Ó capitalenses, importam-se de parar com a figura ridícula que fazem quando vos chove na capital e desatam a berrar que a culpa é do presidente da Câmara?
Ando a ouvir-vos com essa ladainha desde que se pode dizer mal dos presidentes da câmara, que entretanto vão elegendo, sem pararem um bocadinho para ouvir quem bem vos avisou, o Ribeiro Teles, sobre uma coisa chamada impermeabilização dos solos, praticada ao longo de décadas por patos bravos, patos mansos e as patas que os pariram.
Claro que estais condenados a enxurradas até às vésperas da eternidade, ó parolos, cada vez que a precipitação é a sério, e dessas todos temos.
Tende tino. Eu tenho-o com a autoridade pluviosa de quem vive numa aldeia onde as cheias nunca falhavam um ano, andávamos de barco pelas ruas, lá nos íamos divertindo, até que um presidente da câmara resolveu o assunto (no caso um problema de vasos comunicantes criado por um idiota qualquer), e ninguém lhe agradeceu, pior, nem repararam nisso. Se calhar temos saudades. E estava aí em 1967, essa sim, uma catástrofe com assinatura: Salazar.
A Inquisição deixou sequelas em Portugal, profundas e perenes.
é obrigatório encontrar um culpado expiatório.
Dos políticos espera-se mais ou menos o que se espera de qualquer santo milagreiro.
Se há milagre, paga-se a promessa e festeja-se o santo com romaria de votos
Se não há, cospe-se na imagem e fica sem missas até à próxima.
Em Portugal os políticos são uma espécie de santos padroeiros.
Act of God, dizem os americanos.
Isso não é p’ra gente.
Em Portugal, ou fazem milagres, ou acabam-se as missas.
“ó meu santo presidente, meu santinho milagreiro
faz lá todos os milagres se queres ganhar o teu poleiro.”
Ó amigo Cardoso, que até me caiu uma lagrimita! Morava em em pequenino na rua da Moeda e andava de barquito, ai, ai…. Tomai lá, para verdes como era: http://historiasesabores.blogspot.pt/2007/08/cheias-do-mondego.html
(mas que diabo é isso do estais e do tende, já agora?)
É a segunda pessoa do plural, näo conhece?
Pois haveria de o saber!
Sei, sei… mas aqui em Coimbra não é uso. Era só isso, não vos amofinais, nem percais mais tempo com isto.
Esqueci-me de dizer que o que mais fez pelo fim das cheias no Mondego (incluindo baixa de Coimbra), mais do que o engenheiro Moreira, foi a construção da barragem da Aguieira, a montante. Saudinha.
As cheias da Baixa tinham uma explicação simples: o Mondego alcançava a cota das saídas de esgotos que estão ao lado da ponte de S. Clara, e entrava nas ruas pelos bueiros. Não galgava as margens há muito tempo, simplesmente alguém faltou a uma aula de Física.
A barragem ajuda, mas já vi depois dela o rio chegar à cota que antes da construção do colector central de esgotos teria a mesma consequência. Nem tudo o que parece é, meu caro.
E quanto ao plural majestático e sua ironia implicíta, acho-o muito coimbrinhas…
Não sabia, caro João José, mas está bem visto. Quem sabe disto tudo são os velhos engenheiros e guarda-rios da velha Hidráulica, já todos reformados, que tanta falta agora fazem em tantas situações.
p.s. o plural majestático é ainda característico da malta da beira alta, os mais velhos pelo menos.
1º – Vai chamar parolo a quem te fez as orelhas.
2º – Se não gostam de Lisboa o que vão para lá fazer? Pq não ficais nas vossas terriolas a cooperar para o desenvolvimento do interior do País?
3º Foram algumas dúzias de anos a viver em Lisboa e nunca vi a Praça de Espanha virar um Lago.
4º Querem levar o Costa às costas a primeiro do País, assumam-se! É desnecessário andar a chamar nomes a desconhecidos.
Att.,
A gerência
Essa não é de parolo. Não perceber que o problema já não tem emenda em situações extremas de pluviosidade, a menos que se derrubassem casas, ruas e avenidas, não é de asno, apenas porque esses no mínimo encontram o caminho de casa sozinhos.
E já agora: não fui viver para Lisboa, o que profissionalmente me teria dado um jeitão, por uma razão simples: bom gosto.
Eu acho-vos uma graça…e continuas a ofender quem não conheces. Impressionante. Deixa nº de telefone e endereço que quando for a Pt faço-te um desenho e explico-te pq derrubar “casas, ruas e avenidas” nada tem a ver com o lago da praça de Espanha. Pensar que tem piada e que escreve umas coisas engraçadas, acho que não é argumento suficiente para discorrer sobre o sistema de drenagem das águas pluviais de Lisboa. Mas em Portugal tudo é possível mesmo. Desde que se tenha os amigos certos. Abc
Queres escoicenhar? pois irás fazê-lo para outro lado. Aqui o insulto leva insulto como resposta, e a conversa acaba quando as ameaças começam.
E pede-me a besta de um anónimo a identificação. Há cada animal que não lhes chega a própria estrebaria.
Vivi 30 anos na baixa de Coimbra.Um dos figurantes da foto foi meu colega na escola (S.Bartolomeu).
Caro João José ,gostaria de lhe colocar duas perguntas.
1ª Quem foi o presidente da CM responsável pelo fim das inundações ?
2ª Porque motivo ficam alguns “parolos” tão rabugentos quando
alguém duma “aldeia” lhes acende a luz para que possam distinguir uma vespa asiática dum car….. com asas !
Os meus agradecimentos .
Penso que foi o eng. Moreira quem lançou o colector central de esgotos, tal como a maior parte do saneamento básico onde ainda não chegara. Mas não tenho a certeza, e isso diz tudo.
A segunda pergunta, pois, a presunção do capitalense é directamente proporcional à sua ignorância.
(Editado por não ter correspondência com o assunto tratado)
Lamento, Adelino, o off topic que é regra desta casa ainda seria o menos. Esse link ia dar a um texto que é em si um assalto à inteligência humana, de esquerda.
Até me apeteceu responder-lhe, ontem, mas optei pelo silêncio porque quem o escreveu é meu aliado, aqui e agora (de resto já linkei o autor e o blogue várias vezes).
JJC eu sei! Só o fiz porque o link corresponde ao post estava na caixa dos comentários recentes e foi apagado.
JJC estou em lugar com rede intermitente pelo que deve considerar que o meu comentário das 15,31 foi feito sem ler o seu das 15,29.