Feliz Ano Novo

Ele está novinho em folha; não o deixemos estragar…

Governo Sombra Geringonçado

E sobre o “governo sombra” de hoje, guardemos um piedoso silêncio.Disse(ou ‘da-se).

A espera

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O directo começará a qualquer instante.

E a personalidade do ano de 2016 é…

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Do ódio a Mário Soares

José Luiz Sarmento Ferreira

Escreve Fernanda Câncio que se a alguém se deve a democracia portuguesa, é a Mário Soares. É uma opinião, naturalmente; e é, como todas as opiniões, uma opinião de que é possível discordar. Mas quem discordar desta opinião coloca-se na difícil situação de alvitrar um nome, ou vários, que constituam uma alternativa mais plausível. Poderão argumentar, e com razão, que o que temos em Portugal não é uma democracia perfeita. Mas que democracia o é? E, se é difícil encontrar um outro nome ao qual se possa atribuir igual responsabilidade pelo actual regime, não é difícil encontrar dúzias de nomes igualmente plausíveis que podem ser responsabilizados pelas suas imperfeições.

E contudo o ódio a Mário Soares está aí, ubíquo e tonitroante, e todos nos damos conta dele. Não sei se são muitos os que odeiam Mário Soares; sei que o odeiam com tal intensidade que parecem muitos, talvez mesmo a maioria dos portugueses.

Não será este o caso, certamente; a gratidão tem por hábito ser mais discreta que o ódio; mas talvez haja interesse em saber quem o odeia, e porquê.

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Com a faca e o queijo na mão

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Obama dá ordem de expulsão de elementos dos serviços secretos russos em território americano. Em resposta, Sergey Lavrov sugere troco na mesma moeda. É então que Putin entra em cena, coloca a proposta de Lavrov em stand-by, aguardando pela tomada de posse de Trump que acontece dentro de poucos dias, e aproveita a deixa para acusar o ainda presidente dos EUA de “diplomacia irresponsável”.

Vou adorar ver os fofos dos liberais anti-Obama, que não se cansaram de lançar foguetes envergonhados quando Trump venceu as eleições, e que passam a vida a recordar-nos dos perigos que Putin representa para o planeta Terra, quando Trump estiver devidamente domesticado pelo tirano russo. Mas isto sou eu que sou um exagerado.

Soares é fixe? A História fará o seu julgamento.

Rui Naldinho

soaresSoares foi um personagem controverso, por vezes até polémico. Isso é indesmentível. Mas, ao mesmo tempo, alguém incontornável na história da nossa democracia. Menorizar o seu contributo para a liberdade que hoje desfrutamos como povo, é no mínimo, não ter memória. E um povo sem memória não tem História.
É verdade que Soares foi o grito de liberdade que por vezes se confundiu com a vaidade. O tribuno republicano e maçon, que por vezes se comportou como um monarca. Um bonacheirão que por vezes tinha tiques de arrogância. Mas isso não pode diminuí-lo como o personagem mais importante na construção da nossa democracia.

O carácter de Soares era por vezes errático e as opiniões dividem-se a seu respeito. Há quem veja nele alguém que não olhou a meios para atingir os seus fins, mas também há quem veja nele o pai do regime político no qual ainda hoje vivemos.

Contrariamente aos seus mais fervorosos detractores, eu considero que o seu maior pecado foi o ter “mandado engavetar o socialismo”. Aí, de facto, ele borrou a pintura, e mostrou que tinha uma agenda diferente da que alardeava.

Mas, Mário Soares faz jus a frase de Ortega e Gasset, quando o filósofo espanhol afirmava: “O Homem é ele e a sua circunstância.”

