Nice chap, buys his round.
— Ian HislopNever in the field of human conflict was so much owed by so many to so few.
— Churchill (apud Boris Johnson)Furthermore, there is an enormous class hatred: how can this uneducated worker who doesn’t even speak proper Portuguese dare to be sitting in the presidential palace?
— Noam Chomsky
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Efectivamente, depois de o livro de Nuno Pacheco ter sido muito bem apresentado, houve uma semana ligeiramente atribulada e o sossego do fim-de-semana.
Chegados a segunda-feira, encontramos isto, no sítio do costume:
Os responsáveis pelo desastre lá vão encolhendo os ombros, assobiando para o ar e, armados em Boris, fazendo de conta que não está a chover.
Apetecia-me escrever umas linhas acerca do verbo reflectir e da nítida função diacrítica do c nas formas arrizotónicas com e: reflecti, reflectia, reflectiam, reflectíamos, reflectias, reflectido, reflectíeis, reflectimos, reflectindo, reflectir, reflectira, reflectirá, reflectiram, reflectíramos, reflectirão, reflectiras, reflectirás, reflectirdes, reflectirei, reflectireis, reflectíreis, reflectirem, reflectiremos, reflectires, reflectiria, reflectiriam, reflectiríamos, reflectirias, reflectiríeis, reflectirmos, reflectis, reflectisse, reflectísseis, reflectissem, reflectíssemos, reflectisses, reflectiste, reflectistes, reflectiu.
Tal função torna-se perceptível, por exemplo, se compararmos com repetir: repeti, repetia, repetiam, repetíamos, repetias, repetido, repetíeis, repetimos, repetindo, repetir, repetira, repetirá, repetiram, repetíramos, repetirão, repetiras, repetirás, repetirdes, repetirei, repetireis, repetíreis, repetirem, repetiremos, repetires, repetiria, repetiriam, repetiríamos, repetirias, repetiríeis, repetirmos, repetis, repetisse, repetísseis, repetissem, repetíssemos, repetisses, repetiste, repetistes, repetiu — e quanto à justificação de -ct- nas formas com i (reflicto, reflictamos, etc.), lembremo-nos da “derivação ou afinidade evidente” e do <x>com valor [ks].
Além dessas apetecidas linhas, também queria propor formalmente uma adenda à lista de Vasco Pulido Valente. Ei-la, informal: agora facto não é igual a fato (de roupa).
Infelizmente, como o “bem-amado kaiser“, ando com pouco tempo: quer para as linhas, quer para a formalização da proposta. Fica para outra altura.
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