O Facebook (afinal) sabe

Só não é claro como é que o Facebook sabe dos patrocínios do Expresso.

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Com que então, a melhor juventude partidária?

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Estilo pós-soviético em Caliningrado

O retrato de Peter Marlow sobre a cidade ex-alemã, ex-URSS, agora russa. Na Magnun Photos.

Lettres de Paris #66

C’est Paris

Há uns dias, num café perto do Marché des Enfants Rouges, falei com a minha prima Lena acerca do livro de Julien Green (‘Paris’, Tinta da China, 1ª edição de 2008). Reli o livro, que comprei em 2012, no avião. E falámos dele a propósito da flânerie, palavra que literalmente poderia ser traduzida como ‘vadiagem’, mas que está longe de ser apenas isso. Flâner é basicamente passear pelas ruas e praças e observar e absorver. Com tempo. Ociosamente até. Gosto de pensar em mim como flâneuse, embora na maior parte das vezes que viajo não tenha o tempo necessário para o ser verdadeiramente.
Diz Julien Green no texto ‘uma cidade secreta’ que «Paris é uma cidade de que se poderia falar no plural (…) porque há muitas parises e a do estrangeiro só superficialmente tem algo em comum com a Paris dos parisienses». E eu sou estrangeira, irremediavelmente, para ter tempo para conhecer o que é possível (mesmo a um parisiense) de uma cidade tão diversa – já o reconheci numa carta anterior – como esta. Mas a verdade é que passear em toda a parte, subir a sítios altos e descer de sítios altos, sentar-me nos cafés, fumar nas esplanadas e observar ociosa, mas atentamente o que vai acontecendo à minha volta é uma das coisas que mais gosto de fazer, em Paris como noutro sítio qualquer. Assim mesmo, sempre estrangeira, estou certa que não conheço nenhum lugar bem, tal como, estou igualmente certa, não conheço nenhuma pessoa bem – nem a mim mesma. As cidades, escrevi também isto num postal de Bucareste, há muito tempo, precisam de tempo, como as pessoas. E as cidades tão múltiplas como Paris precisarão ainda de mais tempo. E, assim, mesmo nunca será suficiente. Ao contrário do que diz Green, no mesmo texto que mencionei, nem mesmo com tempo poderemos afirmar conhecer bem uma cidade (ou uma pessoa). Isto é bom e mau, como quase tudo, sendo que entre estes dois extremos existe toda uma série de possibilidades. Bom porque seremos sempre surpreendidos. Mau porque seremos sempre surpreendidos. Não é contraditório. Absolutamente.

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Beleza americana

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O Facebook bloqueia quem publicar fotos de mamocas, mas não tem problemas com mensagens racistas ou de ódio.

A última onda por cá consiste em publicar uma foto de Mário Soares na praia com uma jovem em topless e ser-se bloqueado pelo Facebook. A ironia tem destas coisas e o falso moralismo americano, mais a sua visão totalitária do mundo, também.

Uma boa oportunidade para ver ou rever o filme Beleza Americana.