Não vejo qual é o escândalo. A artista explica a obra (ups!, lá se vai a mística), encarregado-se da vertente plástica (em vez de esferovite).
“A minha obra é feita em plástico e não em esferovite como a outra.”
“Não é uma coisa pendurada entre duas palmeiras”
“A minha obra acende-se à noite e é fluorescente.”
É “em PVC com um sistema de iluminação de cor verde, para poder dar aquela ideia da fluorescência”.
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Joana Vasconcelos é paga para fazer as delícias do Poder, seja o político, o religioso ou o financeiro, tal como noutros tempos, outros artistas terão feito o mesmo, mas com muito mais qualidade e engenho. A culpa não é dela, de facto.
No tempo de Leonardo Da Vinci e de Miguel Ângelo, não tínhamos o polivinill, vulgo PVC. Nem a esferovite, ou o acrílico. Nem outros produtos betuminosos.
Nessa época trabalhavam-se os metais, e os utilizados eram normalmente o cobre, bronze, a prata, e muito menos, o ouro. Trabalhava-se a pedra mármore, o granito menos, e a Madeira de talha. Enfim, “tudo muito mais próximo da natureza criada por Deus”, e muito menos da tecnologia criada pelo homem.
Na altura, o comum nos terços, nos rosários, nas salvas, nos cálices, etc, seria a prata, ou a prata banhada a ouro. Hoje é o plástico, ou baquelite, que será uma coisa similar.
Antes tínhamos as jóias, hoje temos o pechisbeque.
A Joana Vasconcelos é um produto com influências da escola Chinesa do século XXI, vinda pela mão da globalização, em que o importante é fazer barato, por metade do preço no mínimo, e de preferência a imitar o bom, mesmo que de gosto duvidoso.
Uma espécie de carteira Chanel ou Burberry, feita na fábrica chinesa das imitações.
Habituemo-nos a estas coisas sem dramas.
Afinal, ainda iremos comprar um dia destes móveis ao IKEA, desenhados por ela.
Quem sabe, uma sanita para gordos, para aqueles rabos muito grandes como o dela, que já não cabem naquele aro em PVC com medidas normais.
Eu compro um, sem pestanejar!