A conspiração de José Gomes Ferreira

Será Ricardo Salgado o homem por trás do Vasco?

Merda que Brilha no Escuro


É na Casa dos Segredos, claro…

Gémeos

Passos Salazar

A defesa de Passos Coelho é um clássico nacional: tal como Salazar não enriqueceu. Faz sentido: ambos têm igualmente em comum terem ajudado a enriquecer uns poucos à custa de tantos.

Critérios

Vi tudo. A bem dizer, vi várias vezes. Sempre que liguei para o telejornal. A história é emocionante e fundamental para a felicidade pública. É, também, a prova de que os que dizem que as televisões estão entregues aos bichos não têm razão; são uns exagerados.

Ora vejam: Fernando Santos dirige-se à sede da Federação Portuguesa de Futebol – e a câmara está lá! Filma as mãos e o rosto desta importante personagem. O engenheiro conduz o carro e as imagens testemunham esse facto. Somos informados de que a viagem demorou cerca de cinco minutos. Cinco minutos! É fundamental, como diria o Vasco Santana. Chegado o ilustre viajante, o que faz? Bebe uma bica! E a câmara bebe-a com ele. Cada golinho, em grande plano, ligeiramente contre-plongée. Somos esclarecidos, entusiasticamente, que o novo seleccionador aproveitou esse momento para ver algumas notícias na televisão.

Mas não era tudo. Não. Seguidamente, o importante novo protagonista da bola nacional foi – nada menos, oh, concidadãos – provar um fato novo e ajustar as medidas do dito. O fato oficial! Aproveitou o telejornal para mostrar que também alguns secundários desta história tiveram fato novo – e tudo isto as câmaras e a voz comovida do relator acompanharam! – mostrando que a FPF é uma mãos largas. Fiquei feliz por tão bem informado. E por constatar, mais uma vez, que a nossa comunicação social – neste caso a televisiva – continua a ter a plena noção do que é realmente importante.

Hoje é dia de barrela

Passos recebeu mas eram despesas de representação e cartões de crédito. Não tinham de ir para o IRS. Não estava em exclusividade, estava em exclusividadezinha.

Portugal Surreal – Passos, Tecnoforma e trafulhice

Quem se sente surpreendido com o recente chafurdar na lama de Pedro Passos Coelho só pode estar a dormir há coisa de 3 anos. Quanto à honestidade do indivíduo já há muito que estávamos esclarecidos e sobre esse lodo chamado Tecnoforma só não viu até agora quem não quis. O que se compreende dada a apelativa oferta de lixo televisivo que vai prendendo tantas mentes neste país. Um tuga tem que ter as suas prioridades, se há cus, parolada e vacaria com força na TV, o país e o futuro podem sempre esperar.

Têm sido dias interessantes no desmascarar desse discípulo de uma longa linhagem de Cavacos e Sócrates. Que o Pedro abria muitas portas já todos sabíamos (leiam a entrevista do Fernando Madeira à Sábado, é reveladora). Que se relacionava com malta suspeita também. Que montou um esquema na blogosfera para destruir Sócrates e chegar ao poder o Fernando Moreira de Sá fez o favor do nos contar. Que deu à luz milhares de boys, mais até que a sua alma gémea Sócrates também não é novidade. O que aparentemente ninguém sabia, tirando aqueles que sabiam, é que este profissional do embuste poderá ter andado a receber umas coroas por fora enquanto deputado em regime de exclusividade. E quem lhe terá fornecido esses trocos? A Tecnoforma pois claro!

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António, recebi a tua carta.

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Fui encontrá-la no chão da entrada, onde aterram até que alguém os apanhe os envelopes que o carteiro enfia por debaixo da porta da rua. Havia outra, imaginas de quem, não é? Lá dentro estava um texto em Português acordizado, razão bastante, caso não houvesse outras, para não passar das primeiras linhas. Não aguento ver assim tratada a única pátria que conheço, compreendes?

No verso do teu envelope, lá estava aquela frase a afirmar na sua importância maiúscula que «PORTUGAL PRECISA DE SI.» Quando, depois das viagens formadoras da juventude, voltei para Portugal, fi-lo a achar isso mesmo: que Portugal, onde estava tudo por fazer, precisava de mim, mesmo se na justa medida em que também eu precisava de Portugal, pelas razões de superlativo mistério que fizeram com que uma imigrante (ou estrangeirada, chama-lhe o que quiseres António) se ligasse a este lugar mental ainda tão novinha, e desafiando as mais avisadas advertências que me exortavam a abraçar outra pátria.

Volto à tua carta: abri-a, lá te descobri na imagem de cabeçalho junto a uma réplica dessa frase: «PORTUGAL PRECISA DE SI». Pronto, afinal sempre era verdade. [Read more…]