Acordo – o que lá está, não está… Deveria, poderia… parte V

(Parte I, II, III, IV)

Na Net temos lido alguma especulação sobre a agenda oculta do acordo. Conhecendo pessoalmente a equipa da FENPROF que lá esteve, bem como o João Dias da Silva da FNE, o que vos posso dizer, é que eles não são gente que se venda. E por isso, acredito que as decisões tomadas são suportadas pela convicção de que estão a fazer o melhor, ainda que soubessem, que qualquer decisão teria vantagens e desvantagens.
Neste caso, o acordo permite colocar algumas coisas em cima da mesa que nos pareciam impossíveis: gestão e horários de trabalho.
A alteração que Maria de Lurdes introduziu na gestão das escolas foi a mudança, conceptualmente mais errada, que passou de forma mais limpinha, apesar de ser das mais significativas.
O poder central, regional e local nunca como hoje controla as escolas – é uma asfixia total. Todos os dias chovem mails a exigir para ontem informações sobre os mais diversos assuntos, dos mapas de leite, ao número de negativas, à Gripe A, ao… ao… um verdadeiro sufoco.
Estamos, claramente na presença de um modelo anti-autonomia.
E, para marioneta a administração edificou uma escolha absurda de um ser uni-pessoal – o Director!
Essa figura de outros tempos, que não conhece a palavra Não nomeia Coordenadores e com estes avalia, estes, e os outros. Isto é, o modelo de avaliação está mais viciada que as arbitragens dos jogos no Dragão!
Abrir as portas para mudar este modelo é uma boa notícia, sendo que é insuficiente – espero que na tal agenda oculta que alguns dizem existir, possa estar a mudança integral deste modelo de gestão.
E, há uma dimensão que é igualmente urgente pensar: os horários de trabalho!

(Mário Nogueira acaba de dar uma entrevista, agora publicada para falar sobre o acordo)

Comments

  1. Luis Moreira says:

    Tenho dificuldade em acreditar que haja uma agenda oculta. Ficarem assuntos alinhavados para o futuro?

  2. deolinda silva says:

    Eles falaram na arbitragem no Dragão?!
    Viva o FCP!!
    Agora a sério: e o meu 5º escalão? Fico a vê-lo por um canudo?