De cravo eleitoralista na lapela, Passos Coelho permitiu que o irrevogável abrisse as hostilidades. Terminado o exercício de propaganda do guia supremo da jacintoleitecapeloregolândia, o primeiro-ministro foi igual a si próprio: aldrabou indicadores, agitou fantasmas, falou de um rigor que não conhece e fez, no global, o habitual discurso orientado para a claque.
O discurso em si, quer de um, quer de outro, pouco interessa. Sabemos bem o que vale a palavra do primeiro e do vice-primeiro-ministro: um aldrabou o país em campanha e, mais recentemente, no âmbito da polémica do subsídio de reintegração/Tecnoforma e o outro aldrabou o país quando anunciou a sua demissão irrevogável, que caiu por terra assim que o anúncio da promoção chegou.
Interessante foi a escolha do dia. A escolha do dia e o facto de, há um mês atrás, Passos Coelho andar a vender a um grupo de empresários que era capaz de ganhar as eleições sozinho. Para não falar das dúvidas manifestadas pelo primeiro-ministro há 10 dias atrás quanto ao benefício da coligação. Mas está tudo bem. Haja coligação que os socialistas, apesar de Sócrates, ainda lideram as intenções de voto e a reacção não pode parar.
O PSD já não consegue afirmar-se sozinho. Já não é um partido mas uma peça de coligação. Quando a fome se junta à vontade de comer, esquece-se a identidade e até se vende a bandeira. O que seja.
Isto é plágio. O Pingo Doce teve a mesma ideia para o 1º de Maio
Isto foi um insulto aos donos do 25 de Abril!
Ou terá sido aos donos disto tudo
Donos do 25 de Abril? Isso é o quê, um nome de um filme?