3 milhões de desempregados e precários

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54% da população activa do País não tem trabalho. 19.000 postos de trabalho destruídos por mês em 2012.

Mas o Coelhone da Mota-Engil veio gabar o modelo

Estudo prova batota de milhões nos contratos das PPP [DN]

Jesus é Goês

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À Rua de São José, Lisboa. Jesus é Goês!*
* mensagem aprovada por Joshua, o comensal.

TSF, 25 anos

TSF 20 anos

cartoon alusivo aos  20 anos

Cheira a jobs for the boys

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, defendeu nesta quinta-feira a regionalização como forma de “aproximar o poder das pessoas” e num contexto de “reforma do Estado. O seu homólogo do Porto, Rui Rio, diz apenas que o tema “cabe no debate”.

“A regionalização não é espalhar serviços, é aproximar o poder das pessoas, num contexto da reforma do Estado para racionalizar e diminuir um conjunto de estruturas que se multiplicam”, afirmou António Costa na conferência “Portugal – A soma das partes”, a decorrer em Lisboa, na qual participou por videoconferência a partir de Bruxelas.

Como se para descentralizar fosse preciso criar novas estruturas e como se novas estruturas, as regiões, por si só descentralizassem. E comparar Portugal com outros países regionalizados sem olhar para a dimensão geográfica de cada um deles é piada para contribuinte pagar, só pode.

Já agora, os governos civis já fecharam? Ah pois é, venham lá os jobs for the boys. Mais e mais camadas na cebola até que todos gravitem no estado.

Bento XVI: Um Papa não tão mau como se esperava

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No último dia do pontificado de Bento XVI, meia dúzia de linhas à laia de balanço.
Já passou o tempo em que eu me atirava forte e feio à Igreja Católica por tudo e por nada. Não mudei a minha opinião, mas como diria o outro, agora sou calmo em relação a tudo o que a envolve a instituição. No fundo, só é católico quem quer e ninguém é obrigado a seguir os seus ditames. Cada um é livre de aderir às seitas da sua preferência.
Quanto a Bento XVI, parece-me que não foi tão mau como se previa. Da mesma forma que João Paulo II não foi tão bom como se quer fazer crer. No que diz respeito a Ratzinger, destaco três pontos importantes:
– a crítica forte do neoliberalismo que governa hoje em dia toda a sociedade ocidental. «O objetivo exclusivo de lucro, quando mal produzido e sem ter como fim último o bem comum, arrisca-se a destruir riqueza e criar pobreza.»
– a condenação clara da pedofilia, silenciada e escondida no interior da Igreja, durante décadas, por João Paulo II e as autoridades máximas de Roma. «De novo, penso no imenso sofrimento provocado pelos abusos cometidos nas crianças, especialmente no seio da Igreja e pelos seus ministros.»
– a defesa da Água como bem público e a recusa clara da sua privatizaçãoem todo o mundo. «A água não é “um bem meramente mercantil mas público».
De resto, não se pode dizer que tenha sido um papa especialmente progressista. Mas o que se esperava de alguém que foi eleito aos 80 anos?

120 anos de vitórias

120 anos F.C.Porto from SpinFilmesPortugal on Vimeo.

2 de Março: a solidariedade também passa pelas boleias

2 março deficientes

 

O dia do medo

Se há bitola pela qual meço as afirmações dos políticos é a de acreditar que eles dizem exactamente o oposto do que pensam. Assim sendo, se me dizem que não aumentarão os impostos, corro a esconder a carteira. Se afirmam no jobs for the boys, já sei que o estado será duplicado. E se anunciam que a sua actuação não será condicionada pelas manifestações de rua é porque isso está a acontecer. Façam os leitores este exercício e verão que funciona. Ainda nesta linha de raciocínio, quando há dias Relvas, o patético cantador, a propósito das manifestações que o esperaram em aparições públicas, afirmou não ter medo porque, quando tal acontece, estão os políticos perdidos, é garantido que o governo está borrado de medo.

Sábado será o dia do medo para o governo. [Read more…]

Os meus respeitos, senhor Pacheco

 

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“Passos Coelho tinha dito que anunciava as medidas para a reforma do Estado durante o mês de Fevereiro. Acaba amanhã.

Está a pensar na manifestação de 2 de Março, com medo de anunciar medidas antes dela.
E por isso quando dizem que as manifestações não contam para nada, é mentira. Contam e este é um exemplo.”

