It’s always nice to have a friend in the audience.
— Noam ChomskyIl s’agit de ceci, d’un incident un peu gros, entre autres de ce qui peut se passer tout le temps dans ce qu’on appelle les sociétés analytiques. Pourquoi ceci se passe-t-il ?
— Jacques LacanIf you open your mouth, make a glottal stop, and flick a finger against your neck just to the side and below the jaw, you will hear a note, just as you would if you tapped on a bottle. If you tilt your head slightly backward so that the skin of the neck is stretched while you tap, you may be able to hear this sound somewhat better.
— Ladefoged & Johnson
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Há muito tempo, no Diário da República de 24 de Março de 2015, apareceu-nos este
Quase três anos depois, verificamos que
nada mudou.
Está tudo exactamente na mesma, de forma sistemática, desde Janeiro de 2012.
Aliás, é perfeitamente natural que a situação assim se vá mantendo, tendo em conta a coesão necessária em textos de cariz técnico. Efectivamente, “certificar os fatos e atos” é ocorrência frequente, aliás, abundante, desde Janeiro de 2012, como ilustram os seguintes exemplos:
Desde Janeiro de 2012? Curioso. Será do Guaraná?
Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.
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Do Guaraná talvez não seja, mas pode perfeitamente ser da câmara municipal de Serpa. Aqui, esperar-se-ia, quando muito, que desatassem a escrever em alentejano. É um dialecto local e lindo. Mas não, pelo contrário, desataram a escrever em crioulo brasileiro. Tanto assim é que, mais papistas que o Papa, até essa coisa chamada “Acordo Ortográfico” ultrapassaram e, agora, é “fato práqui fato práli” – como se fora um inventário de um qualquer armazém de roupa.
Na verdade, como fato, para além de vestimenta, também é um rebanho de cabras, a coisa adequa-se: sempre é uma referência e promoção ao queijo do leite do dito animal.
Contudo, infelizmente, como se vê, não estão só nesta alegada “modernidade”, ignorante das raízes da nossa língua e servil, por estarem ao serviço de interesses que nos são estranhos.
Rymas Elegyacas em Omenagem ao Achordo Ortographico (parte…mais uma!)
Lá no tribunal de Serpa,
Quando há fatos não provados,
Deve a seção respetiva,
Manctê-los bem arquivados.
Rymes Elégyacques en Ommagge á l’Accord Ortographicque:
[avec dévouement à monsieur Châteulier]
(part un):
Pourquoi ceci se passe-t-il?
J’ai ecouté ça a ma mére.
Pourquoi est-ce qu’il nous a mis
À ecriver à Lagardére?
Falta um “a”: é Châteaulier.