Existe uma relação de promiscuidade entre parte significativa da nata do PSD e a banca falida. Uma relação tão íntima que permite que alguns dos mais altos quadros do partido estejam em todos os actos de criminalidade legal que envolva bancos, paraísos fiscais e dinheiro dos contribuintes. Muito dinheiro dos contribuintes.
A regra é serem todos imunes à justiça. Como se esta não existisse. Por vezes, quando a ira temporária dos plebeus assume uma dimensão passível de incomodar de forma leve a elite que nos comanda, simulam-se processos que, no limite, levam a prisões domiciliárias temporárias de muito curto prazo. Anunciam-se comissões de inquérito inconsequentes. Permite-se que uns quantos comentadores trucidem uns quantos gangsters da alta finança na praça pública. Males menores. No final do dia, o pior que pode acontecer é ter que pagar uma fiança. Os bens, esses, há muito que foram passando para o nome da esposa, do marido, do filho ou do primo. Parece fácil e na verdade é mesmo.
Foi assim com o BPN, um banco feito e destruído pela fina flor cavaquista. A cara de pau do regime é tal que o presidente Cavaco Silva, cuja comissão de honra na corrida ao segundo mandato em Belém mais parecia o conselho de administração da SLN, fez das tripas coração para proteger Dias Loureiro no Conselho de Estado, ao passo que o ex-primeiro-ministro Passos Coelho não poupou nos elogios daquele que chegou mesmo a ser seu conselheiro, não se tendo inibido de recrutar antigos quadros desta fraude para reforçar a sua equipa governativa.
Foi assim com o BES, o banco comandado por Ricardo Salgado que financiou campanhas a Cavaco (o clã Espírito Santo foi mesmo o principal financiador da campanha que daria ao ainda presidente da República o seu primeiro mandato), que passou férias com Marcelo, o comentador-sol que nos ia garantindo que a banca estava segura e blindada e que, coincidentemente, namora com uma antiga administradora não-executiva do BES, que conseguiu financiamento do Goldman Sachs através de José Luís Arnaut, que teve em Durão Barroso um “canhão” para tentar evitar o inevitável e cujo conselho de administração até queria pôr o Moedas a funcionar, fosse lá isso o que fosse. E se é verdade que não faltaram altas figuras socialistas a ser convidadas para os mais altos cargos do banco, a verdade é que o PSD lidera, de longe, a lista de partido que mais ex-ministros e secretários de Estado viu serem integrados no topo da gestão do universo GES. Escusado será dizer que ninguém viu nada.
Foi assim com o Banif, o banco que financiou, durante décadas, o regabofe jardinista, repleto de social-democratas nas suas estruturas dirigentes. O despudor é tamanho que Cavaco Silva teve a cara de pau de condecorar Alberto João Jardim no pico da crise Banif, apelidando de patriota um dos maiores separatistas deste país. Algo que, sejamos sérios, não tem comparação com a postura negligente, oportunista e eleitoralista do governo liderado por Pedro Passos Coelho, que ciente do problema optou por mascarar e adiar o inevitável, varrendo o entulho para debaixo do tapete para nos poder vender o embuste da saída limpa.
Eles estão em todas e Cavaco Silva, mais do que qualquer outro, é o verdadeiro denominador comum. Ninguém bate os seus moralistas quando chega a hora de apontar dedos pelas sucessivas catástrofes financeiras que os nossos impostos vão financiando mas, quando o tema é a banca, assobiam todos para o lado e não é nada com eles. Imaginem se fosse.
De uma limpidez atroz. Excelente!
Mas são os políticos da Guiné Equatorial que têm a fama.
O CONTRIBUINTE NÃO PODE IR ATRÁS DA CONVERSA DOS PAROLIZADORES DE CONTRIBUINTES – estes, ao mesmo tempo que se armam em arautos/milagreiros em economia (etc), por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte!!!
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Mais, quando um cidadão quando está a votar num político (num partido) não concorda necessariamente com tudo o que esse político diz!
Leia-se, um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais… tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Ver blogs « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ » e « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ ».
Não admira que o BES fosse à falência. Pagar a todos estes figurões sai muuuuito caro.
Infelizmente fomos muitos de nós quem os elegeu. Ou seja, nós ajudamos com pequenos cheques em branco.. Mas entre coisas tão preocupantes, acresce a surpresa de ver aqui que parece ficar a mensagem de que os outros que detiveram o poder são gente séria e incorrupta : os socialistas. Mas o paraíso vem aí, temos este governo de “expressão popular” que por certo vai acabar com todos esses males… mesmo sem muitos dos nossos pequenos cheques em branco…
Certamente mais um mito urbano propalado pela cavilosa esquerdalhice na tentativa, vã, de enxovalhar tão probas entidades.
Quando forem para a “quinta dos pés juntos” ainda (hipocritamente ) serão agraciados, medalhados, condecorados etc. Ruas receberão seus nomes … tudo uma farsa maldita… maldita seja esta cambada de chulos, parasitas da sociedade. ..