Comecemos pelo princípio da nossa democracia e algumas das situações mais polémicas do percurso do velho antifascista

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A mensagem de Natal do Jornal (do regime) de Angola

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A necessidade de alerta e de unidade cá dentro é, pois, indispensável, para que nunca mais estraguem o Natal dos angolanos. Mais necessário é ainda quando nos deparamos com um estranho posicionamento, adoptado por países que dizem ser nossos irmãos e parceiros, que deviam portar-se como tal, mas assim não fazem.
Sucede isso, nomeadamente, com Portugal. Quarenta e um anos depois da independência de Angola, as elites portuguesas continuam a tratar-nos com má educação, como se ainda fôssemos seus escravos. A forma execrável como trataram Angola por causa do caso dos “Revus”, e em particular do cidadão português Luaty Beirão, investigado e acusado de crimes graves em Angola, é característica dessa atitude de Lisboa. As punhaladas portuguesas são históricas. A literatura de Aquilino Ribeiro ou Antero de Quental está cheia de exemplos das punhaladas dos “conterrâneos nobilitados que enriqueceram (no Brasil e em Angola) trocando as riquezas da sã consciência por outras que levam ao inferno”. Facilmente ao alcance, como é de ver, da deputada do PS Isabel Moreira, por ser filha de quem é, Adriano Moreira, antigo ministro do Ultramar.
É sabido que o grupo de indivíduos julgados pela justiça angolana,financiados pelo multimilionário George Soros, no qual se incluía o cidadão português Luaty Beirão, tinha como fim último mobilizar forças para a realização de actos de violência e de terrorismo muito semelhantes aos praticados em Paris, Nice, Berlim. Começaram por organizar manifestações selvagens que degeneraram em confrontos com a Polícia Angolana, que respondeu de maneira equilibrada, comparada com a intervenção musculada das forças da ordem na Europa.
Mas, por ser Angola, Portugal voltou a julgar este caso de maneira diferente, com dois pesos e duas medidas, tal como o fez com Savimbi e faz sempre.Está provado que o cidadão português Luaty Beirão radicalizou-se no Reino Unido e em França para lançar a violência em Angola. A actividade em que se envolveu é típica de quem trabalha para a Open Society, de Soros, e serviços externos. A actual viagem do cidadão português à Europa, a coberto de uma campanha de propaganda mediática, destina-se apenas a receber o dinheiro pelos serviços que prestou a Soros. Cumpriu bem a missão. Por isso também foi à Suíça. Luaty não é nenhum filho do regime angolano, é um filho sem pai nem mãe, mal educado como os deputados da estirpe de Isabel que se metem na Esquerda sem esconderem a sua matriz pró-apartheid.
A Assembleia da República Portuguesa tem todo o direito de acolher de braços abertos o cidadão português Luaty Beirão. Tem até o direito de o receber com mais cordialidade do que tratou o Chefe de Estado angolano, alvo também da falta de educação recorrente dos nervosos deputados portugueses em relação aos estrangeiros.Mas quando a Assembleia da República Portuguesa e o Governo português apenas recebem bem os inimigos da paz em Angola não podem dizer  que as relações com Angola são fraternas. Aos irmãos não se apunhala pelas costas. (ver original)

O tipo que escreve estes delírios devia pensar seriamente mudar-se para Hollywood. Tem futuro garantido. Pode não ter um salário tão chorudo, é certo, mas talento para a ficção não lhe falta.

Foto@Folha8

Maria Luís Albuquerque e a aritmética do défice

Questionada por José Gomes Ferreira, sobre se a meta do défice para 2016 seria cumprida, Maria Luís Albuquerque, especialista na ocultação de problemas bancários que afectam défices e saídas limpas, foi categórica. Segundo a ex-ministra, não é “de todo possível” que o défice deste ano cumpra as exigências de Bruxelas. Aliás, e para que não restem dúvidas, Maria Luís afirma mesmo que “aritmeticamente não é possível“.

