Kein Crescendo.
— H. von Karajan
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O scherzo da 9.ª Sinfonia de Beethoven tem um tempo muito rápido, é molto vivace – presto, sendo a execução extremamente difícil. Como não estamos nos Sons do Aventar, convém esclarecer que “tempo” aqui é entendido na acepção de «unidade de medida da pulsação rítmica, geralmente correspondente a cada uma das partes de um compasso musical». E “muito rápido”, salvo melhor opinião, é mesmo a designação mais correcta, pois rapidíssimo é o prestissimo. Portanto, o melhor é ficar pelo muito rápido e evitar superlativos sintéticos. Ao escutar este scherzo, sou imediatamente transportado para as margens do Mosela, quando entra na Alemanha, terminados os percursos francês e luxemburguês. Depois, o Mosela acaba por desaguar no Reno. Mas esse é outro assunto. Voltando àquilo que actualmente nos ocupa, como é sabido, apesar de difícil, a execução do scherzo da Nona é viável. Ou seja, é possível que isto

etc.
se traduza nisto
naquilo (com arranjo do Liszt)
e até, imagine-se, nestoutra hipótese
Pelo contrário, apesar das lengalengas dos discursos facilitistas (dão sempre mau resultado quer o facilitismo, quer os discursos que o promovem), a execução do Acordo Ortográfico de 1990 não se limita a ser difícil: é impossível.
Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.
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É que a música tem regras com lógica 🙂
Alteram a montra, mas têm sempre contatos, pois o armazém está bem fornecido.
Obrigado pela música.