A expressão “albergue espanhol” designa confusão, trapalhada, desorganização, mistura esquisita. Todavia esta misturada pode afinar.
Vejam: Maria João Avillez entrevista; Victor Gaspar responde; Oliveira Martins faz o posfácio; António Vitorino apresenta. Todos à uma, sonham. E a obra – o livro – nasce.
Que bonita harmonia. Que linda alvorada que se anuncia! E ainda há quem procure unidade, coisa e tal. Já há, como vêem. Só falta o maestro
Todos iguais, todos iguais!
Assim já não é albergue espanhol. É só albergue. 😉
E o Lomba faz mais um briefing e o da cultura aplaude, enquanto segura um Miró debaixo do braço para lhe dar um ar artístico e culto, porque só com aquelas lunetas não vai lá.
O ministro da educação e ciência deve ter estado presente na apresentação do livro e, no meio daquilo, veio-lhe uma ideia à cabeça. Pega no livro e escreve num qualquer espaço branco: Em nome da autonomia das escolas, sugiro que retirem tempo lectivo em algumas disciplinas e criem “disciplinas de mapeamento digital, trabalho com GPS, trabalho digital com mapas e tudo isso.”
Nuno Crato pensa, e o “e tudo isso” nasce.
É um Albergue de direita radical, qual é a novidade?
Albergue-se o burro à vontade do dono.