Não vou discutir a decisão do Tribunal Constitucional, nem sequer comentar a ironia de o seu relator ser filho de um político profissional que agora anda pelos negócios estrangeiros. Fico-me pelo que já havia defendido: o princípio republicano da não profissionalização da actividade política levou uma chapada. Não por inconstitucionalidade, note-se, mas por interpretação de uma lei, como lhe competia.
Tenta-se argumentar com a soberania do voto; fraquinho, tanto mais que a valer contaria também para as eleições presidenciais. Com as notáveis qualidades de muito autarca que assim pode investir competências adquiridas noutro concelho, e incompetências também, já para não falar no vício do poder, a que esta gente está agarrada.
Não concebo a política como uma profissão. Mesmo os deputados deveriam ter limite de mandatos (e numa eleição menos personalizada por maioria de razão). Porque o poder corrompe, altera a mente, arrasa a humildade,faz saltitar os neurónios e e nisso não há santos nem virgens eternas, apenas os que resistem à corrupção por terceiros mas é limpinho que adquirem maus hábitos, começando no seu relacionamento com os respectivos correlegionários. [Read more…]
Comentários Recentes