Separação de poderes e cretinice

A separação de poderes é coisa que não se aprende enquanto Primeiro-ministro, Vice-primeiro-ministro, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Vice-primeiro-ministro, Ministro da Defesa Nacional, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e dirigente do CDS:

“(…) os episódios do Ministério Público a intervir de forma completamente imoral, sem ter conta a sensibilidade de pessoas que estão a zelar por cadáveres de entes queridos(…)”  – Freitas do Amaral dissertando sobre a actuação do Governo [ao minuto 42:33]

Talvez João Miguel Tavares possa, também, dar uma aula sobre separação de poderes, desta vez dedicada a ex-governantes e à oposição, que também cavalgou a mesma onda.

A cereja em cima do bolo já tinha, no entanto, sido lançada ao minuto 40:53.

“Acho que essa redução [da dívida pública] devia ser um pouco mais rápida, o que teria como contrapartida ou não gastar tanto em políticas sociais, ou, era o que preferia, conseguir fazer uma reforma do Estado que eliminasse de facto as gorduras, que são imensas, mas infelizmente os nossos governantes não sabem onde é que elas estão. E também não querem perguntar onde é que estão.”  Freitas do Amaral

Quem foi Primeiro-ministro, Vice-primeiro-ministro, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Vice-primeiro-ministro, Ministro da Defesa Nacional, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e dirigente do CDS resume-se, simplesmente, a um cretino que olha para as migalhas que chegam ao Estado Social como uma das formas de redução da dívida, sem referir os milhares de milhões que têm sido lançados na banca, PPP e demais salvações de negócios privados.

Aponta o dedo às gorduras, seja lá o que isso for, mas para as quais foi seguramente contribuidor líquido, enquanto Primeiro-ministro, Vice-primeiro-ministro, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Vice-primeiro-ministro, Ministro da Defesa Nacional, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e dirigente do CDS, sem apontar um caminho, excepto algo que foi alcançado pela a Nova Zelândia, “que fez uma uma excelente reforma do Estado” – o que se traduz para português corrente como baralhar, cortar e voltar a dar, sem que se questionem os milhares de milhões que têm sido lançados na banca, PPP e demais salvações de negócios privados.

Comments

  1. Manuel Pires says:

    o hipócrita do costume.

  2. Sim, se o governo cortar nas políticas sociais pagará mais rápido a dívida. Sim e se cortar nisto e naquilo…
    Defendo que contrair dívida pode ser mau. É preciso que a dívida contraída seja bem ponderada: Para quê?
    Agora, este senhor de vez em quando fala para o povo e avança sempre com mas umas contradições relativamente ao que faz ou ao que disse anteriormente.
    O que não se pode é cortar na reforma dele, isso não…Arranjaria mil argumentos para justificar a dívida e as politicas sociais para os velhos.
    A desfaçatez, por vezes, atinge pessoas com redução de neurónios

  3. Ana A. says:

    Gorduras do Estado vs Políticas Sociais:
    – é só consultar e, quicá, melhorar os dados do INE e/ou da Pordata, e saber ao certo, quem é que anda a viver à custa do Estado, seja rico seja pobre ou assim-assim. Depois é obrigá-los a trabalhar para o Estado, impondo-lhes um tecto salarial mínimo de sobrevivência, e isto duraria o tempo que fosse necessário para reduzir q.b. as gorduras!
    (Desculpem lá se sou muito básica, mas eu não tenho os cursos dos Excelêntissimos, Professores, Doutores, “ex-qualquer coisa” nas governações deste país.)

  4. antero seguro says:

    Este idiota não tem a mínima sensibilidade social. Ao dar esta receita que afinal é o sonho duma direita sem alma, aliás já posta em prática pela governo do Passos Coelho que veio gerar na sociedade portuguesa o terror e o medo e que afinal nada resolveu.

  5. Mas sinceramente. Alguém liga ao que o senhor diz? É absolutamente irrelevante.

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