Algumas notas breves sobre os resultados das Eleições Europeias

Tendo em conta tudo o que aconteceu antes e depois da campanha eleitoral:
– Uma vitória «poucochinha» do PS;
– Uma extraordinária vitória do Bloco de Esquerda e sobretudo do PAN;
– Uma estrondosa derrota do PSD e do CDS;
– Uma pequena derrota da CDU.
No final, temos aqui que a Esquerda venceu estas Eleições Europeias de forma muito clara. É possível que em Outubro haja de novo uma Geringonça, desta vez com novos participantes. Parece que estamos livres de uma perigosa Maioria Absoluta do PS.
Temos também que a Direita sofreu uma derrota enorme, muito para além do que era esperada. Se a do PSD é humilhante, a do CDS é apenas o constatar de uma realidade – é isto que o Partido vale sozinho: Um táxi.
Boas notícias são também aquelas que dão menos de 2% aos dois Partidos fascistas, o Basta de André Ventura e o PNR. Por agora, a extrema-direita em Portugal continua a ser meramente residual.
A abstenção chegou aos 70%. Os políticos fingem-se preocupados. Mas no fundo, para eles, é mais um dia no escritório.

Comments

  1. Fernando says:

    A esquerda não ganhou porque o PS não é de esquerda…


  2. Vitória poucochinha? Ganhou em todos os distritos com exceção de Vila Real, com mais votantes do que em 2014.

  3. Nuno M. P. Abreu says:

    Há afirmações que têm de ter sustento em números e consequentemente têm de ser objectivas que não consigo entender.
    Em termos proporcionais o PS, face aos resultados de momento, subiu em relação a 2014, 7,5%. O PSD em conjunto com CDS, tal como concorreram em 2014, subiram 3,8%
    A CDU desceu 53%!!!!
    Porque diz o autor que o PSD e CDS tiveram uma estrondosa derrota e a CDU uma pequena derrota?
    Será isto honestidade intelectual?

    • anticarneiros says:

      Porque não te calas ?

    • Ricardo Ferreira Pinto says:

      A CDU sofreu uma derrota muito grande. Se escrevi pequena, foi por erro de análise e não por outro motivo. Desonestidade? Se calhar está a ver-se ao espelho, o comentador mais desonesto do Aventar.

      • Nuno M. P. Abreu says:

        Coloquei uma hipótese perante um afirmação que considerei errónea! Se não a posso colocar. peço desculpa.
        Já agora, como classificar quem acusa sem arrolar factos? Não seria interessante elencar os factos que lhe permitem fazer tal afirmação?

        Deixo isso à consideração do seu espelho!

    • Nascimento says:

      ” desceu” para o lugar que lhe competia descer. Há 5 anos é que foi tudo anormal; quase os mesmos votos que em legislativas! Ou não? Pena que tivesse perdido por uma unha para o PS o seu 2º deputado. Até porque ali Trabalha-se. Pode não se concordar ,mas, ali,80% vai para o partido e presta-se continhas.Ou não? Já agora: o PS Irá reunir com o pessoal do ” EN MARCHE”? ou com os netos de Franco ( Cidadanos)? UI, já sei ,é com aquele rapaz da Austria, ou será da Holanda…ui, tudo tão” liberal” e com fatos feitos na antiga Maconde ( falida)! Vão ler os programinhas do Cidadanos aqui au ladecos e divirtam-se… as ” santanetes tugas são bem melhores.eheheheh e sem
      ” disfarçes” de modernaços!


  4. Houve mais votantes do que em 2014. PSD + CDS subiram ligeiramente, assim como o PS (um pouco mais). O BE duplicou e o PAN triplicou. A CDU perdeu quase metade dos votantes. Com um aumento de votantes no geral, perder quase metade significa que a derrota da CDU é estrondosa.

    • Ricardo Ferreira Pinto says:

      Sim, é verdade. Já assumi o meu erro.
      Mas continuo a achar a vitória do PS poucochinha. Aliás, com resultados quase iguais em % e n. de votos, foi o que Antonio Costa disse há 5 anos para justificar o ataque à liderança de Antonio José Seguro.

      • Julio Rolo Santos says:

        Sempre ouvi dizer que por um voto se ganha e por um voto se perde e, quem ganhou, foi quem acrescentou mais um voto ao seu historial eleitoral. Porquê tanta discussão sobre quem perdeu ou ganhou por poucochinho?

        • Paulo Marques says:

          Foi Costa que disse que mais era poucochinho à 4 anos, e foi Costa que disse que era um referendo ao governo. Aliado à traição do Morcon, é uma vitória um bocadinho amarga.

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