Benfica – Sporting

À minha frente, alguém comete a ousadia de insinuar que o Artur não consegue *rececionar a bola quando esta surge perto da baliza. Na presença de testemunhas, peço ao infractor que repita a heresia. O infractor repete, sem hesitar: “O Artur não consegue *rececionar a bola”. *Rececionar? Efectivamente: *rececionar, com –ecionar igual ao –essionar de pressionar. Isto é, [ɨsjuˈnaɾ] em vez de [ɛsjuˈnaɾ]. Aproveitando a estupefacção do infractor, saco a caneta do coldre e disparo à queima-roupa sobre a folha em branco RECEPCIONAR. Não, a culpa não é do Artur. Não, não é.

“Politicamente incorrecto”? seja…

Depois de ter falhado a tentativa de pôr os ucranianos a escolher em referendo se preferiam o imperialismo americano ou o russo, as forças “ocidentais” resolveram forçá-los de modo vário. Quando patrocinaram um governo golpista com a participação de confessos nazis, sabiam (saberiam?) qual seria resposta da terra dos heróis.

Uso estas palavras sem receio de exagero. Há muitos anos, quando estive na Ucrânia vi o que qualquer observador minimamente atento veria: a(s) diversidade(s) dessa república. A oeste, com forte presença católica (sobretudo junto à fronteira polaca) e uma história que envolveu manchas de colaboração com o nazismo; a leste um verdadeiro culto aos mártires e heróis da Grande Guerra Pátria (segunda Grande Guerra). Não admira, pois a extraordinária resistência destas populações perante o avanço das hostes nazis deixou um rasto de morte ( a maior chacina num só país na II Grande Guerra) e de feitos de coragem que ainda hoje são venerados com respeito, o que é patente nos muitos monumentos e memoriais que lembram estes eventos. [Read more…]

Para reflectir…

-Sem pretender aprofundar o alegado rapto da criança britânica encontrada em Málaga, cujos pais terão sido detidos pela polícia espanhola, deixo isso para a Justiça e seguramente iremos ouvir falar do caso durante os próximos tempos, o assunto levanta algumas questões que me parecem passíveis de reflexão.

Por um lado temos a convicção religiosa que poderá ter estado na base da acção desesperada dos progenitores, envolvendo a família. Supostamente rejeitam o tratamento médico a que a criança estaria a ser submetida. O que nos poderá levar longe na discussão, se extrapolarmos da saúde para educação e não só. Será legítimo que os progenitores se submetam às decisões do Estado, que supostamente sabe o que é melhor para nós? Há algum tempo tivemos outro episódio em que pais convictamente vegetarianos, terão negligenciado os superiores interesses da criança.

Por mim, embora respeite a fé de cada um, bem como a sua Liberdade de orientação política, social ou qualquer outra, afinal defendo que o indivíduo está antes da sociedade, não podem ser colocados em causa os direitos de terceiros. E até mesmo um filho não é propriedade dos progenitores. É uma terceira pessoa. Por muito que custe aos pais, ou pelo menos a alguns, que gostariam de ver os filhos seguir as carreiras, religiões ou clubes a que pertencem, não raras fezes como forma de alcançar o sucesso onde eles próprios fracassaram, a verdade, doa a quem doer, é que todos os seres humanos nascem livres, únicos…

 

O Suicídio

suicidio-pontes-portoA sociedade aprende o quê com isto?

Adeus, Miró.

Adeus.

Política: profissão sem preparação!

Broxar vs. Brochar


Será “broxar” a versão brasileira e ortograficamente correcta de “brochar”?
Será que o Acordo Ortográfico vai unificar a semântica, para além da grafia, da língua portuguesa?
É este tipo de equívocos vocabulares que o famigerado Acordo Ortográfico vai resolver? – afinal, o que poderia correr mal se os portugueses usassem as mesmas palavras e as escrevessem da mesma maneira??

Ajuda o PIB a crescer, pá

Frequenta bordéis, snifa umas linhas, compra um submarino e o PIB aumenta.

A ver…

-Este vídeo que se tornou viral no Facebook. Gosto da mensagem. Pequenos gestos podem fazer mais pelo próximo que a sociedade, sistemas políticos, Estado ou governo. Cada ser humano é único…

Ser Jornalista é…


…um estado de alma.

