Foto: Fernando Veludo@Público
Houve um tempo em que Marco António Costa (MAC) era o nº 2 de Luís Filipe Menezes na CM de Gaia, um tempo em que a gestão camarária do PSD enterrou a autarquia em dívidas, quais socialistas a gastar acima das suas possibilidades. Desse tempo ficam as memórias de esquemas mil, e um nome salta à vista: Webrand, a empresa de comunicação no epicentro daquela a que a revista Visão chamou “A Face Oculta do PSD“, e que envolve não apenas Menezes e MAC mas também a referida empresa, o suspeito secretário de Estado Agostinho Branquinho, a NTM e a Gaianima.
Até que um dia, Menezes caiu em desgraça. Por essa altura, já MAC havia abandonado o navio e dedicava-se então a aconselhar Passos Coelho: “ou há eleições no país ou há eleições no PSD” terá dito ao então líder do PSD, algo que MAC classifica como “uma lenda urbana“, como se alguém quisesse criar lendas urbanas sobre esta versão genérica de Frank Underwood de terceira divisão. Atrelado ao chefe, MAC ainda chegou a integrar o governo como secretário de Estado mas rapidamente lhe foi dada a condução dos destinos do partido, onde se dedica agora a emitir propaganda laranja. Foi nessa qualidade que, por lapso ou por estratégia que me ultrapassa, MAC alvejou o chefe Passos e o próprio pé.
Ao tentar disparar chumbo grosso sobre um dos alvos preferidos dos sociais-democratas, MAC acusou o Conselho Geral Independente da RTP por este aceitar que o novo presidente auferisse um salário que ronda os 10 mil euros. Acontece que ao CGI da RTP compete apenas nomear os elementos do conselho de administração e emitir pareceres sobre os seus vencimentos, ficando a decisão sobre a política salarial dos seus elementos a cargo do Ministério das Finanças, que segundo o Expresso contou também com a aprovação do ministro adjunto Poiares Maduro. António Feijó, presidente do CGI da RTP, aconselhou MAC a queixar-se ao Governo. Antes que acerte em mais alguém.
Realmente se não se tratasse do dinheiro do contribuinte isto era hilariante.
Estes casos de má gestão acabariam com a privatização.
Como se costuma dizer:
Querem que os interesses da RTP sejam salvaguardados? Arranjem-lhe um dono.
Rui SIlva
O BES tinha um dono e foi o que se viu. O BPN tinha um dono e foi o que se viu. Milagres neoliberais? Bullshit.
Caro João Mendes,
É exatamente isso:
..foram á falência…
Algo que neste quadro nunca acontecerá com a RTP, e á custa do contribuinte, mas você gosta que o seu dinheiro seja mal gasto , não se queixe de impostos muito altos…
cumps
Rui Silva
Eu não gosto que o meu dinheiro seja mal gasto, muito menos para alimentar clientelas. E defendo que alguns serviços podem e dever ser privatizados. A TAP é um dos exemplos, não percebo a necessidade imperiosa do Estado ter uma companhia aérea. Agora privatizar serviços como os CTT, que davam lucro ao país não faz sentido. Quanto à RTP, remodele-se o serviço, acabe-se com os ordenados milionários de Catarinas Furtados e afins, acabe-se com os programas da treta e foque-se os recursos na informação e no serviço público. Simples.
Caro João Mendes,
É simples se a empresa for privatizada. Neste quadro como vê, não é só difícil como diria eu impossível. É um facto, não é uma opinião.
cps
Rui Silva
Ser impossível não é facto nenhum. É a conjuntura actual. Se existir vontade política para reformar a empresa, mudança algum é impossível.
Tu saíste mesmo das cuecas de hitler ou salazar, és mesmo besta. Tenho pena de ti.
Também pode acrescentar aquela coisa a que chamam olival que custou horrores de dinheiro publico, para ser utilizado de “borla” por um clube profissional de futebol, vulgo futebol corrupto do porto,,…
E o 5lb sem luz, já pagou o campo de treinos e as dívidas à câmara?
E aos quartos da Champions com árbitros e jogos a sério, já chegou?
Pelo menos no Olival treinam-se jogadores que são vendidos/exportados e geram valor para uma empresa nacional que, tanto quanto sei, ainda não mudou a sede social para a Holanda. Se formos por clubismos, o Benfica também tem gozado de boas isenções na capital. Quanto a corrupções, não existem inocentes no futebol profissional.