Haja fé!

Não faltam boas intenções para ajudar o partido social-democrata. Uma delas é a receita de Alberto João Jardim para consertar o PSD, e  que contempla 7 passos.
Depois de Pinto Balsemão dizer que o PSD está vivo, é a vez de João Jardim dizer que o partido tem conserto.
Com o frio que está ainda bem que há algum calor partidário.
É só boas notícias!

Acordo – o que lá está, não está… Deveria, poderia… parte VI

6 – Horários de Trabalho

Tenho dito a muitos Professores que não podemos colocar na nossa argumentação a questão da quantidade de trabalho porque seria, do ponto de vista da comunicação, um erro. É que do outro lado teríamos o “povo” a dizer:
– ” E daí? Eu também trabalho essas horas todas e ganho o salário mínimo, isto quando o patrão me paga!”

Claro, que tal como escrevi num dos posts anteriores, a nossa luta pode ser vanguardista e catalisadora de outros movimentos – nesse sentido, sim, faz sentido colocar em cima da mesa as questões do horário de trabalho, se quiserem de forma abrangente.

De forma simples e sem entrar em todas as variantes, um horário de um professor tem 35h – destas, 22h são aulas, 2 substituições, 5 para outros trabalhos na escola e … sobram 6 horas por semana para o trabalho individual que a profissão exige. Acontece que a vida das escolas (ler post anterior) anda envolvida numa praga controleira que gera um número absurdo de reuniões. De papel em papel, de relatório em relatório ou de projecto em projecto, todas as semanas há n reuniões… pela noite dentro que nos levam a estar na escola… muito mais que as 35h e com o trabalho de casa (preparação de aulas, elaboração de materiais, correcção de trabalhos, investigação, leituras…) todo por fazer.
O que esta situação está a provocar é a diminuição da qualidade do trabalho que não se tem tempo para fazer – isto, claramente está a prejudicar os alunos.
O Luís costuma apela à autonomia das escolas – TOTALMENTE de acordo! Só com essa autonomia poderemos resolver esta praga dos horários de trabalho – uma anormalidade que está a minar a qualidade da escola pública.
Apesar de ser insuficiente, a abertura do ME, na sequência do acordo, para negociar esta questão é positiva porque mostra que o ME reconhece o problema e que pensa fazer algo para o resolver antes que tudo fique perdido.

Estou escandalizado…

Bill Clinton teve uma amante durante a “corrida” de Hillary Clinton nas primárias para as presidenciais dos EUA.

O 1º programa Vidas Alternativas deste ano

Faço este programa desde 1999,e comecei-o na radio VOXX. Depois a radio fechou, na sequência de um incidente que aconteceu durante o meu programa que era em directo. Passei para a Rádio Seixal, onde estive mais de uma ano, e enfim, criei o Movimento Vidas Alternativas com o respectivo portal que produz o programa e apoia outras iniciativas, sob o lema – um programa muito pouco católico para todos os protestantes sociais.
Aqui vos passo a sinopse do 1º deste ano, com um convite aos bloguistas que quiserem ter voz que me contactem, pois há sempre espaço para eles.
Não posso começar sem vos deixar uma palavra de saudação e agradecimento pelo convite que me fizeram e que, como se vê, aceitei logo….

Recomeça o VA deste ano que se inaugura, ao fim de uma semana muito quente por causa da questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Depois de aprovada no Parlamento, a lei segue agora para o Presidente da República para assinatura, mas entretanto, notou-se uma total indiferença no público em geral e até junto de grande parte da comunidade gay depois da sua aprovação. [Read more…]

Presidenciais: cenas dos próximos capítulos

Já vi este filme 2 ou 3 vezes, e a rotina dá tédio.

A esquerda discute as presidenciais, a direita como de costume não precisa.

Depois de Alegre ter pedido o apoio do PS, e embora haja resistentes, vamos ter com elevada probabilidade uma repetição das últimas eleições mas sem Mário Soares, e a vaga possibilidade de, ao invés do habitual candidato do PC, alguém que possa fazer o pleno à esquerda, tipo Carvalho Silva.

Era  um bom entretenimento, embora duvide. O avanço de um candidato com essas qualidades deixaria o BE numa posição embaraçosa, mas nada que não se resolva, e existe sempre o risco de não haver 2ª volta. Ou de o militante do PS ficar em 3º, o que garantia a vitória a Cavaco (é só fazer as contas e não esquecer que a base de apoio a Sócrates é mesmo de direita).