Saudades do império

Augusto, o menino guineense  Exposição Colonial Portuguesa 1934

Os colonialistas sem colónias querem os brasões imperiais que rondam o mamarracho de Cottinelli Telmo viçosos e tratadinhos. Indignam-se as bestas, que querem apagar a História, valha-lhes o deus em que acreditam.

Apagar a História é esconder séculos de genocídios e escravidão que não orgulham um país civilizado, são pelo contrário a sua vergonha. É esquecer que aqueles brasões insultam quem nos visita e é natural dos países que sofreram a nossa ocupação. É também a ignorância dos que metem no mesmo pacote os Jerónimos e a Torre de Belém (uma mera fortificação defensiva), que não provocam ninguém. É fingir que a memória dos impérios europeus ainda hoje mata, através das fronteiras traçadas a regra e esquadro nas conferências coloniais.

Este revisionismo cultural mostra como a arrogância dos antigos colonizadores e a sua auto-desculpabilização permanecem. É ver como em Oslo causa protestos uma bem engendrada recriação de uma daquelas expos em que os europeus visitavam os pretinhos em suas jaulas. Saudade do pretinho Augusto, que terá deliciado os portuenses, saudade da divisão dos humanos entre supostos civilizados e selvagens a quem tratavam como animais. Os canalhas restam saudosos de si mesmos, e convinha percebermos porquê.

Sociedades Modernas

Conduzem a isto.

Trágico!

Almada em Lisboa olhando Almada

Almada © S.A.

Depois dos Meets, Ainda Mais Paródia

parodia_racismoHá gente com sentido de humor e muito tempo livre…

Uma questão de Liberdade…

-Concordo muitas vezes com a Maria João. Mas apesar de compreender o ponto de vista que defende neste artigo, não posso de forma alguma deixar passar sem tecer algumas considerações. Também eu gosto da Grã-Bretanha, seus valores e cultura, a única excepção será mesmo a família Windsor pela qual não morro de amores. O multiculturalismo e liberdade fazem parte do ADN da Grã-Bretanha, sem os quais a ilha se tornaria em algo diferente, para pior. Também não tolero o fundamentalismo, seja islâmico, católico, judeu ou qualquer outro. Mas proibir e punir crenças religiosas ou políticas de qualquer ordem, é ceder aos valores dos fanáticos que pretendemos combater. São os actos criminosos que devem ser reprimidos através de apertada legislação e não as ideias. Para que exista de facto diferença entre a civilização e a barbárie. Proibir uma muçulmana de vestir uma burka se o pretender fazer livremente, é igual à proibição num país islâmico que um católico adore a imagem da Virgem ou se ajoelhe perante Jesus Cristo crucificado. Não deveremos ceder perante o ódio e sem dar a outra face, há que continuar a defender a Liberdade de todos, até mesmo a Liberdade dos bárbaros que pretendem tirar a nossa…

Cão Suicida-se em Esposende!

o-cao-que-mordeu-o-homemUm Cão suicidou-se hoje por volta das 17,30 horas, na Rua Narciso Ferreira na cidade de Esposende.
Segundo apurámos no local o animal atirou-se da janela de um prédio (ao lado do Registo Civil) acabando por falecer pouco tempo depois.
No local compareceu a Proteção Civil da Câmara Municipal, Veterinário e a GNR de Esposende” in Notícias de Esposende.

Meet do Colombo

meet_centro_comercial_ColomboDizem que foi concorrido. A silly season começou tarde mas começou.

