No jogo desta madrugada, Dani Alves salvou Dunga de um “impeachment” no Paraguai, destituição que começa a ser pedida pelo povo brasileiro em virtude dos fracos resultados da selecção brasileira na primeira ronda de jogo da qualificação COMNEBOL para o campeonato do mundo de 2018, torneio no qual a selecção brasileira é actualmente 6ª à passagem da 6ª jornada com 9 pontos, fruto de 2 vitórias, 3 empates e 1 derrota. Estando a 1 ponto dos 5ºs e 4ºs classificados, respectivamente Colômbia e Chile, não se poderá de maneira alguma dizer que os brasileiros começam a ficar fora da corrida porque a corrida ainda vai no seu início e nas próximas duas jornadas que se irão disputar em Setembro, a 7ª e 8ª das 18 previstas tudo poderão alterar na classificação geral.
Crónicas Desportivas (6) – Dos salvamentos e dos apuramentos
GOOOOOOOOOOOLO!
O homem que mandou Deus passear

“Jonas e a baleia”, ilustração no “Jami’ al-tawarikh” (Pérsia, c. 1400)
Jonas era um tipo ponderado, reflexivo, avesso a que lhe desordenassem os dias e ainda mais a receber ordens. Deus embirrou logo com ele. Ou não fosse Ele hábil a identificar os problemáticos, os que insistiam em pensar e duvidar e ver além. Jonas tinha de ser domado. E por isso, estando o homem posto em sossego, Deus foi ter com ele e mandou-o ir a Nínive, a cidade assíria do culto a Ishtar, deusa da fertilidade, do amor e do sexo. Vai lá e avisa-os de que o fim está próximo, diz-lhes que destruirei a cidade e todos os seus habitantes, ordena.
Jonas, que esperava a divina visita e adivinhava o desfecho de tal incumbência, correu para o porto mais próximo e apanhou o primeiro barco que saía, que por acaso ia para Társis, mas, sobretudo, não ia para Nínive. [Read more…]
No ventre da baleia
Uma vez meteram-me num aparelho de ressonância magnética para procurar uma doença que eu tinha medo de ter e afinal não tinha. Fui sozinha, vou sempre sozinha para as coisas difíceis, por feitio e por hábito de não estar acompanhada. Mandaram-me tirar a roupa e vestir um fato do hospital, depois sair para o corredor e esperar que me chamassem. As salas eram azuladas e nuas, as pessoas passavam por mim e não me viam, todas as portas tinham avisos de acesso proibido, luzes que se acendiam e apagavam. Uma central nuclear não deve ser muito diferente.
Encolhi vários centímetros e sentei-me, muito me custou trepar, na cadeira do corredor, com os pés a balouçar, e aquele sorriso falso que eu ponho quando estou cheia de medo, e só não sacudi muitas vezes o cabelo para trás, como também faço quando estou cheia de medo, porque me tinham mandado pôr uma touca. Veio uma enfermeira entregar-me um questionário, saber das minhas possíveis doenças, operações, se eu tinha próteses, parafusos, pacemakers, piercings, tatuagens. Eu não tinha nada. Ela ficou contente comigo, por eu não ter nada dessas coisas que nos complicariam a vida às duas, e disse-me que a seguir era eu, só tinha de esperar mais um bocadinho. [Read more…]
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