Como ando num estádio de acentuado cepticismo duvido, passe o pleonasmo. E lá me vou tristemente preparando para pelo menos na segunda volta ir votar no vate de Águeda, um homem da caca e deus se existisse saberia quanto eu odeio a caca e os que a praticam, como já o fiz com Soares e Sampaio. Não é que precise de digestivos, para votar contra Cavaco corro com gosto e não me canso.

O resto é conversa.

Éric Rohmer, “adieu”

“Não podes pensar em nada”, Éric Rohmer, 1920 – 2010

Nasceu em 1920, com o nome de Jean-Marie Maurice Schere. Para a história ficou Éric Rohmer. Começou a carreira de realizador 32 anos depois, em 1952, com o filme "Les petites filles modèles", que não terminou por problemas de produção. Não seria a última vez que os teve. Mais tarde, em 1959, realizou "Le signe du lion", com Claude Chabrol como produtor.

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Corria o ano de 1969, quando Rohmer realiza "Ma nuit chez Maud", com Jean-Louis Trintignant e Françoise Fabian nos papéis principais. Foi o trabalho que fez a exigente crítica especializada francesa, em pleno auge da Nouvelle Vague, olhar para ele.

Foi uma vez candidato ao Oscar, recebeu várias nomeações aos Cesar, os prémios do cinema gaulês. A Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica de Veneza atribuiu-lhe, em 2001, um prémio pelo conjunto da sua carreira. Um prémio merecido. Rohmer morreu hoje.

A fé, a lei e o casamento

Ensaio de Antropologia Jurídica

Durante vários anos, tem-se discutido em Portugal uma nova modalidade de casamento: o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Após ter revisto vários textos legais sobre o casamento, equiparado à noção de matrimónio, nenhum deles fala de união entre um homem e uma mulher. Refere, sim, esta frase, na mais recente revisão do Código Civil Português: ARTIGO 1619º (Carácter pessoal de mútuo consenso). 

A vontade de contrair casamento é estritamente pessoal em relação a cada um dos nubentes.

Primeira ideia que aparece para o meu argumento. Entende-se por nubente quem está ajustado para casar ou que vai casar; noivo, noiva. Note o leitor que não define nubente como pessoas de diferente género: fala de noivo, noiva. Conforme a semântica, a vírgula entre os dois substantivos, é apenas uma enumeração de pessoas que realizam um acto. No caso que falamos, é o do casamento. Entre os artigos 1615 a 1624, fala-se de casamento civil, sem distinguir género. Fala, mais uma vez, apenas de nubentes. Se o casamento for católico, deve ser homologado pelo Registo Civil dentro do prazo de noventa dias, semelhante ao prazo do Registo Civil para homologar o casamento, caso haja oposição ao mesmo. Passado esse período, o casamento é válido. Todo o Livro IV do Direito de Família do Código Civil, refere o casamento da forma definida no artigo citado antes e o artigo 1795, refere a filiação, Título III, Livro IV. No meu texto de 24 de Outubro de 2009: O Matrimónio Homossexual, Direito Mínimo à Liberdade de Amar, como noutros de Novembro de 2009, refiro detalhadamente a liberdade de amar concedida por Karol Wojtila no seu Catecismo de 1991 e nas formas matrimoniais livres adoptadas por vários países, entre pessoas do mesmo sexo. Interessados, a minha família e eu, revimos as leis e em parte nenhuma se fala de casamento entre homem e mulher, apenas de matrimónio entre pessoas com direito à adopção de crianças. Matéria que, conforme o Primeiro-ministro proponente e o seu partido, passa para uma segunda etapa no caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Antes, é preciso resolver a crise económica que nos afecta e o temporal de neve e água que tem azotado Portugal ao longo destes últimos dias. Entre a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo e as tormentas, conjuntamente com a crise económica que nos tem afectado, um largo passo foi dado para sermos como o resto dos países da União Europeia. A primeira notícia, é uma notícia feliz, se não for vetado o projecto pelo Presidente da República, que, por lei, tem esse direito. As outras duas são uma calamidade pública, para a qual o país não estava preparado. [Read more…]

A lógica do Estado corporativo

O referendo é a instituição democrática por excelência e praticamente a única que temos em Portugal. Mesmo as eleições, são de tal maneira formatadas pelos directórios partidários, com candidatos tão afastados do povo e dos problemas, que pouco significado democrático têm.

