A encenação, afinal, era à direita

O spin da direita funcionou e o alegado controle da comunicação social por parte da esquerda, sem surpresas, revelou-se mais um embuste bem sucedido da direita. Durante semanas, lemos e ouvimos deputados-cronistas, senadores de Domingo a noite e profissionais do spin, todos a insistir na mesma tecla: o OE22 seria aprovado, sem dúvida alguma, e as difíceis negociações em curso não passavam de uma encenação. PCP e BE estavam, literalmente, no bolso de António Costa. Um esquema bem montado que está aí para nos recordar que os radicais da direita trauliteira passista nunca foram embora. Rangel, como outros antes dele, é apenas a sua mais recente barriga de aluguer. Mas a crise política tem um e apenas um culpado. Chama-se António Costa. Foi ele que não quis aceitar os termos dos partidos de esquerda para garantir o seu apoio. A ver vamos, se a esquerda ainda vai a tempo de sacar um coelho da cartola até Quarta-feira.

Spin orçamental

António Costa, por vezes, parece esquecer-se que chefia um governo minoritário. E como chefia um governo minoritário, e rejeitou acordos escritos com outros partidos no início da actual legislatura, não tem outra alternativa que não seja negociar com as restantes forças políticas, sujeitando-se a parte do caderno de encargos dos partidos de quem pretende obter votos favoráveis ou abstenções.

Fazer rodar o spin “o país não vai compreender se os restantes partidos chumbarem o OE22” até pode servir para consumo interno, mas, para lá dos limites do Largo do Rato, não cola. O que o país não vai compreender é se Costa recusar aceitar as exigências dos restantes partidos e, ainda assim, lhes imputar a responsabilidade pelo chumbo do orçamento. Não pode. A responsabilidade é sua. O governo, não a oposição, é quem tem a exclusiva responsabilidade de fazer aprovar o SEU orçamento. E se não está disponível para o fazer, que se sujeite às consequências. E que nos poupe a spins de mau pagador.

Simulador de IRS 2022 – o novo OE vai mudar alguma coisa?

Pode fazer as contas por si mesmo.

A PwC disponibiliza um simulador de IRS 2022 que contempla as alterações previstas na Proposta de Lei do OE2022. Ou seja, poderá ver as fantásticas dezenas de euros de diferença entre o que pagará ou receberá em 2023 vs. 2022.

Ou então passe pelo Observador e veja qual o enquadramento mais próximo da sua situação.

Spoiler alert: pensava mesmo que o folclore noticioso à volta do IRS se traduziria de facto em algo palpável?

Ao cuidado do sindicato dos camionistas de materiais perigosos

Falem com o Augusto Santos Silva. Parece que as leis não são para ser interpretadas literalmente.

Um paradoxo

Os motoristas de matérias perigosas estão obrigados por lei a possuir uma carta de qualificação de motorista (CQM), certificado de aptidão para motorista (CAM), certificado de ADR e precisam de fazer diversas formações.

Que se saiba os motoristas das Forças Armadas requisitados pelo Governo não cumprem estes requisitos. Está o Governo a colocar os portugueses em perigo ou são estes requisitos desnecessários?

Negociações entre quem?

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) não esteve presente na reunião que decorreu no ministério, mas fez chegar uma proposta para o Governo discutir com o sindicato, segundo Pedro Nuno Santos. [Expresso]

A ANTRAM não esteve presente. Apenas participou o sindicato e o delegado do patronato, perdão, o Governo.

Negociar significa discutir os pontos em desacordo para se encontrar uma solução que sirva ambas as partes. Que legitimidade tem Pedro Nuno Santos para negociar em nome da ANTRAM? Este episódio não passou de uma cortina de fundo para alimentar um enredo onde este sindicato não aceitou, quando os outros aceitaram.

Quanto é que é mesmo o aumento negociado?

Ora bem, se o acordo da FECTRANS inclui a tal cláusula 61”, com a qual o patronato paga apenas 2 horas de trabalho extra por dia (mesmo que trabalhem mais do que isso) e dado que o “conceito de dia” de trabalho é um “período de 24 horas, a contar do início da jornada de trabalho”, há aqui uma potencial poupança da entidade patronal quanto aos custos laborais. Resta saber se o aumento negociado será mais do que essa poupança.