(Pacheco Pereira, na noite passada, na TVI24)

 

Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs

Roubado no facebook dos Indignados Lisboa, tradução original de Marcos Romãoaordo de londres

Faz hoje 60 anos – Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs

Entre os países que perdoaram 50% da dívida alemã estão a Espanha, Grécia e Irlanda

O Acordo de Londres de 1953 sobre a divida alemã foi assinado em 27 de Fevereiro, depois de duras negociações com representantes de 26 países, com especial relevância para os EUA, Holanda, Reino Unido e Suíça, onde estava concentrada a parte essencial da dívida. A dívida total foi avaliada em 32 biliões de marcos, repartindo-se em partes iguais em dívida originada antes e após a II Guerra. Os EUA começaram por propor o perdão da dívida contraída após a II Guerra. Mas, perante a recusa dos outros credores, chegou-se a um compromisso. Foi perdoada cerca de 50% (Entre os países que perdoaram a dívida estão a Espanha, Grécia e Irlanda) da dívida e feito o reescalonamento da dívida restante para um período de 30 anos. Para uma parte da dívida este período foi ainda mais alongado. E só em Outubro de 1990, dois dias depois da reunificação, o Governo emitiu obrigações para pagar a dívida contraída nos anos 1920.

O acordo de pagamento visou, não o curto prazo, mas antes procurou assegurar o crescimento económico do devedor e a sua capacidade efectiva de pagamento. [Read more…]

Está tudo explicado

praxeEsta do coelho pareceu-me de mau gosto. E era: praxistas, o costume; é do hábito. (fonte)

É isso

Pedro Passos Coelho chamou hoje à indignação de um país inteiro “ansiedade e impaciência de alguma gente que vai em modas passageiras”. Diz-se nada preocupado com “o que vai na alma dos portugueses” (ao contrário de muitos outros, “que estão em casa” (a fazer nenhum) “preocupados em sintonizar com as espumas dos dias” – Boris Vian odiaria esta imagem e este plural desqualificador. Mais disse, sempre muito aprumado e aparentemente convicto: que quem está em casa vai ser informado sobre o futuro que o Governo está a preparar para os portugueses. Ouvido assim lembra um conciliábulo de malfeitores, reunidos numa cimeira de mágicos-maus empenhados em lixar a vida às pessoas – e a malta a vê-los naquilo pela televisão, os truques à vista de todos. Reformar o Estado sem levá-lo a escrutínio popular é isso.   [Read more…]

Passos Coelho

foi violentamente vaiado pelos estudantes na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Diz que dorme bem, e que pode bem com um país em protesto. Sábado começa a insónia.

A morte dos mercados

Sou suspeito, o amigo é meu, mas se esta não é uma grande cantiga do Luís de Sousa, autor de muitas que os mercados nos têm, a nós os amigos, dado o privilégio de escutar em quase exclusivo, pois se não é retiro já uns anitos de rádio que levo no currículo.

A canção que resolve os problemas

soaresdossantosAlexandre Soares dos Santos, após uma investigação decerto aturada, descobriu que não é a cantar a Grândola que se resolvem os problemas. Apesar da minha paixão pela música de Zeca Afonso, devo dizer que, em parte, concordo com o chairman da Jerónimo Martins.

Miguel Relvas tentou cantar a Grândola em Gaia e não conseguiu resolver o problema, criando mais um, o da desafinação. Para além disso, depois de, em 1974, ter ouvido e cantado várias vezes a Grândola, não consegui resolver dois problemas que me surgiram no exame de quarta classe.

Pelas palavras de Alexandre Soares dos Santos fico, no entanto, com a impressão de que ele conhece a canção que resolve os problemas. Ter-lhe-ia ficado bem partilhar, patrioticamente, uma descoberta tão benfazeja. Julgo, contudo, ter descoberto um grupo de três temas musicais entre os quais será possível descobrir o segredo da canção que resolve os problemas. [Read more…]

O kota (*) Ribeiro tá uatema (**), meu irmão

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O editorial a que o ‘Público’ se refere, de autoria de José Ribeiro, foi publicado no passado dia 24 de Fevereiro no ‘Jornal de Angola’. Poderá ser lido aqui.

Conheço bem Angola, sem nunca ter lá vivido. Durante duas décadas as minhas doze a catorze deslocações e estadias por ano no terreno contribuíram, decisivamente, para tecer uma rede de amigos que ainda conservo – pretos, brancos e mestiços, sem distinções de cor de pele, quase todos afectos ao MPLA. Mesmo no Huambo (Nova Lisboa anterior) conversei, bebi e até dancei músicas tropicais, ao som do merengue e de bombardeamentos da UNITA posicionados ao redor da cidade – em 1992 estive lá dez dias em negociações de produtos alimentares com o comissário de então, entretanto falecido, e o director local do Banco Nacional de Angola.

