Há dias, o Jornal Económico (JE) publicou uma “notícia” baseada numa crónica de opinião saída há um ano no Financial Times. O artigo foi partilhado no Facebook pelo JE e, posteriormente, apagado do jornal quando os leitores apontaram que este estava a criar um facto, em vez de noticiar um facto.
A história está detalhada em post anterior, escrito no dia 8 de Setembro de 2017. Nessa altura, acendendo ao artigo pela Google Cache, podia constatar-se que o artigo do JE tinha 1600 partilhas no Facebook. Hoje, passados 4 dias, o artigo já tem 2500 partilhas no Facebook. Portanto, mesmo com a “notícia” original apagada no jornal online, o artigo continua a viver no Facebook, onde está a ser partilhado.
Muitos utilizadores que partilham um post do Facebook não vão ler a notícia original, assim podemos concluir, pois ela foi apagada – nada que já não soubéssemos, mas agora há prova disso. Constata-se, ainda, que bastam títulos que captem a atenção, sem precisarem de reflectirem o conteúdo da notícia, para gerar partilhas no Facebook. Trata-se de uma variante de “fake news”, pois o leitor é tão enganado neste caso quanto numa notícia falsa. O reconhecimento deste comportamento, aliado ao fenómeno do “clickbait“, poderá explicar muito sobre as escolhas feitas pela comunicação social quanto aos títulos das suas peças e sobre o seu papel de gerador de factos, em vez de apenas os noticiar.
Perante esta fuga ao papel de órgão informativo, porque há-de o leitor consumir os conteúdos jornalísticos, em vez se limitar aos textinhos do Faceboook ou de um blog? Depois queixem-se por o jornalismo estar em crise.
Nota: Para aceder à cache do artigo apagado pelo JE, pesquisar no Google “Portugal está no centro de uma tempestade perfeita”, realça o Financial Times e depois clicar na setinha no texto verde, tal como mostrado na imagem seguinte.
As fake news só compensam para um grupo maior ou menor de néscios, que por sua vez, alimentam os produtores de “noticias falsas”. Personalidades que estão predispostas a consumir todo o tipo de mentiras, boatos, insultos, e até a mais descabida idiotice. Eu diria que, mais por má fé, por preconceito, do que por simples ignorância.
Por exemplo, quando leio alguns comentários no blogue “direita política”, ou no “amigos não deixam amigos votar António Costa”, e mesmo no, “Grupo de apoio ao Juiz Carlos Alexandre”, cujo chorrilho de asneiras ali debitadas, não passam de manipulação grosseira de notícias, invenções de factos nunca ocorridos, sem sequer dar o beneficio da dúvida ao leitor, transformando qualquer esgoto a céu aberto num sítio mais salubre, isto por comparação, eu pergunto-me, se não há gente que gosta de viver na merda?
Há, com toda a certeza. O cheiro nauseabundo diverte-os.
Eu sei que os jornais não deviam ser blogues. Mas hoje não passam disso mesmo, ainda que de forma mais disfarçada. E é por isso, que jornais de referência como o EXPRESSO começam a vacilar. O próprio grupo COFINA, proprietário do Correio da Manhã, teve no ano de 2016 uma quebra de 60% nos lucros. Até já o Octávio Ribeiro vem pedir um plano de emergência, para ajudar a Comunicação Social.
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-09-06-Cofina-junta-redacoes-para-reforcar-sinergias
http://www.cmjornal.pt/multimedia/videos/detalhe/octavio-ribeiro-defende-plano-de-emergencia-para-a-comunicacao-social
Ora, isto só não dá para rir, porque muita daquela gente que ali trabalha e contribui com o seu esforço para a sobrevivência daqueles pasquins, ou panfletos disfarçados de jornais, fá-lo para sobreviver. Uma espécie de prostituição intelectual, para poderem ter sustento para as suas famílias.
A comunicação social hoje está falida?
Não se tivessem posto a jeito!
mas puseram-se.se o octavio ribeiro quer á força,o psd no governo que escreva tambem que o cm não passa de um orgão de propaganda tal como o avante.se o jornal a Bola quer á força que o benfica seja campeão ,então que ajude o clube a pagar a enorme divida que tem para com os bancos…eu é que não posso,como contribuinte andar a sustentar os bancos e o futebol,tudo ao mesmo tempo…porque depois não sobra dinheiro para comprar jornais.
Bem, já andámos a pagar as dívidas do presidente, é só mais um poucochinho.
Jornais, nos dias de hoje?! Como é possível conseguir ler muitas coisas escritas em má língua portuguesa, muitas vezes sem significado porque não se consegue perceber “a mensagem”?
Já quanto à independência do alegado 4.º poder, como é possível acreditar nisso quando os grupos económicos proprietários dos jornais têm ligações interesseiras aos políticos e vivem da publicidade das entidades públicas geridas por políticos?
Já não leio, no sentido verdadeiro do termo, jornais há mais de 20 anos.
Antes, lia um diário e um semanário ou dois.
Nos dias de hoje verifico que alguns ditos blogs são panfletos de propaganda carregados de ideologia manhosa.
Outros são antros de mexericos. Sabe-se qual a função do mexerico numa sociedade e qual o seu efeito no exercício dos poderes (inhos).
eis uma boa noticia(e verdadeira) sobre fake music:MP deduz acusação contra tony carreira por plagio de musica.agora,quero ver a cmtv ou a tvi cor de rosa a fazer propaganda a um ladrãozeco,e o povo pimba a querer ser mesmo enganado ,porque gostam de ser enganados,com muitos gritinhos á mistura(ou seja,histericas)Nota: e parabens à CNM ,porque há muito se sabe da “arte” de rapinanço do tony…
o antónio de almeida partilhou essa bodega até lhe doerem os dedos.