Há uns anos, em 2013, a Fernanda ia ser operada e receou já não acordar da anestesia. Por isso, preparou-se devidamente, escrevendo noite fora um dos seus textos mais pessoais, sobre Natália Correia e sobre mais uma catrefada de gente que viveu os loucos tempos do PREC.
A primeira vez que vi Natália Correia foi nos idos de 1959/60, pela mão de Vasco Lima Couto, poeta e actor que morreu novo. Foi num sarau literário num antigo clube perto do Rossio. Eu era então estudante universitária e os meus olhos deliciaram-se a conhecer outro poetas, outros escritores, que, viciada em leitura desde muito cedo, eu tinha lido. Não fui apresentada a ninguém, não tinha estatuto para isso, mas ainda assim fui brindada com uma briga homérica entre Lima Couto e Natália Correia que, incomodada com a irreverência do jovem do Porto, desfaleceu nos braços de Pedro Homem de Melo. Fiquei pregada ao chão. [Premonições, Fernanda Leitão]
Foi o João José Cardoso que nos deu a notícia.
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