O Brasil Anti-educação

Que a educação nunca foi prioridade da direita brasileira, é sabido há décadas. Entretanto “nunca na historia deste país”, parafraseando Lula, a educação foi tão perseguida e sua destruição sistemática avançado de forma tão absurda. Nem mesmo durante a ditadura militar de 1964.

Fanaticos governistas não só querem apagar o grande teórico da educação Paulo Freire (cuja teoria se um dia tivesse sido colocadas em prática nas escolas brasileiras, jamais teriamos esse sujeito como presidente) como incentivam a violência a professores. Além disso ensaiam acabar com cursos das áreas humanas, como filosofia e sociologia e a mais nova é o anúncio do corte de 30% no orçamento de todas as universidades federais.

Para completar foi anunciado cortes tambem na rede de ensino basico. Querem fazer o povo brasileiro pensar que o problema do Brasil é a educação e seus investimentos.

Na realidade está em jogo a propria existência do ensino público gratuito e de qualidade no país.

Há décadas sistemas financeiros tentam se apossar da grande minas de ouro que é o setor para o capital. O Brasil que se desenha é um país com produção científica pífia, com poucas universidades a serviço de elites. O ex-ministro do Ministério da Educação chegou a declarar que o ensino superior não devia ser para todos.

Realmente estamos cada vez mais próximos de um futuro medieval.

Colocando as coisas em perspectiva (5)

Muitos têm sido os atropelos feitos nas vésperas de eleições ou a nelas pensar. Cavaco duplicou a função pública para dobrar a maioria absoluta. Guterres inventou as SCUT para, acabado o dinheiro da CEE, poder continuar a apresentar obra eleitoral. Barroso e Santana Lopes sofreram de coito interrompido, tendo aberto o caminho para os disparates de Sócrates e da sua Parque Escolar, o parente pobre que arranjou na ausência do TGV e do aeroporto. Passos Coelho tratou criar as condições para uma tal de economia social.

A lista está muito incompleta mas chega para ilustrar o argumento.

Costa ameaça demitir-se, o que deixaria o governo em gestão até às legislativas, em Outubro. Um governo em gestão está limitado quanto ao que pode fazer, reduzindo as possibilidades de disparates eleitorais. Boas notícias, portanto.

Demita-se, então, Sr. Costa.