O machista sociopata e a galdéria de Schrödinger

O argumento dos machistas sociopatas que defendem o rapaz no caso da agressão sexual no autocarro é interessante. Vejamos:
– Por um lado, a rapariga é devassa e estava a pedi-las, pois alegadamente terá passado a noite em festa, bêbeda e drogada.
– Por outro lado, apesar de estar alegadamente bêbeda e drogada, aquilo não é agressão sexual, pois ela consentiu tudo.

O machista sociopata encontra, assim, a galdéria de Schrödinger, quando a rapariga está totalmente grogue e, simultâneamente, está consciente e permite o acto.
Estamos no século XXI e ainda há pessoas que defendem que é legítimo praticar actos sexuais com pessoas inconscientes.
Parem um momento para pensar nisto.

Uma Página Numa Rede Social

Comments

  1. joão lopes says:

    Com o alto patrocinio do CM.Alias,qualquer dia,e em nome do “é isto que o povo quer”,ainda se lembram de fazer um parque tematico com temas tão interessantes como violações,tiroteio,droguices varias e multiplas,roubos e mais roubos,cenas de perseguição…e já me esquecia:bicho bom é bicho morto,no prato,com natas que é para a coisa escorregar melhor(tás o ouvir,ó caramelo Melo?).

  2. Ana A. says:

    “…é legítimo praticar actos sexuais com pessoas inconscientes.”
    Longe de mim, tentar desculpar os energúmenos abusadores de mulheres bêbadas! Mas vejamos: ela está num estado alterado de consciência e portanto debilitada e com a crítica na sola dos pés! E ele?! Está consciente, em pleno uso das suas faculdades e com o seu sentido crítico normal?! Eu sei que é “foleiro” o que eu vou dizer, mas “quem vai à guerra dá e leva!” É que se calhar os machos não se queixarão, mas quantos não terão sido também abusados por mulheres bêbadas?! Pensem nisso…

    • José Peralta says:

      Ana

      Felizmente, repito, FELIZMENTE, presumo que a Ana nunca terá passado por uma situação semelhante !

      Porque senão, não teria tanta “complacência” contra canalhas violadores !

      E, em vez de considerações como “ela está num estado alterado de consciência e portanto debilitada e com a crítica na sola dos pés!” talvez lhe fosse “mais assizado” pôr-se na pele da ofendida” e perguntar-se : – “Consciente ou inconsciente…e se fosse comigo” ?

      • Ana A. says:

        Eu sempre estarei ao lado das vítimas, independentemente do seu género!
        Agora, gostava que me respondessem: porque é que se exige responsabilidade e sensatez, ao agressor, nestes casos, presumindo, que estará tão alcoolizado ou mais que a vítima?! Ou seja: atenção “cavalheiros”! podem beber, mas não em demasia, porque as “damas” são mais fraquitas e não aguentam bem a bebida e há que saber que, todos os bêbados são iguais, mas há uns mais “desiguais” que outros!
        Se eu fosse juiz e tivesse que decidir, tinha que saber em que situação de alcoolemia estavam a vítima e o agressor, pois em situação idêntica, ou são os dois inocentes ou os dois culpados!
        E respondendo à pergunta “…e se fosse comigo?” – respondo: Maldito álcool/droga que me tira o discernimento!

        • José Peralta says:

          Um agressor, é sempre um agressor, independentemente de estar bêbado ou drogado !

          E repito este meu comentário : Há uns anos, (já depois do 25 de Abril) uma notícia de Jornal que, dada a revolta que me provocou nunca mais esqueci, revelava que um juiz de uma comarca da Região de Lisboa, tinha absolvido dois canalhas, violadores de uma jovem turista porque : – “Da maneira como a senhora se veste, estava mesmo a pedi-las, ao invadir a coutada do macho lusitano” !

          Desta “vez”, a pergunta é : – “a senhora estava bêbada ou drogada ? ” Da “outra” foi : – “da maneira como a senhora se veste”…

          É claro que são dois “argumentos fortíssimos” para “legitimar” violações…porque “a coutada do macho lusitano”, deve ser “respeitada”…

          • teste says:

            então ainda não chegou aqui a informação que é visivel no video que não só a mulher não está inconsciente como agarra o pescoço do homem e a beijá-lo enquanto ele a masturba?
            e que a dada altura diz “já chega” e afasta-o, coisa que ele aceita sem reclamação de qq tipo?
            em quie medida é que continuam a chamar isto de violação ou agressão sexual?
            agressão é a publicação do video, sem qq duvida, mas entre aquelas duas pessoas não houve qq tipo de agressão sexual.

          • manuel.m says:

            Nâo foi um Juíz de Comarca :Foi um acordão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a violação de duas jovens Britanicas no Algarve. (para eterna vergonha dos doutos Conselheiros)

          • José Peralta says:

            manuel.m

            Obrigado pela informação, que completa o que eu escrevi ! É positivo e reconfortante que haja alguém, além de mim, que se lembre dessa indignidade e ignomínia “judiciária” !

            No entanto, parece-me que o caso que relato, e lido num jornal, foi passado em Cascais tendo como “protagonista” um juiz, e não no Algarve !

            Mas não me admiro se em vez de um, sejam dois os casos…e possivelmente mais !

  3. não sei comentar a questão. fiz e faço questão de não ver o vídeo.

  4. José Peralta says:

    “O argumento dos machistas sociopatas que defendem o rapaz no caso da agressão sexual no autocarro é interessante. Vejamos:
    – Por um lado, a rapariga é devassa e estava a pedi-las”(…)

    Há uns anos, (já depois do 25 de Abril) uma notícia de Jornal que, dada a revolta que me provocou nunca mais esqueci, revelava que um juiz de uma comarca da Região de Lisboa, tinha absolvido dois canalhas, violadores de uma jovem turista porque : – “Da maneira como a senhora se veste, estava mesmo a pedi-las, ao invadir a coutada do macho lusitano” !

    Assim, permito-me presumir que, tal como o sr. juiz, os sociopatas do Porto, não têm mãe, filhas ou irmãs a quem possa acontecer “o mesmo”…

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