O Bloco de Esquerda, partido que está, este fim-de-semana, em convenção, é criticado por outros camaradas bloquistas por, no seu entender, se ter chegado demasiado ao centro e ao PS. Desde 2015 que a aproximação foi clara e certas franjas do partido não aprovam; pedem, antes, uma radicalização que devolva o partido às bases e que se olhe mais para o Manifesto Fundador do BE. É uma crítica legítima que farei questão de comentar publicamente, na qualidade de militante, noutra ocasião.
Catarina Martins, coordenadora do BE, critica o PS por sempre ter estado demasiado ao centro e por só se virar para a esquerda quando lhe convém. Ou seja, a mesma crítica que lhe é apontada por camaradas, esta aponta aos social-democratas com “socialista” no nome. António Costa é um cata-vento, é sabido, e esta sempre foi a táctica do ex-presidente da Câmara de Lisboa: olhar para a esquerda – pisca, pisca -, olhar para a direita – pisca, pisca – e manter-se ao centro, sabendo que, de qualquer forma, é no centro a tender para a direita que a União Europeia mais gosta de ver os seus enteados.
O insólito ou não, veio depois. António Filipe, deputado do PCP, veio comentar a convenção bloquista, congratulando-se por o PCP estar ainda mais ao centro que o Bloco de Esquerda, e de terem sido os comunistas a segurarem o Orçamento de Estado desastroso do Governo (OE que teve de ser revisto, dando, em vários aspectos, razão ao chumbo dado pelo BE).
Ao que chegou o PCP, de partido revolucionário e radical a partido reformista que se orgulha de baixar as calças ao PS para que estes possam tender para a direita confortavelmente. De inimigo número 1 do PS a isto: lacaio do PS à esquerda do BE. Ao que chegaste, PCP… hoje orgulhas-te de ser fantoche nas mãos do Partido Socialista e tudo porque tens medo de vir a ser o CDS-PP da esquerda.
O PCP ainda não ultrapassou o facto de a existência do BE ser uma realidade há mais de 20 anos, mas é melhor acordarem. Isto de ser o idiota útil do PS pode acabar mal, PCP. Pensa bem nisso, amigo.
É favor ler o texto do António Filipe ao som de Benny Hill.

Quem quer MAIS casar com a carochinha? (Imagem retirada do ECO)
“me imiscuo de comentar”???!!! Tem a certez que esta utilização do verbo “imiscuir” é correta?
Caro, balio, a sua dúvida é legítima e faz bem em colocá-la. Fica aqui o verbo “imiscuir” conjugado no presente do indicativo:
“Conjugação do verbo: imiscuir
Indicativo
Presente
eu
imiscuo
tu
imiscuis
ele/ ela/ você
imiscui
nós
imiscuímos
vós
imiscuís
eles/ elas/ vocês
imiscuem”
(https://dicionario.priberam.org/conjugar/imiscuir)
Bem-haja, um abraço!
Caríssimo,
De facto, não tinha percebido a sua legítima dúvida. Julguei, sem pensar concretamente na questão, que a dúvida era em relação à conjugação do verbo, mas acabei por perceber que não.
De facto, na forma como a frase estava construída, o verbo “imiscuir” não estava bem empregue. Obrigado pela sua chamada de atenção e bem-haja.
Estou contigo camarada!
Nada de pisca-pisca que só agrava impostos e a miséria.
Vira corajosamente à esquerda para levares nos cornos de uma vez e sairmos deste pântano esquerdalho, treteiro, e idiota!
Pronto, chegou o Menos, o Saudosista, borra botas do Botas.
Ó homem, que hálito bafiento… cheira a fascismo, feche a boca.
Pois tá bem! Já lá diz o velho “Fado Menos”, que canta o povinho, lá na minha terrinha:
Pensavas que a cachaça é água,
Mamaste-a toda a semana.
Mais um litro ao pequeno-almoço,
E tás c’ma granda carraspana.
Canta o povinho. Lá na minha terrinha.
Boca, ou cloaca?
A questão de fundo, claro, não é qual dos partidos – PCP ou BE – é mais lacaio do PS: é qual a alternativa a ser lacaio do PS.
A ser isso que quer a metade mais acarneirada do país que ainda vota, o chamado ‘eleitorado’, que mais podem o PCP e o BE fazer? Serem mais radicais? Para quê, para quem?
O PCP continua a fingir que estamos em 1978. Algumas caras jovens não alteram o discurso, a estética, a cassete. Resultado: em 20 anos passou de 500.000 para 330.000 votos.
O BE surgiu como a nova esquerda. Ao contrário do jurássico PCP é um partido do séc. XXI, cheio de marketing e carinhas larocas. Resultado: em 20 anos chegou a 500.000 votos.
Somando os dois, a esquerda ganhou votos nestes 20 anos. Nesse sentido, a criação do BE funcionou. Mas não chega.
Eleição após eleição, esta partidocracia já demonstrou o tecto da esquerda em Portugal: um milhão de votos. Não chega. O sistema precisa de uma volta maior. Uma democracia a sério.
Obviamente, e como já bem saberá, discordo de muito do que diz aí no seu comentário.
Agora, tenho de concordar com as ilacções que tira em relação a PCP, BE e à esquerda como um todo.
