte chinês, acusando a esquerda, não se percebendo muito bem porquê, de ser uma espécie de suporte ideológico do terrorismo islâmico. [Read more…]

Síria: a política dos pipelines

As ameaças dos EUA à Síria têm muito pouco a ver com os alegados ataques químicos. E muito a ver com os interesses de cada um dos actores deste drama.

As guerras são sempre selvagens. Esta guerra parece-nos ainda mais selvagem devido à proliferação de vídeos a retratar as mais variadas atrocidades. Atrocidades essas perpetradas tanto pelos rebeldes, como pelas tropas leais ao governo. Nenhum dos lados é merecedor de qualquer tipo de confiança e muito menos de apoio, isto é, se quisermos ter uma consciência tranquila.

A Síria é composta por inúmeras etnias/facções, muitas delas dispostas a lutar entre si se não houver um homem forte que as mantenha em cheque. O afastamento de Assad do poder é garantia quase absoluta que o país vai mergulhar no caos.

Composição étnica da Sìria

Composição étnica da Síria (clique para aumentar, imagem grande!)

Tendo em conta que a mudança de regime está fora de questão, quais são os interesses de cada actor neste drama?

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Sócrates negou três vezes

socrates-nega-3-vezes

Se não foi vender dívida foi fugir da campanha eleitoral. Ou as duas, pela ordem que se preferir.