José Gomes Ferreira volta à carga: “Não acredita que o défice pode ficar abaixo de 2,7%?“. Albuquerque, com a mesma segurança que há um ano nos garantira a devolução de 35% da sobretaxa, responde: “Não, de todo.“. “E abaixo dos 3%?“, insiste Gomes Ferreira. “Também não“, remata Maria Luís. [Read more…]

Na Via Láctea

 
De Emir Kusturica. Com Monica Bellucci  e Emir Kusturica.
Estreia hoje. Nos cinemas em Lisboa (Ideal, Monumental, UCI El Corte Inglés), Porto (Teatro do Campo Alegre, Alameda Shop & Stop, UCI Arrábida), Cascais (Cinema da Villa), Coimbra (Alma Shopping) e Setúbal (Charlot).

Primavera em tempos de Guerra. Todos os dias, o leiteiro atravessa a fronteira de burro, lançando balas para levar as suas preciosas mercadorias aos soldados. Abençoado pela sorte na sua missão, amado por uma bonita aldeã, um futuro tranquilo parece aguardá-lo… Até que a chegada de uma misteriosa mulher italiana vira a sua vida de pernas para o ar. Esta é uma história de paixão e amor proibido, que os levará numa série de fantásticas e perigosas aventuras. Unidos pelo destino, nada nem ninguém parecem poder pará-los. Vencedor de duas Palmas de Ouro do Festival de Cannes, Emir Kusturica realiza e dirige esta história de amor e guerra, recheada de emoção, comédia e aventura.

Desconexão ortográfica

conectividadeUma pessoa não pode e não quer estar sempre a pensar em ortografia, mas, muitas vezes, a realidade obriga-nos a pensar nela, não porque ela (a ortografia) esteja presente, mas apenas porque temos saudades dela, por não existir.

Numa passagem pela página da Worten, descubro que um aparelho em que poderei estar interessado tem conectividade e, como se isso não bastasse, ainda tem *conetividade. Olhai, que este é o tempo da multiplicação das duplas grafias, esse milagre proporcionado pelos apóstolos da religião do chamado acordo ortográfico! Assim como Jesus transformou a água em vinho, do mesmo modo os falsos profetas transformaram uma ortografia consistente em carrascão. [Read more…]

Está assim o Porto. Vivo.

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(Santa Catarina, Porto, hoje de tarde)

Já não me lembrava de ver o Porto assim. Tanta e tanta gente que nem se consegue estacionar o carro para passear pelo centro da cidade. Foi assim desde que regressei no início de dezembro e acreditei que depois do Natal já seria possível passear com mais calma. Não se consegue. É um incómodo? É. Antes assim. Prefiro o “meu” Porto vivo que aquele outro, do passado recente, moribundo, vazio, degradado e sem pessoas.

Que bom que é ver este Porto ainda mais pujante que aquele dos anos oitenta, antes dos grandes centros comerciais e dos “Continente”. Esse Porto que conheci com o meu pai e a minha mãe, ele com as suas constantes idas ao alfaiate na 31 de Janeiro ou comprar o “seu” Le Figaro na Bertrand. Ela naquele “seu” Porto das bolas de Berlim e das amêndoas de chocolate na Páscoa na Confeitaria Cunha, da estafa de deixar o carro estacionado no Silo-Auto e fazer todo o centro, toda a baixa a pé. Sem esquecer a fruta na “Bananeira”, o queijo da Serra na loja do senhor do gato à Trindade (e cujo nome não me recordo). Ou do terror de ter a minha mãe a entrar no Silo-Auto no seu peugeot 205 pela saída. Era um Porto vivo, com pessoas e poucos turistas. Hoje é mais que vivo, é pujante e a nós juntaram-se os turistas e a todos une um enorme encanto por esta cidade renascida.

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Os chineses a gozarem com Trump

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Um galo erigido frente a um shopping em Taiyuan, província de Shanxi, no norte de China. O designer disse que a escultura – anunciando o próximo Ano Chinês do Galo – foi inspirada no penteado e gestos de Donald Trump. Parece que Bush vai rapidamente perder o pódio da burrice.