O B”E”, mesmo que não queriam, E pelas posições «politicas» que tem tomado, é, um partido social-democrata… como tem sido o P”C”P… não e comunista, mas sim um partido revisionista; Para não dizer social-fascistas!!! Viva o Marxismo!
estevesayres,
Olhe que não…
E olhe que sim…
Mas volte a olhar;
Olhe que não…
Está certo, estando errado, ou vice-versa.
Mas subscrevo a chave-de-ouro: Viva o Marxismo.
Por muito pouco que seja, empoderam, ou mantém algum poder, a quem trabalha.
Esquerda? Socialistas? Igualitários?
Raivosos, Mamões do orçamento, Pastores e carneiros.
Outra vez arroz?
O que vale é que até os IDLES já lhe dedicaram uma canção.
Ora veja lá se esta “Rottweiler” não é a sua cara!
Ora pois!
O pessoal lá de casa do Menos até já foi intimado a ir à Junta de Freguesia a tirar a licença.
Pondo de lado todo o arrazoado politiqueiro e de muito baixa política, se é que de política se trata, vamos a um ponto essencial que muitos consideram tabu.
O BE (tal como o PCP) obteve um enorme desastre eleitoral nas últimas eleições, a ponto de a maioria dos seus militantes sequer ter seguido a orientação da direcção. Curiosamente (ou talvez não) este facto não deu origem, como deveria, a um alargado e abrangente debate interno. Como é possível que a direcção, ao constatar um tal desfasamento com as bases, não tenha organizado o debate que se impunha? Bem antes pelo contrário. Tudo fez para obstaculizar os dissidentes internos da Convergência. Porque será???
Na Holanda, tb a esquerda sofreu em Março outra derrota estrondosa e ninguém a quer discutir. Porque será????
joseliveira,
Tem razão no que diz e é tudo verdade. Mas, sobre isso, escreverei em tempo oportuno.
Em relação às últimas eleições, e falando da parte que a mim me toca (pois não posso falar pelo PCP), a candidatura de Marisa Matias foi imposta aos militantes; não houve debate interno e tampouco oportunidade de escolha por parte destes. A direcção escolheu o nome, apresentou-o e fechou a questão. Viu-se o resultado que isso deu, com vários militantes a contrariarem a direcção e a votarem noutro candidato (muitos em Ana Gomes, alguns em João Ferreira e, poucos mas que existem, em Marcelo Rebelo de Sousa).
Poderei escrever, quando assim achar oportuno, sobre o assunto da imposição das directrizes aos militantes. Mas o Bloco é o que o próprio nome indica, um Bloco. Há diversas e diferentes visões dentro do partido, que chocam entre si, e, não raras vezes, é tabu discutir a linha ideológica que o partido deve seguir. Como disse, lá chegaremos. Apesar de tudo, estou com a Moção A, porque do mal o menos, mesmo que concorde com muitas das críticas que as outras moções apontam (mas é muita parra e pouca uva).
«o assunto da imposição das directrizes aos militantes»
Este faz de conta que nunca ouviu falar da democracia orgânica, de superestrutura, de poitburo, de pastores…
De pastores já ouvi falar, agora de gado falante, só quando “conheci” o sô Menos Saudosista.
Vindo de um apoiante de quem simula demissões, estou muito interessado no seu ponto de vista.
Ao menos os eleitores são orgânicos e queixam-se e mudam o voto; mas, mais uma vez, estranho para quem é apoiante de quem afasta membros com telefonemas de ameaças.
Pois já ouvimos, já!
É assim na Venturosa Agremiação. E já era na Nacional União.
Se poderem e tiverem tempo aproveitem adquirem, o livro da Daniela Santiago que tem como titulo “A Tempestade Perfeita” onde fala sobre os partidos fascistas como o VOX e o Chega…
Nota: Por cá, os responsáveis dos partidos neofascistas como é o caso do Chega e do IL, é, da responsabilidade politica, do P”S” /B”E” (social-democrata) /P”C”P, e da comunicação social…
Até lá, “rezem” (façam alguma coisa), para que os fascistas e neofascistas não cheguem ao poder politico e económico, como sucedeu Espanha, e nos Açores!
Não deixo de achar uma graça desgraçada a este posicionamento do BE.
E, vá lá saber-se porquê, lá me veio à memória 2009 (acho que foi por aí) quando o camarada F. Louçã colocou no governo Passos Coelho e de seguida deu às de Vila Diogo mandando a Catarina tomar conta de linda obra que pintou e lá tivemos que levar com a direita no poder até que o A. Costa lhe resolveu pôr termo, com o apoio das esquerdas.
Nesta altura, quando a direita ameaça lá voltar, quem é que parece querer escancarar-lhe de novo a porta? Olha… ! O BE outra vez…
Ninguém diria. Pensava eu que um erro crasso e de palmatória só se deve cometer uma vez na vida.
Vá…! Não hesitem. A direita voltará a agradecer e a maioria do povo português, que vem dizendo que não quer a direita no poder, irá agradecer-vos de joelhos…, mas em Fátima rogando à Virgem Maria que vos envie para o Inferno outra vez.
Se os elegem, é porque agradecerão, como agradeceram a Passos duas vezes com duas maiorias… relativas, porque aprenderam qualquer coisa.
E no PS responsabilidade por um primeiro-ministro e candidato judicialmente confirmado como corrupto, há? Já nem peço um que entenda os tratados que assina de cruz e que seja honesto sobre a necessidade do empobrecimento permanente. Se ao menos o BE também metesse o socialismo na gaveta, era dessa que funcionava o Euro!