O eurodeputado Rui Tavares recorreu, ontem, à tradução do relatório do FMI patrocinada pelo Aventar e teve, ainda, a simpatia de agradecer no facebook.
Este facto é, decerto, motivo de orgulho para toda a comunidade que participou nesta obra colectiva, um verdadeiro monumento ao exercício da cidadania.
Em nome de todos, o Aventar agradece a Rui Tavares ter dado ainda mais sentido a esta tradução.
Para verem que não estamos aqui para enganar ninguém, aí ficam as provas.
Parabéns ao Aventar por ter conseguido realizar em tempo oportuno o trabalho que o Governo não foi capaz de fazer. Apesar de algumas palavras “coladas” e dos gráficos terem perdido muita legibilidade, no conjunto está muito bom.
Não obstante, e relativamente à intervenção do Rui Tavares (RT), esta, espelha bem a forma como certa esquerda está cada vez mais alinhada em pólos opostos com o (baixo) nível do Governo.
No contexto das pensões de reforma o RT parece não saber (ou não querer) enquadrar devidamente a “crítica” do FMI. O que o relatório afirma é a extrema iniquidade das pensões na sociedade portuguesa. O “sistema” empurra os pensionistas mais pobres para a miséria, deixando aos que menos precisam valores substancias. Não compreendo se a esquerda está a “esquecer” a sua matriz solidária, ou se decidiu alinhar pelo sectarismo egoísta da classe média representada em grande medida por vastos grupos de servidores públicos que na última década se conseguiu destacar em redundância de benefícios face ao “pagador” contribuinte privado…
Acho cada vez mais que esta esquerda urbana, pretensamente cosmopolita, parlamentar e “culta”, com trejeitos “solidários”, não conhece o país real estando-se completamente nas tintas para os mais desprotegidos. Outro aspecto que desconhece é que o Estado não fabrica dinheiro, tendo de administrar o que lhe chega às mãos.
http://www.tvi24.iol.pt/503/politica/relatorio-fmi-professora-erros-luisa-cerdeira-universidade-de-lisboa/1410504-4072.html