A história do tacho da esposa do autarca que tirou o tacho ao marido da autora da história

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Não me vou alongar sobre os detalhes de mais um episódio siciliano a sul do Douro. O Bruno já aqui expôs o compadrio (lixos jornalísticos à parte, não façam de nós parvos) e o João Paulo acrescentou algumas informações sobre o jornalismo de sarjeta que impera no rectângulo e sobre a habitual manipulação da opinião pública que se faz sentir nesta fase de pré-pré-pré-pré-campanha. Sim, João, já começa a valer tudo.

Contudo, e porque sou um grande fã da cosa nostra gaiense, quero aproveitar a deixa para dar os meus cinco tostões para o peditório. Curtinho e grosso. Cá vai: a jornalista que faz manchete na capa do Público de há dois dias é ex-mulher de Rogério Gomes, que tinha um belo tacho de administrador na empresa municipal Águas de Gaia, que lhe havia sido dado por Luís Filipe Menezes, apesar da falta de qualificações para o cargo. Quantas vezes escreveu Margarida Gomes sobre o assunto? Zero, claro. [Read more…]

Os lesados do BES e os lesados do ME

Santana Castilho*

Sem direito a perguntas, logo sem a maçada de dizer quem paga, quem assume as garantias e se o milagre agrava ou não as contas públicas, António Costa anunciou, em conferência de imprensa, a solução do decantado problema dos lesados do BES. Perito que é em dar boas novas e virar páginas, quando o vi numa escolinha, pronto para a mensagem de Natal, admiti, por momentos, que ia anunciar a solução para os lesados do ME. Qual quê!
Em 30 de Novembro último, o Ministério da Educação tornou pública a intenção de abrir um concurso para integrar nos quadros os docentes com um mínimo de vinte anos de serviço e cinco ou mais contratos a termo resolutivo, celebrados nos últimos seis anos. São estes e muitos outros, precários de uma vida, os lesados do ME, um ministério que vive há anos fora da lei, explorando miseravelmente quem o serve e concebendo maliciosamente soluções que iludem, sem resolver. É disto que trata a proposta, glosada com as coreografias governamentais e sindicais habituais e o pesadelo de sempre.
São duros os meus qualificativos? Que é, senão déspota, quem exige aos outros um contrato estável ao cabo de três anos de serviço, mas permite vinte para si e, ainda assim, os armadilha com requisitos desprezíveis? Que é, senão desprezível, a subtileza de persistir em considerar que os contratos anuais e sucessivos tenham que ser no mesmo grupo de recrutamento? Que é, senão iníquo, ardiloso e inconstitucional, deixar para trás docentes com maior antiguidade, só porque já foram vítimas de injustiças anteriores? Que é, senão inaceitável, a utilização abusiva de milhares de contratos de serviço de duração temporária, ano após ano, que violam o Direito da União Europeia (Diretiva 1999/70/CE), como, aliás, foi reconhecido pelo respectivo Tribunal de Justiça?
Desde há muito que os concursos de professores geram injustiças e criam castas, por via de sucessivas mudanças de regras, donde a ponderação da iniquidade desapareceu. Tudo indica que assim será, uma vez mais, com alguma coisa a mudar para que tudo continue na mesma, tónica aliás dominante da actual aposta na Educação. [Read more…]

Jornalismo precário e dependente

O Primeiro-Ministro António Costa, na comunicação de Natal destacou duas dimensões da nossa vida comum: a precariedade laboral e a educação. Ontem a Comunicação Social fez o favor de mostrar a importância de ambas – o não-caso de Vila Nova de Gaia e a escuta a Santos Silva mostram como o jornalismo português está demasiado dependente de interesses, eventualmente diversos e onde a boa-educação está, há muito, à margem da profissão.

Em Gaia, à falta de melhor, uma jornalista resolveu escrever um conjunto de falsidades e, sabendo eu, que a jornalista teve acesso documental à informação verdadeira, pergunto:

-em que momento a senhora se esqueceu da sua carteira profissional? No momento em que talvez se fosse vingar de algum acontecimento passado? Ou no momento em que talvez estivesse a ajudar alguém?

