Começa o spin

Num artigo que mais parece um detox de opiniões saído de uma trituradora de declarações, compõe-se uma história que dê corpo ao título.

Comments

  1. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    A assinatura de um contrato à velocidade que foi feita – ainda que com a premissa anunciada – não pressagiava nada de bom, pelo menos no que à lei democrática respeita.
    Esta dúvida, é a resposta. Nunca pensei que se fosse por aí, mas tenho que aceitar como hipótese viável.
    No fundo a regra é sempre a mesma : a lei é feita de maneira que há sempre a possibilidade de demonstrar que o branco é preto e vice-versa. Por isso há os “especialistas” do “pós-lei” que são tão competentes como os “especialistas” do “antes da lei”.
    E este é o problema de Portugal: os “especialistas” que vivem em completa promiscuidade com a Assembleia… e os “artistas” que usam pasta medicinal…

    • j. manuel cordeiro says:

      Os bem pagos e omnipresentes escritórios de advogados que fazem as leis para o parlamento e para o governo não existem para produzir legislação mas sim para adequar as leis, que devem ter elevados princípios a par com bons mecanismos para não os seguir dentro da legalidade.

  2. Rui Naldinho says:

    Nada a que não estejamos já habituados. Mais do mesmo, até ao fim dos nossos dias.
    No texto da Lei, ou mesmo do Dec Lei, substitui-se uma vírgula, acrescenta-se outra, aqui e acolá, de modo a que, lido e relido o seu texto, que “ipsis verbis” devia dizer d3 forma categórica, “sim ou não”, “pode ou não pode”, “exequível ou impraticável”, … acabará sempre por abrir uma “janela de oportunidade”, do qual incansáveis juristas, dispostos a dissecar o “animal” até às entranhas, descobrirão que o “cerne da lei”, não fecha as portas, mas sim, deixa uma espécie de “dúvida metódica”, ao sabor de quem pagar melhor para que se consume a arbitrariedade.
    Não fosse este país Portugal, e tudo isto era anedótico.


  3. Esta merda já parece a barragem do Alqueva…

    CONSTRUAM-ME PORRA !

    Se as pessoas na Av. do Brasil se habituaram a dormir com aviões a passar sobre as cabeças de 3 em 3 minutos, os passarocos do Montijo também viverão com eles.

    • Rui Naldinho says:

      Construído está ele. Não fosse aquilo uma base militar há décadas. Só que é necessário transformar toda aquela infra-estrutura numa coisa digna de se chamar aeroporto. Isso tem custos.
      O problema é que após a privatização da ANA, e disso, ninguém quer falar abertamente, nem o Estado nem a VINCI estão dispostos a gastar muito dinheiro por um novo aeroporto, ainda por cima para companhias Low Cost, dispostas a sair ao primeiro rebate a falso. Seja ali, no Montijo, em Alcochete, ou mesmo na OTA, tudo parece excessivo. O Estado porque não tem dinheiro. A detentora da ANA prefere outra solução mais económica, que passaria pela ampliação da Portela, mas com o Estado a suportar as indemnizações compensatórias. É o velho jogo do empurra, com o contribuinte Tuga a pagar a factura final.
      A pergunta que deve ser colocada, é a seguinte:
      Privatizou-se a ANA para quê?

      • ZE LOPES says:

        Privatizou-se, e pior! Entregaram-se a uma empresa de construção francesa TODOS os aeroportos. Um monopólio! Privatizou-se muito por essa Europa fora, mas nenhuma foi como esta. Aí estão as consequências imediatas.


  4. Privatizou-se a ANA para quê?
    Mas que pergunta mais ingénua !