Quando solicitado por Barak Obama a participar na luta contra o Estado Islâmico, Justin Trudeau, o jovem primeiro ministro do Canadá, foi de meridiana clareza: o Canadá participa recebendo e ajudando refugiados, não entra em bombardeamentos.
(Nem tem que entrar porque, não tendo contribuído para o desastre do Médio Oriente, não tendo pretensões imperialistas, não precisando de petróleo porque o tem de seu, tudo quanto tem a fazer é ajudar quem foi desgraçado pela guerra).
Quando chegou a primeira leva de refugiados sírios a Toronto, nos meados de Dezembro, Justin Trudeau esteve a recebê-los no aerroporto, acompanhado da chefe do governo do Ontário, Kathleen Wynne. Soltos, descontraídos, sem discursos enfadonhos, deram as boas vindas aquelas famílias. O primeiro ministro, em mangas de camisa e revelando bom treino na matéria, ajudou as crianças a vestirem os robustos agasalhos com que por cá se enfrenta um inverno duro.
(Ambos estiveram bem fazendo as honras da casa em nome de todos os canadianos, dando abrigo e passaporte a quem chegou. Ficam os refugiados a salvo e, ao mesmo tempo, sob a lei do país. Se algum desrespeitar essa lei, responde por isso. É simples. O Canadá é um país libérrimo e generoso mas não é o da Joana).
Quando a comissão nomeada para apurar os abusos cometidos no passado contra os índios e esquimós apresentou o seu tremendo relatório, o primeiro ministro apresentou-se de corpo inteiro na assembleia das primeiras nações dos povos que, de facto, começaram o Canadá. Ouviu o relatório e chorou como todos os presentes, porque ali foi revelada a violência e a injustiça doutros tempos. De frente, lealmente, pediu perdão em nome do país e garantiu que vai investir fortemente na educação dos jovens das primeiras nações e na informação dos jovens descendentes de quantos colonizaram este país e para ele emigraram.
(Garantias inteligentes. Educando os jovens índios e esquimós, dá-lhes a oportunidade de terem acesso a todas as posições profissionais e políticas no país, assim acabando com a depressão das reservas. Informando os jovens descendentes dos primeiros colonizadores, vindos de França e da Inglaterra, a que se somaram os milhões de descendentes de emigrantes de 190 países, convida-os a respeitar a História, a saber do lado menos feliz do Canadá, a motivá-los no sentido de não mais consentirem injustiças).
Ao dar estes bons exemplos ao país, o primeiro ministro deu a todos nós o melhor presente de Natal que podia imaginar-se – como um comovido casal de imigrantes do Porto me dizia esta manhã pelo telefone. Se queremos paz, temos de promover a Justiça, o Respeito, o Desenvolvimento. Que tudo isso caia no sapatinho português. Santo Natal e Feliz 2016, a quem faz o favor de me ler.
Eles só não gostam é de portugueses… de resto são uns queridos!
É verdade que a fleitao já me tornou simpático esse primeiro ministro jovial, atento a injustiças e despretensioso. Aqui deste lado do oceano, o que temos na lista ao Pai Natal era que o Canadá não ratificasse o CETA, ou pelo menos, que dele retirasse o ISDS – do qual, diga-se de passagem, o Canadá já foi vítima múltiplas vezes. Esse seria MESMO um presentão para todos os dias do ano, que não caberia em sapatinho nenhum!
Recusar o TPP é, aliás, uma promessa eleitoral.
….simplesmente divinal…………!!!!!!
Concordo consigo, Ana Moreno. O que foi engendrado pelos conservadores tem de ser desfeito, mas leva o seu tempo. Temos, pois, de ajudar a que haja esse presentâo que não cabe no sapatinho canadiano.
Mesmo sendo Português de Sangue, é sempre com orgulho que ouço elogios destes sobre o meu País Natal, que é sempre uma das minhas duas Pátrias em pé de igualdade e também de Nacionalidade, mesmo vivendo em Portugal: Proud to be Canadian.
Parabéns! Gostei muito do texto. Admiro a postura do primeiro ministro do Canadá. É inspirador e um bom exemplo a seguir.
Bom Ano Novo!
Parabéns! E parabéns, também, por ter recebido os refugiados com CORO CANADIANO DANDO BOAS-VINDAS AOS REFUGIADOS SÍRIOS COM O MAIS ANTIGO CÂNTICO ISLÂMICO (CASSIDA BURDAH: Tala al-Badru Alayna)
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Próspero Ano Novo!