Aliás, também Os truques da imprensa questiona a jornalista:

“1. Ou Margarida Gomes não sabia do arquivamento, o que é pouco verosímil, tendo em conta que a jornalista terá contactado o DIAP para confirmar a existência da queixa e, se sabia da queixa, sabia necessariamente também do seu arquivamento.

2. Ou Margarida Gomes preferiu nunca mencionar de forma explícita o arquivamento da queixa, optando por deixar no ar uma eventual investigação em curso, favorecendo a sua narrativa e o enviesamento do caso e utilizando para isso uma redacção ardilosa ou mesmo manhosa (o que significa uma queixa “estar” no DIAP? Pode incluir “estar” (arquivada) no DIAP? Num caixote do lixo? Numa gaveta? Ou em fase de inquérito?”

Uma coisa dou como certa, Jornalismo, não é de certeza e a ética não se faz assim.

Percebo a banhada autárquica que se aproxima do PSD e até imagino como gostariam de recuperar Gaia, mas não creio que seja a sul do Porto que a cavalgada de Rui Rio para a liderança laranja vai ser questionada. A derrota do PSD e de Passos Coelho vai mesmo acontecer e Rui Rio vai chegar lá, mas não creio que esse seja um problema de Gaia. Logo, não creio que este tipo de notícias tenha uma génese partidária. Nacional, claro. [Read more…]

Estimada TVI: o programa já é mau demais. Menos abuso, sim?

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A TVI tem um daqueles programas de Domingo à tarde, foleiro que dói, que as autarquias portuguesas pagam couro e cabelo – com o alto patrocínio dos nossos impostos, claro – para ser transmitido a partir das suas localidades. Quando a coisa está no ar, dá a impressão que a estação, genuinamente interessada em promover os mais recônditos cantinhos do nosso país, decidiu rumar a São Jorge da Morrunhanha e partir à descoberta dos bolos da Dona Raquel, das laranjas do Sr. Fernando ou do artesanato da avó Odete, mas não, não é nada disso. Pagam-lhes e eles vão lá, carregados de Marias Leais e de outros talentos maiores da música portuguesa, e a localidade pouco ou nada ganha com isso. Despesismo inútil para quem paga, um belo negócio para quem comercializa. [Read more…]

Passageiros? Em fuga…

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Como gosto muito de ficção científica e não fiz o trabalho de casa, fui ver o filme “Passageiros”. Meus amigos/as, salvo melhor opinião, é de fugir! Que grande barrete. E é muito bem feito, quem me manda a mim ir ver um filme sem primeiro dar uma vista de olhos ao resumo e às críticas sérias de quem sabe da poda?

Fica o aviso aos leitores do Aventar.

Carrie Fisher (1956 – 2016)

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May the force be with you, princess Leia 🙁

Na muche (ou na hélice, vá lá)

“O soro da verdade da Cristas dava jeito era no CDS, para sabermos o que é que aconteceu aos submarinos.” Bruno Nogueira, no seu novo programa Mata-bicho.

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E já agora, para sabermos quem é o Jacinto Leite Capelo Rego.

Abriu a caça ao voto de qualquer maneira

E hoje, a fava calhou ao Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.truques

Tenho uma proximidade muito grande com o projecto autárquico de Gaia (sou eleito na Assembleia Municipal) e maior ainda com o Projeto Gai@prende + e por isso, deixo aqui a minha declaração de interesses.

Não tenho assim tantos anos de vida partidária como muitos dos que nos visitam, mas já cá ando há tempo suficiente para saber que, em tempo de eleições vale quase tudo, ou mesmo tudo.

