A juventude sónica no Reino dos Belgas em 2023

Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.

O facho e a ortografia

Le processus révolutionnaire commence toujours avec et dans une crise économique. Mais cette crise offrirait deux possibilités. La possibilité dite néo-fasciste, où les masses se tournent vers un régime beaucoup plus autoritaire et répressif. Et la possibilité contraire : que les masses voient l’opportunité de construire une société libre dans laquelle de telles crises seraient évitables. Il y a toujours deux possibilités. On ne peut pas, par crainte de voir la première se réaliser, renoncer à espérer la seconde et à y travailler, par l’éducation de ces masses. Et pas seulement par des paroles : par des actes.
Herbert Marcuse

***

Há dois anos, em entrevista à Visão, Rui Zink falou de um dos seus livros (Manual do Bom Fascista), esclarecendo que

Não gosto muito de explicar os livros, isso faz parte do leitor. Senão, o fascista sou eu.

Efectivamente, sabe-se que, em português europeu actual, ao fascismo não é atribuída apenas a acepção de Payne, ou seja, um tipo de ultranacionalismo, ligado a um mito de renascimento nacional e marcado por elitismo extremo, mobilização das massas, exaltação da hierarquia e da subordinação, opressão das mulheres e uma visão da violência e da guerra como virtudes.

Em português europeu actual, fascismo tem igualmente a acepção de [Read more…]

Lembrei-me do Vanilla Sky e, efectivamente,

o Jason Lee é mesmo o puto do skate do 100% dos Sonic Youth. Exactamente.

Sonic Youth no Porto

Acabou há pouco mais de uma hora o concerto dos Sonic Youth no Porto.
Foi um concerto cheio de energia, ou pelo menos com energia suficiente para deixar de rastos um trintão como eu.

O bilhete dizia que o concerto começava às 21.00 mas a essa hora estava eu a vê-los sair do Abadia por isso fui com calma para o Coliseu.

Foram quase duas horas de profissionalismo com muitas musicas do ultimo álbum e algumas passagens por outros mais antigos como daydream nation, e experimental jet set and no star.

Muita energia mesmo. A única palavra que encontro para descrever é mesmo Raw Power… com um final apoteótico com Thurston Moore a entrar quase pela plateia, por esta altura deve estar muita gente a dizer que também nunca mais vai lavar o braço outra vez.

O concerto acabou a “horinhas” decentes ainda a tempo para um copo na baixa do Porto.