Porque vou votar amanhã

Não me deslocarei amanhã até à escola secundária para votar nas eleições europeias porque ela é um belo exemplo (piu!) das renovações da Parque Escolar inventada por Sócrates. Da mesma forma que não o farei por Sócrates não ter saído das bocas do Melo e do Rangel. Nem sequer porque Costa ajudou a transformar as europeias num referendo ao seu governo, tanto pelas suas declaradas palavras, como pela crise que inventou para recentrar a campanha. E muito menos devido ao apelo do Presidente, que receia a maior abstenção de sempre, quando uma campanha de costas voltada para a “europa” convidou os eleitores a fazerem o mesmo.

Vou votar porque esses seres serão eleitos mesmo que os únicos eleitores a votarem sejam os candidatos. De nada importa a abstenção. E nem o voto em branco, já agora. Por isso, vou votar num dos outros partidos, fazendo com que os primeiros tenham menos uma migalha percentual de votos. E, como se sabe, uma uma multidão é composta por indivíduos, pelo que só depende de cada um mudar a sorte dos oportunistas.

Eleições europeias: Sei em quem não vou votar


No Cântigo Negro, diz José Régio que «não sei por onde vou, sei que não vou por aí». Um poema muito conhecido, até por ser o único que o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, parece saber recitar.
Estou na mesma relativamente às eleições europeias de amanhã. Não sei ainda em quem vou votar, mas definitivamente sei em quem não vou votar.
Não vou votar na Direita, como é óbvio. À excepção do PS em 1995, nunca votei na Direita. Jurei para nunca mais. Ideologia dos grandes interesses económicos, do capitalismo selvagem, do deixar gente para trás. PS, PSD e CDS são simplesmente Partidos criminosos.
Também não vou votar naqueles em quem voto desde 1989. Fartinho da cegueira ideológica da CDU, que em 2019 continua a não conseguir dizer que a Coreia do Norte é uma Ditadura abjecta ou que a China é tudo menos um regime comunista. Fartinho do Bloco de Esquerda, que mostrou, com o caso Robles, de que massa é feito. Da mesma massa dos outros.
No momento do voto, não me vou esquecer que estes dois Partidos pactuaram com estes 4 anos de governação socialista. Com uma governação que continuou a privilegiar os benefícios fiscais aos grandes grupos económicos. Que continuou a torrar milhões e milhões no sistema bancário ladrão enquanto os negava aos trabalhadores. Que não mexeu uma palha para acabar com os abusos das rendas excessivas de uma EDP que manda no país e que é responsável pelo pagamento da energia mais cara da Europa.
Também não me vou esquecer que o PAN esteve na Assembleia da República nestes últimos 4 anos.
Sendo assim, o que resta? [Read more…]