Já aqui escrevi quase tudo sobre a prova.
Na altura certa coloquei algumas reservas ao domínio laranja sobre a FNE. Sim, do PSD. Porque se a FENPROF é acusada de ser um braço do PCP, creio que as práticas sindicais da FNE não deixam muitas dúvidas sob o farol que a guia.
Entre os Professores, um pouco por todo o país, crescia a indignação contra a Prova. Sentia-se, em cada escola, um conjunto de sentimentos muito semelhantes aos que apareceram no tempo da Ministra Maria de Lurdes.
Parece-me que a palavra recuar estava escrita nas estrelas porque a Maioria (que nos rouba diariamente) não está em condições de aguentar uma guerra longa com a única classe que verdadeiramente luta contra os diferentes poderes.
A UGT e a FNE, como sempre, estavam ali à mão de semear e uma reunião entre militantes na São Caetano permitiu encontrar uma saída. A prova já não é para todos – é só para alguns, para os que não têm 5 anos de serviço. Confesso que não fiquei surpreendido porque não tenho qualquer tipo de expectativas sobre as práticas sindicais da área da UGT.
Não há meias lutas, nem tão pouco meias vitórias. Na luta contra a prova só há uma vitória, que até pode chegar pela decisão de um tribunal. Com o acordo de hoje, entre os sociais democratas, até parece que o MEC sai bem na fotografia, que a FNE salva o seu governo, mas, caramba, quem se lixa são sempre os mesmos…
Agora a questão é simples: a prova era um erro ontem e é um erro hoje, seja para quem tem pouco tempo de serviço, ou para quem leva anos disto.
Logo, só nos resta continuar.
Como?
Indo a Lisboa, ao Parlamento, na próxima 5ª feira.
Nota: confesso que me apetecia escrever mais qualquer coisa, por exemplo, questionando o que estiveram a fazer nas ruas do Porto no sábado de manhã, quando à hora de almoço já se sabia que ia acontecer isto, mas…
Tens razão. Faz-me lembrar as últimas greves. Fiz greve às avaliações na manhã de terça-feira e à hora de almoço a Fenprof veio dizer que tinha chegado a acordo com o Ministério.
E acha que tinha conseguido alguma coisa sem fazer greve?
Sábio texto, só não concordo com o titulo. Só anda enganado quem quer, e eu não quero. Dia 5 estou na AR, não contra a prova ( quero lá saber da prova),mas para defender a “coisa” pública sendo neste caso a educação. Não é uma “Cretinice” a dois que me fará desmobilizar, e mais a mais no meu calendário está registado como dia a lutar e não a trabalhar.