Olhó petardo bom e barato pa istoirar isto tudo já daqui a bocado

 

quem_quer_petardos_agosto2014

PESOAL, KEM KER PERTARDOS PA ISTOIRAR ISTO TD AMANHA? TAO SUPER BARATOS, 10 EUROS CAIXA KOM 10 PERTARDOS, APRUVEITAM AMIGOS. MANDEIM MENSAGEIM

[no Facebook do evento (ou será invento?) que começa daqui a pouco no Colombo, «o maior centro comercial da Península Ibérica» – espécie de slogan da epoca da sua inauguração]

Uma certa versão moderna de fascismo

Santana Castilho *

No meu último artigo afirmei que era uma fraude a circunstância de a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) ter imposto um determinado resultado em sede do contrato para avaliar os centros de investigação. Fiquei surpreendido por ter sido interpelado por vários leitores investigadores, certamente não pertencentes aos 50% dos centros predestinados à exclusão, ainda antes de a avaliação ter lugar. Esses leitores usaram, curiosamente, os mesmos argumentos, a saber:

– Dizendo o que disse, eu estaria a admitir que os revisores internacionais que participaram no processo aceitaram ser coniventes com uma fraude, comprometendo, assim, a sua idoneidade científica.

– A obrigatoriedade contratual de 10% dos centros serem classificados como «outstanding», 15% «excellent», 20% «very good», 35% «good» e 20% «uncompetitive» era uma simples distribuição estatística determinada pela escassez de recursos.
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O Pijaminha Tipo Judeu da Zara

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A falta que fazia a alguma gente ter estudado História na escolinha…
(ou então, não!)
ps: o pijaminha já não está à venda. Esgotou rápido.

Enquanto a Europa definha, os dividendos aumentam

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© Jacques Demarthon

Uma parte importante dos recursos públicos destinados aos cuidados em saúde, à educação, à criação e fruição cultural, enfim, ao desenvolvimento numa perspectiva larga e de longo termo, foram já subtraídos aos orçamentos dos Estados como consequência de decisões políticas que privilegiam outras prioridades – mesmo se anunciadas em nome de pacotes reformistas ou do «rigor orçamental». É certo que as Constituições ainda asseguram, mesmo se nessa letra pequena de lei que a actual classe de governantes tem relutância em ler, os princípios democráticos que servem uma ideia de sociedade em que a desigualdade extrema não cabe – mas também que as leis fundamentais perderam relevância no quadro das actuais políticas dos Governos, ligados entre si pelos contextos obscuros de uma economia global cujos primeiros grandes embates justamente sofremos por estes dias.

A desigualdade atinge em 2014 níveis jamais sonhados pelas gerações nascidas na Europa e na América depois das guerras do século XX. Por todas estas razões, é sempre bom ir tendo notícias do paradeiro da riqueza que ainda ontem servia a vida de muitos mais, designadamente sob a forma de direitos adquiridos por contrato social, mais do que hoje empenhado na qualidade da vida e na mobilidade social dos cidadãos. Em França, um índice recentemente publicado por uma empresa de gestão de activos chamada Henderson Global Investors (HGI) acaba de revelar o aumento exponencial dos dividendos pagos pelas grandes empresas aos seus accionistas. Incidindo no segundo trimestre do ano, o referido índice dos melhores retornos mundiais em dividendos emergiu no espaço mediático francês no exacto momento em que as ajudas públicas às empresas privadas (em nome da retoma económica e da criação de emprego) atingiram um patamar de investimento jamais conhecido.

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Liga de Clubes: Quem é Rui Alves?

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Depois da vergonhosa actuação do actual presidente da Liga de Clubes e dos seus acólitos nas últimas eleições, num acto de batotice que nem os cachopos num jogo de futebol de rua, a legalidade foi reposta e ficam a sufrágio as duas listas, uma liderada pelo Fernando Seara, um homem da política e a lista de Rui Alves, um homem do futebol.

 

Entendeu Fernando Seara desistir e não ir a jogo. Por isso mesmo, Rui Alves vai ser, mais tarde ou mais cedo, o presidente da Liga de Clubes. Aqui chegados, ficam duas perguntas: quem tem medo de Rui Alves e quem é Rui Alves?

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A jactância dos avelhados

Todos temos o nosso lado falhado, o meu é o desenho, onde quando metemos o bedelho sai asneira. O do Vítor Cunha é o ensino. Olhou para um manual escolar do 2º ano, e proclamou à pátria:

Sabemos que a educação é um mero pormenor eleitoral quando, e além da jactância dos avelhados que se auto-promovem à gineta, produzimos produtos destes, cujos requisitos são Microsoft Windows Vista ou superior e leitor de CD-Rom e apresentam na capa um iPad e o texto “consulta e explora o manual que levas para a escola no teu computador ou tablet”.

