O Jornal Económico pegou num artigo do Financial Times com um ano (de Setembro de 2016), traduziu-o, publicou o seu próprio resumo, partilhou-o no Facebook e depois apagou-o.
«“Portugal está no centro de uma tempestade perfeita”, realça o Financial Times» (Google cache), assim titulou Leonor Mateus Ferreira a peça em causa. Nela se encontra o descrédito que os sábios estrangeiros sentenciam sobre Portugal e que os indígenas, ignorantes e manipulados por uma comunicação social comprada, não reconhecem. É o que se poderia pensar sobre o assunto, não estivéssemos nós perante uma variante de fake news.
Foi precipitação de quem não reparou na data, tal era o entusiasmo com a oportunidade de citar um cronista estrangeiro qualquer? Não sabemos, o jornal optou por apagar silenciosamente o artigo, sem se dignar a dar uma palavra aos leitores. Como se o que vai para a net alguma vez desaparecesse. Pega-se num artigo de opinião, dá-se-lhe um título assassino, eleva-se-o ao estatuto de ser um jornal a dizê-lo, estrangeiro, ainda para mais, e assim temos spin nacional para encher caixas de ressonância (teve 1.6 mil partilhas no Facebook).
Seguem-se as capturas de ecrã para documentar que, de facto, existe uma imprensa comprometida, sim, mas com um certo modelo de sociedade, conducente a uma brutal assimetria social, e que se tem procurado implantar um pouco por todo o lado, Portugal incluído.
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