No caso em apreço, até pela minha proximidade acima referida e pelo profissionalismo que reconheço na minha amiga Elisa, parece-me que as palavras Do TRUQUES são as que melhor mostram o que está em causa:

Começa o período especial das autárquicas e, como já há dias tínhamos avisado, os jornais transformam-se em verdadeiros campos de batalha. Jornalistas que durante três anos estiveram num estado de quase hibernação ressurgem subitamente com capas e peças longas cheias de fontes anónimas (“O PÚBLICO sabe…”, “O PÚBLICO teve acesso…”) e acusações convenientes. Fruta da época dirão uns, um esgoto dirão outros. Veremos.

Hoje o alvo é o Presidente da CM Gaia. Diz o Público que Eduardo V. Rodrigues, enquanto presidente daquele autarquia, poderá ter favorecido a associação de que é co-fundador e onde trabalha a sua mulher. Acrescenta e leva para o título o facto de Elisa Costa ter sido aumentada em 390%. A ser verdade trata-se de um escândalo, não? As redes sociais incendiaram imediatamente, pedindo a cabeça do Presidente e da mulher, afinal “todos farinha do mesmo saco.”

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A abstinência sexual e outras ironias democratas-cristãs

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A propósito da mais recente polémica protagonizada pela Juventude Popular, que, presumo, terá cumprido o seu principal objectivo de dar algum protagonismo à agremiação de jotas mais apagada do país, e sobre a qual já muito se disse e escreveu – sugiro a leitura do artigo de Daniel Cardoso, publicado no Geringonça, está lá tudo – veio-me à memória um texto que escrevi faz mais de um ano e meio, sobre o virtuosismo democrata-cristão do ainda líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, que se recusava – talvez a situação se tenha resolvido entretanto – a assumir a paternidade de uma criança que, segundo o suspeito Correio da Manhã, havia já sido comprovada por dois testes de ADN. [Read more…]

Espera, espera, isto deve ser um apelo à abstinência

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Suspensórios e gravata de meias poderá ser o contributo, pelo exemplo, para a abstinência que o CDS agora defende para as escolas. Esperemos que a meia seja branca e que o sapato tenha berloques.

Pronto. Agora que fiz uma pausa para limpar as lágrimas de riso, li o texto em cima da imagem e perdi-me a rir de novo.  Então os resultados do PISA e do TIMSS “demonstram o acerto das políticas seguidas pelos governos anteriores”? Ó Adolfo, vai pr’a escola, pá.

E o “índice de redução da desigualdade indicado pelo INE nos anos de 2014 e de 2015” foi um sucesso do teu governo? A sério? Deixa-me citar o teu ex-chefe: “Passos admite que Portugal é hoje “profundamente desigual“.

E sabes o que foi “o sucesso das reformas laborais do anterior governo”? Quase meio milhão de portugueses de elevadas qualificações que abandonou o país porque apelar à emigração fez parte da estratégia.

Afinal, não há assim tanto para rir.

Até na mensagem de Natal, Passos?

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Na mensagem de Natal dirigida aos fiéis da São Caetano à Lapa, Pedro Passos Coelho voltou a faltar à verdade, ao afirmar que o seu partido não alinha em “encenações, opacidade e ocultações. É claro que, e porque ainda existe esperança para o PSD, nem todos os militantes daquele partido alinham ou alinharam nos vários casos em que Passos Coelho ou alguns dos seus mais próximos colaboradores alinharam em “encenações, opacidade e ocultações”. Politicamente moribundo, o ainda líder do PSD atravessa inclusive um momento em que a oposição interna finalmente decidiu sair do armário e iniciar uma pequena rebelião com intuito de depor o comandante-chefe laranja. É o golpe de Estado. [Read more…]

Renovar a carta aos 65, trabalhar até depois dos 66 (parte 2)

Na sequência do post “Renovar a carta aos 65, trabalhar até depois dos 66“, partilho o contributo que enviei para a consulta pública do Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária “PENSE 2020”. Pode usar o texto livremente, se assim o entender.

