A guerra de informação da Extrema-Direita que agora ameaça Portugal (parte 1)
“Flood the zone with shit”
Praticar o distanciamento de nós próprios: a questão do eu

@dougsavage
Não será de todo irreflectido pensar que vivemos uma constante e abrangente crise de identidade. A procura pelo significado do eu pintou a história de aventuras, da realidade à ficção ou mesmo na intersecção de ambas. Somos, afinal, eternos contadores da nossa própria história.
A ideia de sermos história cria, desde logo, uma crise de identidade: somos a nossa história ou os contadores dela? E se a contarmos, ela deixa de ser nossa?
Coloca-se o problema do distanciamento. Será proveitoso pensar que quanto maior o distanciamento, maior a incapacidade de encontramos o eu na história. Precisamos de estar próximos de algo para podermos dissertar sobre esse algo. A proximidade e a convivência garantem-nos experiência acumulada que se transforma em conhecimento de causa. Mas esta proximidade tem, em si mesma, encerrado um paradoxo existencial do distanciamento: não será a nossa visão mais clara quanto mais nos distanciarmos do objecto em análise, neste caso, nós próprios?
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