Nos tempos da amada troika, foi um fartote de cortar, que a troika mandava, mesmo quando não mandava. Era cortes que eram temporários, a passarem a definitivos passado pouco tempo.
Chegado o PS ao governo, ai que jesus que as reversões iam dar cabo do país, das contas e que a troika vinha aí outra vez. Estava cortado, cortado tinha que ficar, dizia o PSD-CDS de então.
Com eleições à porta, e dado que pimenta no cu dos outros é refresco, eis o mesmo PSD-CDS a aliar-se à esquerda para aprovar uma medida contrária ao que sempre fez enquanto governo.
“Aprovada contagem integral do tempo de serviço dos professores”
“Só o PS votou contra a proposta, que contou com o apoio de PSD, CDS-PP, PCP, BE e Verdes.”
Por acaso, concordo com a decisão. É claríssimo que o governo nunca explicou como chegou aos valores apresentados como custo da medida, mentiu por omissão regularmente e nem sequer conseguiu ser coerente nas soluções apresentadas para os territórios continental e insular. Mas discordo do oportunismo político dos partidos que fazem uma coisa enquanto governo e defendem outra enquanto oposição. Este é o pasto de populismo que alimenta essa escumalha da extrema-direita.
Então o concurso da cena demagógica ia todo para a esquerdalhada?
Se é para devolver ‘direitos’ devolvam.
Se é para reformar, digam que são precisas reformas, treteiros de merda!
Eh! Pá! Não berre tanto! O unicórnio não tem culpa! E arrisca-se as espantar os gambozinos!
Estou à espera da tua indignação, ao perdão de dívida do Pereira Coutinho.
Se é para cortar em tudo o que é investimento, serviços públicos e pagar mais aos (seus futuros) empregadores por menos, tudo aconselhado pelos colegas da sociedade de advogados, não lhe chamem reformas, treiteiros de merda. Chamem-lhe plano de reforma para prostitutas políticas.
Pode ser para prostitutos políticos, Paulo Marques? Ele é sempre o masculino no geral, mas chega a este substantivo e lá vem o feminino, inevitavelmente. Discrepo. 🙂
A aprovação hoje efectuada no parlamento, na contagem de tempo de serviço dos professores, é apenas e só, uma vitória moral.
“Quem vier a seguir que apague a luz!”
Antes dos professores verem o carcanhol nas suas carteiras, o que é legítimo, imagino eu as voltas que aquilo ainda dará, com esta gente a governar-nos. Portugal é o país do faz de conta.
Imaginem vocês que daqui a seis meses não haverá Geringonça, mas sim uma nova versão do velho centrão, com PS e PSD coligados. Já estão a intuir o contorcionismo que ambos farão, para dar cumprimento à alteração legislativa agora aprovada?
Se é verdade que há muita hipocrisia no PSD e no CDS nesta hora de votarem a reposição integral do tempo de serviço dos professores, em matéria de calculismo, o PS só se pode queixar de si mesmo, não tivéssemos nós na pretérita semana, um exemplo idêntico, com a posição da bancada parlamentar socialista em relação à lei de bases da saúde, que antes acordara com o BE.
O Partido Socialista mantém-se fiel a si mesmo, quer estar sempre bem com Deus e com o diabo. Desta vez ficou isolado mas as consequências são menores porque a contagem do tempo dos professores não é para levar a sério. Se os professores pensam que saíram vitoriosos tirem o cavalinho da chuva porque não vão haver aumentos para ninguém. Se estiverem agradecidos ao PSD/CDS, votem neles e vão ver o tombo que levam. Esta votação foi uma autêntica farcola só para arregimentar os papalvos. Votem meninos, votem, Passos Coelho & C.a esperam-vos na curva.
…”oportunismo político dos partidos que fazem uma coisa enquanto governo e defendem outra enquanto oposição.
Este é o pasto de populismo que alimenta essa escumalha da extrema-direita…” !!!
é isso mesmo, certíssimo, j. manuel cordeiro!!
Medida à portuguesa
Ninguém sabe o certo como ou quando, interessa é chatear (neste caso o PS)
Os professores são uma classe maltratada, tanto por governos como pelos próprios sindicatos. E pela sociedade.
Nunca vi o Mario Nogueira fazer jornadas de luta ou semanas de greve porque os professores levam na tromba na sala de aula ou têm de pagar o giz do próprio bolso.
Não invalida o facto de serem olhados de lado pelo português do Privado, que não tem progressão na carreira e aumentos.
O J. Manuel Cordeiro tem uma queda para qualificativos exagerados.
Apodar o PSD e CDS de “extrema-direita” é totalmente disparatado.
Por acaso tinha em mente o Ventura e o contexto internacional. Mas o CDS, já agora, com comentários como o de Nuno Melo sobre o Vox ser ou não de extrema-direita, não anda lá longe.
A extrema direita é a tua vizinha do lado: nada de liberalismo, nacionalismo e autoritarismo quanto baste.
Mas as virgens de esquerda adoram anunciar que as querem violar!
Ele é Voxe, Chaga, Bosta…Nota-se pelo tom comentatório que V. Exa. está em pulgas! Cuidado que elas mordem! Cuidado! Ainda lhe espantam o unicórnio!