Alberto Nuñez Feijoó: no iate com o narcotraficante Marcial Dorado

São coisas que acontecem quando há eleições estão à porta. Casos, casinhos e casões que visam destruir a credibilidade dos candidatos. E percebe-se a urgência da oposição à esquerda em tentar destruir Alberto Nuñez Feijoó. Basta olhar para as sondagens e para a viragem à direita que se adivinha no país vizinho.

Mas a verdade é que, para quem se apregoa conservador, dos bons costumes e das pessoas de bem, ter uma relação de proximidade com um traficante de droga acusado de branqueamento de capitais é capaz de não ser lá muito abonatório para o líder do PP. A foto tem 30 anos, mas até podia ter 100. Porque Feijoó já exercia cargos públicos e toda a Galiza sabia quem era Dorado.

Ocorreu-me logo outro político, do mesmo segmento ideológico, outrora unha e carne com um banqueiro, mais ou menos equiparado a narcotraficante, que o levava ao Estoril Open e a passear de iate, como resto Marcial Dorado levou Feijoó na década de 90. Coincidências.

México: cinquenta mil mortos em seis anos na “Guerra à Droga”

Galeria de imagens.

Países da América Latina querem discutir a descriminalização das drogas

Nas Américas, apenas os EUA e o Canadá estão contra. Não admira o negócio das prisões e a guerra à droga dão dinheiro a muita gente.

Mais um

O Presidente Otto Perez Molina da Guatemala diz que a guerra à droga falhou, apela ao debate sobre a questão da descriminalização. (BBC)

Hoje dá na net: The Union: The Business Behind Getting High

The Union: The Business Behind Getting High – a proibição de produção e distribuição de droga nada fez para diminuir a disponibilidade desta ao longo de décadas. Ao mesmo tempo, a qualidade do produto distribuído não é assegurada, a venda faz-se indiscriminadamente a novos e velhos e, como é ilegal, uma boa quantidade dos lucros vai para criminosos, que desta forma podem financiar a sua actividade criminosa (há outros personagens, tão sinistros como os criminosos que também lucram com a proibição!). Enrolado no meio disto tudo está uma das drogas mais inócuas, a canábis (não é mais perigosa que o álcool ou o tabaco). Este documentário mostra como funciona o negócio na Colômbia Britânica e a relação inquieta que os vários personagens mantém com o vizinho EUA. Legendado em português. Página IMDB.

Versão sem legendas mas com melhor qualidade aqui.

Hoje dá na net: Opium Brides

Opium Brides é uma reportagem sobre a troca de crianças por dinheiro, de abusos e de humilhação numa terra sem lei. Com a entrada do exército dos EUA no Afeganistão e com a consequente remoção do poder dos Taliban, a plantação de papoila e o tráfico de ópio floresceu, transformando o Afeganistão no maior produtor mundial. Numa terra paupérrima os agricultores são forçados a aceitar empréstimos dos traficantes de droga para poderem fazer as suas sementeiras. Se não pagam, por qualquer motivo, são obrigados a dar os próprios filhos em troca.

Esta reportagem cumpre outro propósito, dá um rosto aos habitantes do Afeganistão, coisa que só muito raramente vemos na nossa comunicação social.

Em inglês, sem legendas.

A máquina do tempo: as papoilas afegãs e a liquidez do sistema financeiro internacional

Uma notícia destes últimos dias é a declaração, em entrevista ao diário britânico «Observer», do italiano Antonio Maria Costa, máximo responsável na ONU pelo combate ao crime e ao tráfico de droga, que nos vem garantir que o sistema financeiro internacional se salvou do colapso total devido a dinheiro proveniente do narcotráfico – «Os empréstimos interbancários foram financiados por dinheiro vindo do tráfico de droga e de outras actividades ilegais» (…)«Em muitos casos, o dinheiro da droga era a única liquidez disponível. Na segunda metade de 2008, a falta de liquidez era o maior problema do sistema bancário. Ter liquidez em capital, tornou-se num importantíssimo factor». [Read more…]