Mas o que se vê é que nós portugueses, pouco poder  democrático temos e, mesmo esse, rapidamente o transformamos em qualquer coisa pouco credível, ao sabor dos interesses de classes, de pessoas e de corporações.

Há casamento gay? Porque não o referendo? Logo vêm à liça os que querem que a Lei passe, interessa lá o referendo! Regionalização? Venha lá a regionalização e depressa que isso do referendo só atrapalha. E o referendo? Não interessa nada, “eles” resolvem, os tais que passamos a vida a criticar, os tais que não têm credibilidade nenhuma, “eles” tratam, e nós, cidadãos, somos pelas nossas mãos os verbos de encher que merecemos ser! [Read more…]

Éric Rohmer (1920 – 2010)


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A revolução do rock'n'roll existiu mesmo?

O leitor do Aventar vai a passar em frente de um edifício e sabe que no seu interior estão, em boa e pacífica convivência, nomes como Jimi Hendrix, John Lennon, Amy Winehouse, Beatles, Tina Turner, Little Richard, Rolling Stones, Mick Jagger, Kurt Cobain, Bob Dylan, Morrisey, etc. Que faz o nosso leitor? Entra?

Eu entrava, se estivesse em Nova York e passasse em frente ao Museu de Brooklin, onde, até ao fim deste mês, se encontra presente a exposição “Who Shot Rock & Roll: A Photographic History, 1955 to the Present” dedicada aos fotógrafos que acompanharam por dentro e por fora a história do rock & roll, gente que registou para a posteridade o Woodstock e Monterey, e andou tu cá tu lá com  Sex Pistols, Led Zeppelin, Kiss, Prince, Lou Reed, Elvis Presley, Janis Joplin, Frank Zappa e muitos outros.

Entre nuvens de fumos, alucinogénicos químicos e naturais, álcool a rôdos, pós de todas as proveniências e ressacas várias, é legítimo que se pergunte: a revolução do rock & roll existiu mesmo?

Existiu. As fotografias cá estão para o provar.

 

Que gira pose!!!

Cardeal Antonio Cañizares

Vejam

É pró menino. E prá menina?

“Não cozinha, não aspira, mas sabe ocupar-se do resto se é que me entendem…”, assegurou o inventor da Roxxxy, uma boneca-robot que foi apresentada no salão erótico de Las Vegas, diz o Ionline.

Roxxxy tem cinco perfis de personalidade: Frigid Farrah (tímida e reservada), Wild Wendy (aventureira), S&M Susan (sadomasoquista), Young (garota de 18 anos) e Mature Martha (que vai “te ensinar” algumas coisas). E pode ter mais.

Mas só existe uma versão femina. Tá mal. A tecnologia quando nasce devia ser para todos.

Actualização: Isto anda tudo ligado. O mercado potencial parece ser a China onde se estima que dentro de 10 anos 24 milhões de homens não terão mulher.  Por cada 119 meninos nascem 100 meninas, numa mistura entre tradição, ecografias e aborto.  Por coincidência no mesmo jornal também se pode ler que em Pequim vai ser eleito o primeiro mister gay da China, isto anda tudo ligado não anda?

Aventar… aliás Avatar

Pelos vistos só eu é que não achei fabuloso o Avatar…claro que tem uma animação espantosa, uns efeitos especiais de última geração…e o nome é um óbvio trocadilho que James Cameron quis fazer com o nome do nosso blog, mas que me interessa isso? A mim pelo menos essas questões técnicas não fazem parte do meu critério de avaliação do que pode ser um bom filme.

O que achei mesmo mais interessante foi o facto de dois dos principais filmes dos ultimos dois fins de ano, o Wall-E em 2008 e o Avatar em 2009 terem mais ou menos o mesmo tema: a forma como tratamos o nosso planeta.
Se Wall-E mostrava uma Terra apocalíptica abandonada ao lixo que os humanos já não queriam ou conseguiam suportar, Avatar documenta o estado mental (e as acções concretas) que nos leva a esse final.