Tive ainda a oportunidade de conhecer o Dr. Bernardino, branco e jovem médico. Homem de ímpar generosidade e humanismo que cuidava daquela desgraçada gente. Infelizmente viria a ser assassinado por homens da UNITA. [Read more…]

Por que vou ao 2 de Março

Tenho lido alguns testemunhos de pessoas importantes, umas que admiro, outras nem por isso. Todas dizem das suas razões para estarem presentes na próxima grande manifestação.

Eu sou importante apenas na minha casa e no meu ambiente familiar e social (e às vezes nem aí), mas sinto necessidade de «botar» por escrito as minhas motivações. Esta postada será também publicada no blogue das minhas filhas, para que um dia elas possam perceber o que motiva a sua mãe.

Não sei se elas serão como eu, tão críticas do que se passa em seu redor, tão revoltadas com o que está errado ou se, pelo contrário, serão seres amorfos, conformados com o que sucede. Não sei se elas serão de esquerda ou de direita. Não sei se elas se envolverão na sociedade lutando para que o mundo seja melhor. Mas sei que tudo farei/ que tudo faço para que elas sejam pessoas esclarecidas. Para que tenham na base da sua educação princípios de amor ao próximo, de solidariedade, de dignidade própria e de todos os seres vivos, de liberdade. [Read more…]

Almada contra megaterminal portuário na margem sul

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Qual é o problema de interromper o Relvas? (7)

Crianças faltam à escola para pedir esmola

Alexandre Soares dos Santos

em pose de salvador da Pátria diz não compreender as “mensagens de ódio e insulto”. E no entanto, o povo indignado continua a consumir nas lojas da Jerónimo Martins, que em 2012 apresentou mais de 360 milhões de euros de lucros.

D. Laurinda vai ao 2 de Março

Esse caixote que aí está, de pé, ao lado da caixa, é para a D. Laurinda se sentar. E por aí já vêem que não é uma cliente qualquer. A qualquer hora do dia, depois de adiantado o serviço de casa, D. Laurinda vai até à mercearia, diz bom dia a quem está, e ocupa o seu trono de oráculo do bairro. Sabe quais são os negócios que estão para abrir ou para fechar, que casas estão para alugar, a como está o quilo de tudo, quais são as melhores laranjas para fazer sumo. De política, nunca quis saber nada.

– Ó D. Laurinda, então não vai à manifestação?

Nunca ia. Já não tinha saúde para isso, má circulação, varizes nas pernas, os brônquios muito atacados, uma chiadeira nos pulmões, a cabeça ourada. E é muita gente, muita gente, ela não gosta de confusões.

Mas os tempos mudam, as lojas fecham, o filho não tem trabalho. Vai a entrar para a mercearia, o marido fica à porta, à conversa com os vizinhos, reformados como ele.

– Ó menina, olhe que eu desta vez vou à manifestação – grita ela, como quem dá a boa-nova. [Read more…]

Uma crónica do manicómio

Luís Manuel Cunha in Jornal de Barcelos de 13 de Fevereiro de 2013.

“Independentemente do maior ou menor requinte habitacional da capoeira, a nossa galinha é um animal feliz

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Era uma vez um cão chamado Zico. De raça perigosa, um pitbull. O cão matou uma criança. O que era sensatamente evidente era que o cão deveria ser exterminado para evitar que viesse a molestar mais alguém. Qual quê? Levantaram-se contra o abate do cão assassino toda uma legião farisaica de fundamentalistas defensores da bicharada: os das baratas, os das moscas varejeiras, os dos ratos, os das galinhas poedeiras e a mais recente associação de defesa da pulga indígena. E a Associação Animal avançou mesmo com uma providência cautelar contra o abate do bicho, coitadinho! Se bem que nenhum dos defensores do dito se tenha disponibilizado para o levar para casa. Diziam estes “ditadores dos animais” que o bicho “merece uma segunda oportunidade” até porque “se atacou, algum motivo teve para o fazer”! Devem ser os mesmos acérrimos defensores da bicharada que empunhavam um cartaz onde um touro, de lágrima escorrendo do canto do olho, garantia que “também tinha sentimentos”! Recordo uma vez mais um poema de Sophia de Mello Breyner: “As pessoas sensíveis não são capazes / de matar galinhas / porém são capazes / de comer galinhas”. Estes fundamentalistas animais não matam galinhas. Mas comem-nas porque têm quem as mate por eles. Não são sensíveis. São apenas ridículos.