Acidentes rodoviários por grupo etário (fonte: Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária "PENSE 2020")

Acidentes rodoviários por grupo etário (fonte: Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária “PENSE 2020”)

Lisboa, 26 de Dezembro de 2016

Exmos. Senhores,

Questiona-se aqui a pertinência de se “introduzir a atualização obrigatória de conhecimentos, através de ações de formação, na revalidação do título de condução que ocorre aos 65 anos” (medida A17.73), constante no Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária (“PENSE 2020”), o qual se encontra presentemente em consulta pública. Se é uma medida integrada num “programa de acompanhamento do envelhecimento dos condutores”, pergunta-se se estes não envelhecem desde a tenra idade em que obtêm a carta de condução, maioritariamente algures entre os 18 e os 25 anos. Com efeito, a actualização de conhecimentos deverá ser contínua, em vez de pontual e com um salto de cerca de 40 anos, tal como é proposto. [Read more…]

Os solavancos do CETA – o rei vai nu, quanto ao Emprego

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Legenda: Martin Schulz (SPD) diga NÃO ao CETA!   (Ao lado) Gabinete de atendimento aos eleitores

No final de Outubro passado assistimos ao tempestivo adiamento da assinatura do CETA (o tratado comercial UE-Canadá), devido às reservas colocadas pela Valónia; passados três dias porém, o tratado foi mesmo assinado com pompa e circunstância. Já nas mãos do Parlamento Europeu, os fãs do CETA nesse órgão estavam determinados a conduzir o processo com meteórica velocidade para evitar mais sobressaltos e a Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu (INTA), que lidera o processo de votação do CETA no PE, pretendeu até impedir a habitual audição das outras comissões relevantes, tendo sido avançada a data indicativa de 14 de Dezembro para a votação no plenário.

Fosse pelo que fosse (possivelmente por cedência aos veementes protestos e pela denúncia, feita pelo vice-presidente da INTA, sobre a pressão que estava a ser exercida para acelerar o processo), certo é que a INTA retrocedeu e acedeu “generosamente” a ouvir os pareceres das Comissões, adiando a votação no PE.

Entretanto, são conhecidos o parecer positivo da Comissão de Assuntos Externos (AFET) e o parecer negativo da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, que aqui fica sem mais comentários; Atenção, o que vai ler seguidamente não foi produzido por quaisquer grupos de cidadãos opositores do CETA; trata-se, nem mais nem menos, do parecer emitido por uma Comissão do Parlamento Europeu, na tradução do serviço de tradução da própria UE e diz o seguinte: [Read more…]

Sobre o falecimento de George Michael (1963 – 2016)

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Entretanto, na galáxia das redes sociais, o feed entupiu-se de exéquias virtuais de ocasião, não raras vezes escritas por indivíduos para quem o falecido mais não foi do que aquele cantor gay que foi apanhado numa casa de banho pública em preparos pouco ortodoxos. Mas hoje a comunidade social-tecnológica está de luto pelo que se torna obrigatório aderir à movida.

A partir de hoje, e durante os próximos dias, as rádios serão tomadas pelo mesmo ímpeto hipócrita que este ano permitiu que músicos geniais como David Bowie e Prince voltassem a ter espaço entre os excrementos que pululam nas playlists das rádios reprodutoras de qualquer aborto musical imposto pelas editoras. E não, não estou a falar da Last Christmas, essa sempre aparecia pelo Natal.  [Read more…]

Renovar a carta aos 65, trabalhar até depois dos 66

A8, perto de Tornada. (c) jmc

Idade da reforma em 2017: 66,3 anos.

Renovar a carta aos 65: passa a requerer “aulas para actualização obrigatória de conhecimentos”, de acordo com o Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária actualmente em consulta pública (PENSE 2020).

Portanto, tem-se idade parar trabalhar, mas não para conduzir!

[Adendas]
1. O “PENSE 2020” está em consulta pública, pelo que pode enviar os seus contributos para pense2020@ansr.pt até 8 de Janeiro de 2017. Do portugal.gov.pt: [Read more…]

É isto

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Bashar Al Assad deseja-lhe um Feliz Natal!

圣诞节快乐

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Christmas@Bright Side