O concelho de Famalicão é conhecido pela sua forte vertente exportadora. A partir de hoje ficará também conhecido pela sua forte capacidade “ajustadora”. A sua Câmara Municipal não deixa os créditos por mãos alheias e ajusta “à patrão” com um valor que supera os 156 milhões de euros. Em quê? Ora é isso que vamos analisar.
Entre concertos, aquisição de lonas, compra de espaços publicitários em jornais, impressão de material publicitário e bonés, temos mais de €1.224.000,00 (um milhão e duzentos e vinte e quatro mil euros). Bonés? Já lá vamos que chapéus há muitos. Tudo isto segundo o portal “base.Gov” e sem termos sido muito picuinhas. Por exemplo, não está aqui incluído os mais de 70 mil euros para comunicações que foram ajustados à Vodafone. Temos de ser compreensivos e imaginar que estamos perante uma autarquia com elevadas necessidades de falar ao telemóvel. O que realmente nos chamou a atenção, vejam bem, foram os bonés. Ora, os senhores que governam as terras de Famalicão ajustaram três vezes a compra de bonés. Uma vez pela módica quantia de €8.700, da segunda vez por €6.900 e da terceira vez foram €6.800 ou seja, em três anos foram gastos (investidos, quiça) mais de vinte e dois mil euros em bonés (€22.000,00) para o passeio anual dos idosos.
O Aventar não gosta de ficar pela rama nestas coisas e por isso fomos procurar conhecer os ditos bonés. Na internet descobrimos uma fotografia do jornal “Cidade Hoje” (a fotografia que usamos no post) onde se podem ver alguns idosos com os famosos chapéus. Claro está que, como dizia o outro, “chapéus há muitos, seu palerma” mas não podemos deixar de sublinhar que se é para gastar à grande o dinheiros dos nossos impostos em bonés então sempre podiam fazer um esforço e arranjar uns mais bonitinhos. Mas quem somos nós para nos metermos em questões de gosto…
E assim anda o nosso dinheiro.
Resposta do Município de Famalicão
Até à publicação deste post, a Câmara Municipal não respondeu a este post. Se o fizer, actualizaremos o seu conteúdo.
Explicação do projecto: Ajustes directos à lupa
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Tenho comentado inúmeras vezes nalguns blogs, que o “português” se vende por um boné. Como era de esperar recebi de volta alguns insultos. Os quais foram e são um bálsamo para o meu sono.
Mas o “português” também se pode avaliar pelo seu comportamento num concurso da RTP que dá pelo nome de Preço Certo.
Tão “certo” (…) como Portugal ainda estar muito longe de ser responsável.