Nem todos sabem que uma aplicação se instala normalmente online  (a do Mundo da Carochinha até está nos saldos, -8%). Ah, e que este ano a moda das duas editoras, a que o mercado nos reduziu e condenou, é precisamente a aplicação para tablet, o  manual digital melhorado, o cd começa a ser trocado por pen, há progressos.

No vídeo abaixo a Leya publicita o produto. Suponho que aqui se aplica o clássico RTFM. [Read more…]

E se a OMS proibisse o traque?

Entende a OMS quanto aos cigarros electrónicos que o seu consumo em espaços públicos fechados deve ser proibido “a menos que seja provado que esse vapor exalado não é perigoso para quem está mais próximo”.

A OMS sabe que tal vapor, além de água, contêm nicotina. Também sabe que a nicotina não é cancerígena, e que ao contrário do cigarro de tabaco a quantidade consumida é mínima, e mínima das mínimas a parte que pode ficar num espaço fechado onde caibam várias pessoas, sendo impossível afectar o sistema cardíaco do próximo, esse sim, o preço pago por quem o consome.

Mas a OMS tem duas certezas: a pressão da indústria tabaqueira e a obsessão compulsiva contra tudo o que possa dar prazer, esse vício tenebroso.

Aguardo que proíba a flatulência, em espaços abertos ou fechados. Pelo seu impacto ambiental, azoto e metano já para não falar do risco de incêndio, até que me provem o contrário, também devem fazer mal à saúde de quem inadvertidamente os inala. E o cheiro é geralmente desagradável.

The_Papal_Belvedere

 

Os Putos

Pobre, até prova em contrário, é gatuno.

Urinóis: públicos ou privados?

Costumo ir a banhos para sul, mais especificamente para o Algarve. E para além de outros rituais sempre que lá estou, gosto de ir a Vilamoura à noite dar um passeio na marina e comer um gelado. Assim fiz. Como o jantar em casa foi mais regado, e estou a tomar diuréticos, lá tive que ir ao WC da marina, que é privado. Cobram 30 cêntimos para ir à mijinha da ordem.
Mas o que me admirou não foi isso. É que na semana anterior tinha ido a Campanhã buscar um amigo, e ele, apertado como vinha, foi ao WC da estação. Além de estarem um pouco sujos, cobram 50 cêntimos pela dita mijinha.
Claro que há-de haver uma explicação para esta diferença, mas que é estranho, é.

Solidariedade

muculmana protege judia

Muçulmana protege judia com o seu véu, escondendo a estrela amarela. Autor desconhecido, Saravejo, 1941

Água fria

balde solidario

França: Hollande manda despedir o executivo governamental

depois de duras críticas do ministro da Economia, apoiado pelo também já despedido ministro da Educação. Rajoy e Merkel apoiam a dita «política reformista» e de «rigor orçamental» que o amiguinho de Hollande Manuel Valls pretende prosseguir.

Os hippies da sharia

Carlos Roque

Khadijah_Dare_Abu_Bakr

Ela tem 22 anos, adoptou o nome de Khadijah Dare e é de Lewisham, Londres. Ele acolheu o nome de Abu Bakr e é sueco. São casados, ambos combatem pelo ISIS e vivem com o filho pequeno em Raqqa, a capital do Califado.
O sonho dela é ser a primeira mulher a decapitar um “terrorista” dos EUA ou Reino Unido (como o James Foley, segundo afirma no Twitter).
Convertida durante a adolescência, vive aquilo que chamamos de radicalismo islâmico, que não é, nem mais nem menos, que viver em rigor sob os ditames da Sharia, a Lei Islâmica, mantendo aceso o fogo sagrado da Jihad de a impor a cada ser humano do planeta. E apenas isso.
Para muitos um bicho-de-sete-cabeças, que evoca açoites e chicotadas, apedrejamentos, amputações e execuções, a Sharia, baseada em tradições muito anteriores ao Islão, é, na verdade, uma resposta pragmática, simples e eficaz a muitos males que assolam a sociedade ocidental.
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