Não me deslocarei amanhã até à escola secundária para votar nas eleições europeias porque ela é um belo exemplo (piu!) das renovações da Parque Escolar inventada por Sócrates. Da mesma forma que não o farei por Sócrates não ter saído das bocas do Melo e do Rangel. Nem sequer porque Costa ajudou a transformar as europeias num referendo ao seu governo, tanto pelas suas declaradas palavras, como pela crise que inventou para recentrar a campanha. E muito menos devido ao apelo do Presidente, que receia a maior abstenção de sempre, quando uma campanha de costas voltada para a “europa” convidou os eleitores a fazerem o mesmo.
Vou votar porque esses seres serão eleitos mesmo que os únicos eleitores a votarem sejam os candidatos. De nada importa a abstenção. E nem o voto em branco, já agora. Por isso, vou votar num dos outros partidos, fazendo com que os primeiros tenham menos uma migalha percentual de votos. E, como se sabe, uma uma multidão é composta por indivíduos, pelo que só depende de cada um mudar a sorte dos oportunistas.
Faço das suas, minhas palavras. Pena tenho eu de não ser tão escorreito na prosa.
Já aqui o escrevi. Maioria das vezes o voto útil, é mais votar contra os oportunistas, do que votar em alguém em quem confiamos sem receios de errar.
A vida é feita de escolhas. Amanhã devemos ter todos ir votar, nem que seja no mal menor.
Veja lá se o Putin não lhe rouba o voto…
Assino aqui por baixo.
De pouco adiantam as greves e as indignações. É quando votamos que podemos mudar um pouquinho a história.
Um pouquinho, porque o Sistema defende-se de tal maneira, que não permite que a larga maioria das pessoas abra os olhos.
Toda a gente diz que não se falou na Europa, o que não é verdadeiro.
Mais uma inverdade tantas vezes repetida e que dá muito jeito a muitos como justificação auto-justificação para tudo e mais alguma coisa que aconteça, incluindo a abstenção e mais os nulos e brancos e mais o voto nalguns daqueles senhores sobre quem o Ricardo A. Pereira parodiou no último programa.
É protesto, diz-se.
Depende. Falar da Europa é falar da distribuição dos suborn… fundos europeus, de medidas que precisam de consenso a 28 para serem alteradas ou de Sócrates? Se sim, falou-se muito da Europa.
Tal como dá muito jeito dizer-se que “São todos iguais”, que é como quem diz: “Mais vale votar sempre nos mesmos, nos mesmos ladrões que já conhecemos bem”.
“… Costa ajudou a transformar as europeias num referendo ao seu governo”
“…Vou votar ( em consciência e só ) porque esses seres serão eleitos mesmo que os únicos eleitores a votarem sejam os candidatos…”
Estou consigo nesta, j. manuel cordeiro !
Porém há mesmo que reflectir , pois acontece que :
“…Mais um conselho, apenas: Não votem em consciência, como faz muita gente, porque esse voto é nulo. Tem de se votar num partido. Um dia votei em consciência e depois chegaram os resultados eleitorais e não havia nem um voto em consciência. Espera lá que já os apanhei. Armei um escândalo na Comissão Nacional de Eleições que até meteu polícia. Lá me explicaram que tenho de votar em consciência, sim, mas num partido. E eu vou assim “consciência num partido? Isso nos dias que correm é mais difícil que tirar o cartão do cidadão, amigo”. ……..
in / Impr. Falsa
Votar em consciência é votar numa das formação política e não em nenhum dos partidos tradicionais para não termos que nos repetir constantemente nas críticas aos partidos tradicionais. Eu, para ser coerente comigo próprio, vou votar numa das formações políticas que se apresentam a sufrágio.