Eu (e todos os meus amigos da escola também) tenho (e cada vez mais!) m familiar, um vizinho ou alguém próximo que emigrou para França ou já de lá voltou depois de décadas a aforrar para um futuro menos pesado. Eu, e possivelmente todos os portugueses, conheço pessoas na diáspora em quatro continentes, em latitudes distintas e múltiplos fusos horários.
Pela coragem que tiveram no momento da partida (agora já não vão num comboio de saudades) e pelas provações por que passaram, fico também reconhecido aos países que os acolheram e onde fizeram questão de se integrar.
Não tenho dúvida alguma de que Portugal seria muito mais pobre do que apenas “o país mais pobre da Europa Ocidental” (como escrevia o The Guardian há dias).
Se Paris (teremos sempre Paris, não é?) não fosse a terceira maior cidade portuguesa, se no Luxemburgo não se falasse português, assim como em Andorra ou na Alemanha, se na Califórnia, em Toronto ou Montreal, qual teria sido a miséria dos que para lá ousaram partir?
Mas, ainda que possamos achar estranho que portugueses (de segunda ou mesmo de primeira geração) a residir e trabalhar noutros países se associem a movimentos anti-imigração, a verdade é que tal acontece sobretudo a coberto de muita ignorância e alguma estupidez.
“Vêm para cá roubar os nossos empregos, baixar os salários”, dizia um… filho de um emigrante português… é por isso que é cada vez mais importantes o ensino da História nas escolas.
Por falar nisso, neste país com quase 900 anos, há um programa na tv aberta sobre História? – será por falta de tema?
(cartaz via Nuno Roby Amorim)
A RTP internacional tem um programa mas que apenas aborda biografias de forma muito agiográfica.
sem grande qualidade histórica.
“Chiche, commençons par lui”
dizem os seus camaradas de partido 😀