Sim, eu percebi que o Avatar não é passado na Terra, mas toda esta história de explorar até ao tutano os recursos de uma região só porque eles valem rios de dinheiro, ou o por de lado qualquer questão ética porque importante mesmo é o futuro de uma corporação traz me à memória alguns exemplos terráqueos passados inclusive no nosso país…

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O que se escreve por aí

Devido à neve, já há escolas de portas fechadas. Depois dos professores, os alunos também tinham direito a boas notícias.
Na Coreia do Norte Pyongyang vem apelar a um tratado de paz. Depois de ter visto Barack Obama receber o Nobel da Paz sem ter ainda feito nada que o justificasse, parece que o líder norte-coreano está a tentar a sorte.
A selecção de Angola acabou por empatar no jogo inaugural, quando aos 79 minutos ainda ganhava por 4-0 o que deixou Manuel José revoltado. Compreende-se, mas é melhor ter cuidado com o que diz, é que por aqueles lados à alguma tendência para se resolver as coisas ao tiro

Centenário da República: o Ultimato

Um dos acontecimentos que mais contribuiu para o desgaste e descrédito da instituição monárquica foi a questão do Ultimato que, em 11 de Janeiro de 1890, faz hoje 120 anos, o governo britânico (que designava o documento por «Memorando») entregou ao governo português exigindo a retirada das forças militares existentes no território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola, a maior parte nos actuais Zimbabué e Zâmbia), a pretexto de um incidente ocorrido entre portugueses e Macololos. A zona era reclamada por Portugal, que a havia incluído no famoso Mapa Cor-de-Rosa (que vemos acima), editado pela Sociedade de Geografia de Lisboa, em 1881, reivindicando, a partir da Conferência de Berlim de 1884/5, uma faixa de território que ia de Angola a Moçambique. Vejamos o mapa em versão simplificada.


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António Serzedelo, um novo aventador

O Aventar, ou pelo menos a sua ala Esquerda, quer associar-se à promulgação do casamento gay pela Assembleia da República. Uma votação histórica, com Deputados a votarem contra o seu próprio Partido, outros a votarem a favor de outros Partidos e ainda outros, activistas da causa «gay», a votarem contra a adopção pelos «gays», ou seja, contra si próprios. Admirável!
É assim que temos o enorme prazer de anunciar o novo autor do Aventar: António Serzedelo, o presidente da Opus Gay e um dos principais rostos do movimento nos últimos anos em Portugal. Foi um dos principais obreiros da vitória de sexta-feira, mesmo que para tal não tenha precisado nunca de se vender nem de trocar os seus princípios por um generoso lugar de Deputado.
Porque o Aventar é um espaço de todas as tendências, aguardamos agora que a sua ala Direita dê os Parabéns ao novo aventador e que se faça à vida. Seria giro, depois de termos connosco o presidente da Opus Gay, contratar como aventador o presidente da Opus Dei, quem quer que ele seja. Que interessantes debates daria…
Bem-vindo a esta casa, António.

Apontamentos de Inverno (17)

(Rio Lima, Ponte de Lima)

Oferece-se ordenado

Motorista TIR precisa-se. Oferece-se ordenado, regalias compatíveis, empresa bem conceituadaO que nos tempos que correm me parece um luxo. Não é com estas extravagâncias que se combate a crise. Este tipo de comportamento leva os empresários à falência, o que no caso de uma empresa bem conceituada é uma pena. Ainda por cima também oferecem regalias, ou seja privilégios, mesmo que compatíveis. Está mal. Não podiam oferecer só o trabalho?

25.000 Euros de robalos ?

Segundo consta nos meios judiciais, o sr. Armando Vara poderá ter recebido 25.000 Euros em notas. Não será um lamentável engano? É que ainda há umas semanas, o prestimoso e eficiente gestor do BCP Millenium, garantiu ter recebido uma prenda em robalos. A questão a colocar é a seguinte: a quanto está o quilo da deliciosa especialidade? 25.000 Euros de peixinho, serão mais que suficientes para quotidianamente os cozinhar até ao fim da vida!

Ora batatas!

Esta iniciativa de andar sem calças no Metro de Lisboa, terá sido promovida para pôr as pessoas mais alegres.
Acho um erro: para isso tiravam tudo, e por todo o país. Saber-se destas coisas só faz a maior parte das pessoas ficar ainda mais revoltada: quem andam no Metro de Lisboa por a coisa se ficar pelas calças, e o resto da lusitana populaça por só acontecer na capital do império.
Que rica alegria…