Depois do cão, o porco[Read more…]

O caso DOPA

Francisco Sousa Tavares, o boi de piranha, Vanzeller, Pinto Basto, D´Orey, Avillez, Roquette, Lumbrales, Breyner, Mendia, Balsemão, Mário Raposo e Isaltino de Morais. Tudo boa gente.

Stéphane Hessel (1917-2013)

stephane_hessel(Johannes Eisel/AFP )

Faleceu esta noite aos 95 anos o autor do manifesto Indignez-vous! (2010). Deixa uma vida de resistência e de combate pela democracia. “É preciso que a indignação dê lugar a um comprometimento conjunto.”

Qual é problema de interromper o Relvas? (6)

Desempregados e precários atingem já os três milhões

Grândola e a democracia formal

Por Santana Castilho

Coelho e Gaspar são seres ocos de alma. Actuam como robots, insensíveis às pessoas que abalroam. Quando se espetam na realidade, ficam ali, obcecados, empurrando o que não se move, moendo carretos, como os bonecos de corda da minha infância. Só mudam quando os senhores do dinheiro os reprogramam. Trocados os chips moídos, voltam à sugagem solipsista para que foram preparados. A obra-prima de Relvas foi levá-los ao Governo. Imagino-o produzindo-a, ora de avental, no secretismo da organização, ora de iPhone à boca, injectando no tutano da fibra óptica a baba com que foi tecendo a conveniente teia partidária. Visto, cola-se-lhe à figura a falsidade e a falta de ética. “Ouvisto”, sobram as banalidades. Mas confrontá-lo com a “Grândola, Vila Morena” inquietou os defensores da democracia. Que democracia? A formal. A do “da” e do “de”, agora destrinçados pela fina porfia presidencial, em tempo certo, oito anos passados. Ao apreciarem os factos, esqueceram que há outra democracia: a que a alma imensa de Zeca Afonso cantou.
No Clube dos Pensadores, primeiro, no ISCTE, depois, Relvas foi interpelado pela canção de Abril. No primeiro caso reagiu, cantando-a alarvemente. No segundo, foi, por uma vez, autêntico: fugiu, cobardemente. [Read more…]

O Beijo Autárquico

Miguel Relvas deu um a Fernando Seabra em Lisboa; Edite Estrela dá outro a Vitor Sousa em Braga.
E a festa ‘inda agora começou.

Ao cuidado da SPA, do To Zé Brito e de mais uns quantos lobbystas

As receitas geradas pela indústria discográfica aumentaram 0,3 por cento, em 2012, pela primeira vez desde 1999, anunciou hoje a Federação Internacional da Indústria Discográfica (IFPI). 

Aliás, as receitas de venda de música, apenas em formato digital, situaram-se, em 2012, nos 4.250 milhões de euros, representando uma subida de nove por cento em relação a 2011.

De acordo com o relatório anual da federação, o consumo de música digital, nas várias vertentes na Internet – em descargas legais, subscrições, escuta de canções e visionamento de vídeos – representou 34 por cento da facturação das editoras discográficas.

Em 2012, descarregaram-se legalmente 4.300 milhões de canções, um aumento de 12 por cento em relação a 2012, e, para tal, terá contribuído também a proliferação de telemóveis e “tablets” com capacidade para tal.

Há países em que o consumo de música em formato digital superou a compra em formato físico, como Noruega, Estados Unidos, Índia e Suécia. [DN]

A questão é simples. Contrariamente ao que a Sociedade Portuguesa de Autores pretende, a Internet está a fazer aumentar os seus lucros.  Querem comer a galinha dos ovos de ouro e ainda ficar com a galinha. E como? Simples, querem passar a receber dinheiro de quem compra discos duros, telemóveis, máquinas fotográficas, etc., etc. E desta vez andam a ver se conseguem aprovar uma lei às escondidas. Vergonhoso? Não, encostados ao consumidor, como muitos outros. Ainda para mais, procuram fazê-lo sob o pretexto de  uma falsa vantagem para o consumidor, a da cópia privada. Pois eu prescindo da cópia privada. Aliás, nem a posso usar legalmente em DVD e Blue-Ray. Portanto, vão-se catar e vivam dentro do que o vosso orçamento permite.

Março

marçoNova contagem: 34 35 manifestações