Miguel Teixeira
Este estudo, que compreende unicamente os 12 primeiros grupos de recrutamento de professores , sobre a graduação e antiguidade dos docentes concorrentes ao recente concurso de mobilidade interna, é revelador do grau de injustiça que marcou o referido concurso, verificando-se que há colegas com 34 anos de serviço (que só puderam concorrer em 3a prioridade) que foram ultrapassados por outros…com apenas 3 a 5 anos de serviço profissional (que puderam concorrer em 2a prioridade). A consequência lógica para muitos docentes com mais de duas dezenas de anos de serviço e em alguns casos com mais de 30 anos de serviço (alguns já avós com 55 e 60 anos de idade), que normalmente ficavam colocados próximo da sua residência, foi ficarem colocados em escolas a centenas de quilómetros de casa.
Isto não me parece minimamente aceitável. Tenho para mim que em todos os concursos de professores, os chamados “horários zero” deveriam concorrer na primeira prioridade e, a partir daí, o critério fundamental para colocação, ser unicamente a graduação e antiguidade do professor. Só a introdução dessa norma, que aliás é defendida há muitos anos pelos sindicatos, introduziria justiça no Concurso de Professores. A tutela continuar a “assobiar para o lado” relativamente a esta questão que interfere de forma negativa na vida de milhares de docentes, é algo para mim, manifestamente incompreensível.
Não conheço as regras, mas desde sempre estes concursos têm algo de incompreensível: o que num ano é solução nunca permanece?
Ou não era solução ou não há coragem de a manter.
Todos os anos a mesma instabilidade. A novidade é que este ano, está a afetar milhares de professores com elevada graduação e antiguidade , que são ultrapassados pela direita e pela esquerda por outros colegas que chegaram à profissão há poucos anos, atirando-os para escolas a centenas de quilómetros da sua residência. Eis um exemplo de como “a velhice (nem sempre) é um posto.