Lindo, lindo, lindo! Grandiosa a força cívica de sair à rua em solidariedade, em prol de direitos. Em Espanha, mais de 5,3 milhões, mais de 120 manifestações. Que, para além de lindo, tenha o efeito profundo que almejamos, companheiras e companheiros! Foto e notícia TSF
Lilith a primeira que fugiu para junto da tribo dos que apenas são filhos do homem, por não mais querer aturar o que o dono do local, um tal de Deus, e um marido que este lhe arranjou, de seu nome Adam, queriam para ela, ficaria muito satisfeita com esta atitude das mulheres.
Ela mais não pretendia que, ali onde estava e como companheira do homem, fosse tratada como igual.
Como se revoltou, a sua vida foi denegrida, inventaram e quiseram que fosse tomada como uma feiticeira que, pela noite adentro, andaria deambulando, como se fora uma alma penada.
Em Node, para onde fugira, viveu, concebeu e deixou descendência, mas só da sua filha, que Eva se chamou, e dos seus netos acharam por bem falar, para assim não darem a conhecer a história daquela que primeiro se revoltou e melhor poderem subjugar, para todo o sempre, a mulher.
O tempo passou, Enoch pelos céus viajou e pelos lados de Nazaré o espírito de Lilith em Maria, do sítio de Magdala, tornou, mas agora um companheiro à altura arranjou e outras razões e força a sua luta tomou.
Mas, de novo vieram aqueles que há longo tempo a tinham maltratado e, agora, até como prostituta quiseram que fosse tomada.
As forças da negação, como se vê, não desistirão, mas armadas, tal como Lilith, das suas razões e convicções, muito em breve, tenho a certeza, o que pretendem – igualdade de tratamento e condições, face ao homem – irão conseguir.
(Na minha terra dizemos: a mulher, oh a mulher, se não fosse a falta que faz, não fazia falta nenhuma)
O que seria o homem sem elas?
A todas as mulheres.
Saudações Bento Caeiro! A si e a todos os homens que não receiam, antes partilham, a luta pela equidade. Por salários iguais, é uma luta visível e assim, apesar de tudo, mais fácil. Ou por mais mulheres no poder. Virulenta e hercúlea – ou Lilithânica ☺ – é a violência escondida, dentro de portas, que mesmo quando é levada às autoridades, é desprezada. No nosso dia a dia, resta-nos estar atentos e actuarmos, quando nos apercebemos. O que já não é nada fácil.
A subliminar subtileza da cristalização de modelos de referência sexistas nas mensagens de publicidade também tem amplíssimo efeito.
https://www.tsf.pt/sociedade/justica/interior/processos-por-violencia-domestica-muito-raramente-acabam-com-prisao-9170123.html
Ena, pá! Tanta mujer con el diablo en el cuerpo!
Voy a hacer queja al señor Obispo. Vayas a exponerlas a todas.
El Señor “Pedro Pasos Conejo” se equivocó. El diablo no está en Portugal. El está en tierras de España
Y el culpable es el Puigdemont y los independentistas!
Naldinho, Naldinho,
Será bom que a tua mensagem entre as mulheres e – melhor ainda – pela tua, tenha sido bem entendida.
A não ser assim e pelo mal-entendido, um dia deste acordas dos tomates separado.
E não te servirá de nada desculpar-te com “Coisas de Aventar” porque, depois deles separado, já não dá para colar.
Caro Bento Caeiro, permita-me que o cumprimente pela sua escrita humorística. 🙂 🙂 🙂 é subidamente divertida 🙂 🙂 🙂
Violência inversa também não 🙂
A Espanha é dos países onde há mais violência doméstica, na Europa. Não é por acaso que cinco milhões de mulheres fazem greve. E as que fazem são provavelmente aquelas cujas posses e o poder reivindicativo é mais forte, pois as outras até pelas suas condições económicas, horários de trabalho, etc, dificilmente poderiam ali estar em massa.
O poder da Igreja, na Espanha, ele é muito superior ao da Igreja, em Portugal. A todos os níveis. Se você perder dois minutos a indagar qual o número de escolas religiosas com origem em congregações religiosas espanholas, em Portugal, você ficará perplexo.
Na Espanha ainda se vive com o “Deus, Pátria e Autoridade”. Nós libertado-nos disso em parte com o 25 de Abril de 1974.
Nos quartéis militares de Espanha, debaixo do mastro da bandeira do Reino, está sempre escrito: “Todo por lá Pátria”.
O que eu ironizei não foi a luta das mulheres. Foi o Poder político religioso, que sempre governou a Espanha. O Franquismo.
Não foi por acaso que meti o Puigdemont na conversa.
Sabe qual a razão porque nunca quisemos ser Espanhóis?
Porque tal como os Catalães, mas muito mais do que eles, nunca quisemos deixar-nos subjugar pelo Poder monárquico e eclesiástico. Daí sermos tão Republicanos e anti clericais.
Nessa matéria, andamos muito à frente deles
Pronto, Naldinho, está explicado, e dos tomates – garantia lá de casa – não serás despojado.
Mas olha que esse teu raciocínio sobre a razão de não querermos ser espanhóis – eu diria castelhanos – está um bocado enviesada.
Como sabes, quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Só para dizer que aquilo que se passou e passa na Ibéria é tão velho que vai até aos primórdios do nascimento dos reinos da Galiza – depois Galiza e Portugal e Leão e Castela. Daí, também, e como continuamos a ver, o: “de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”.
Estes reinos apesar de terem em comum, a Casa de Borgonha, pertencem a dois ramos distintos:
Galiza e, depois, Galiza e Portugal fazem parte da dinastia capetiana (dos francos Capetos), por via da casa ducal de Borgonha, do conde D. Henrique de Borgonha;
contrariamente à dinastia condal de Borgonha, por via do conde D. Raimundo, pai do imperador Afonso VII, de Leão e Castela.
Não fora aquela afinidade, nunca teria sido dada tanta autonomia ao Condado Portucalense. Tal como se viu pela atitude da casa de Leão e Castela que, querendo unificar, dominado a Espania, tudo fizeram para impedir a independência de Portugal: pela guerra (decidida em 1139) e junto ao Papa (esta só conseguida 40 anos após).
Quanto à questão religiosa – não nos esqueçamos que nós é que tínhamos Braga – e com a bula papal de 1179, a questão ficou resolvida.
Aproveito e aprendo com os dois comentadores 🙂