Crónica de uma morte anunciada

Governo: “processo de mediação” chegou ao fim, Antram não negoceia com greve
Hipótese de mediação durou quatro horas. Governo confirmou que ficou por terra perante a posição da Antram de não negociar com a greve em curso. Sindicato independente de mercadorias reúne-se com Governo e tem a suspensão da sua greve em cima da mesa. [PÚBLICO]

Com o governo do lado do patronato, fornecendo motoristas e patrocinando um acordo com outra central sindical, a ANTRAM não tem um único motivo para aceitar negociações.

Entretanto, ANTRAM e SIMM estão reunidos. Se sair mais um acordo, fica o xeque-mate ao SNMMP a um passo.

E fica claro quem manda no país. Dica: não é o governo.

Adenda: Aí está: Sindicato de Mercadorias desconvoca greve. Governo lança apelo ao SNMMP. Agora só falta os 78% dos camionistas associados do SNMMP concordarem em ficar de mãos a abanar.

“A Fectrans escolheu a via negocial e consegui resultados, o SIMM decidiu-se pela via negocial e pretende também conseguir avanços, falta o SNMP”, disse Pedro Nuno Santos [DN].

Governo e patronato de mãos dadas na velhinha táctica de dividir para reinar.

“Com a espada sobre a cabeça”

Um repetido argumento da ANTRAM tem sido que não negocia com a espada sobre a cabeça, querendo dizer que exige que a greve seja cancelada antes de ir para negociações.

Mas repare-se na espada que a ANTRAM coloca sobre a cabeça dos grevistas.

Havendo acordo [entre a FECTRANS e a ANTRAM], este só se aplica a quem o negociou – vincou na noite de quarta-feira o representante da Antram. Dito de outra forma, os motoristas que estão nos sindicatos que optaram pela greve não terão direito às medidas entretanto acordadas com a Fectrans. [Expresso]

Ainda sobre este mesmo acordo, repare-se nesta parte da mesma notícia no Expresso:

A Fectrans confirmou que entre as matérias ontem acordadas inclui-se a polémica “cláusula 61”, aquela que no contrato coletivo permitiu às empresas deixarem de pagar remuneração pelo trabalho suplementar, recebendo duas horas de trabalho extra por dia (mesmo que trabalhassem mais do que isso). O problema é que nem todos os sindicatos assinaram este contrato coletivo, nem várias empresas o aplicam nesta cláusula. Porém, esta quarta-feira, nem Fectrans nem Antram explicaram em que sentido avançaram neste campo. [Expresso]

É uma cláusula fantástica e coloca dúvidas sobre a capacidade negocial da FECTRANS, especialmente se se atender a que, de acordo com o Contrato Colectivo de Trabalho celebrado entre a ANTRAM e a FECTRANS em 2018, o “conceito de dia” de trabalho é um “período de 24 horas, a contar do início da jornada de trabalho”.

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Xeque

A meio da tarde, Pedro Pardal Henriques pegou no cavalo e moveu-o para a casa de desafio a André Matias de Almeida para que este participasse em negociações amanhã à tarde no Ministério. Nas notícias ouvia-se que os sindicatos estavam prontos para negociar. Xeque.

À noite, o porta-voz da ANTRAM puxa do bispo e contra-ataca, deixando um peão em posição sem defesa. Nas notícias fala-se em “Acordo histórico” entre Fectrans e patrões. “O tempo da greve terminou”, diz Pedro Nuno Santos. A jogada abriu caminho para a rainha fazer Xeque.

Pardal move o rei para fugir ao ataque mas a posição está pouco defendida. “O Governo patrocinou um acordo que foi assinado à revelia do que os motoristas pretendiam”, aponta, frisando que “motoristas têm reclamado condições que não são as que estão no acordo”.

A ANTRAM aproveita a fragilidade e faz novo xeque. ANTRAM recusou o desafio do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) para uma reunião na quinta-feira, alegando que não pode negociar com “a espada na cabeça”. A ANTRAM ter colocado a espada na cabeça do sindicato numa jogada anterior, quando afirmou que com greve não haverá aumentos, foi há demasiado tempo para que alguém se lembre.

Outros lances paralelos foram encurralado o rei, sendo o da credibilidade, que parece só se aplicar a um dos lados, um dos com maior alcance. PGR confirma que Pardal Henriques é alvo de inquérito.

Com a ajuda da rainha e do bispo, o jogo caminha rapidamente para xeque-mate, não se desse o caso de os 700 peões, de um total de 900, serem afiliados do sindicato que não foi chamado para as negociações e que convocou a greve.

O jogo continua amanhã. Teria graça se fosse engraçado.

Ponto de situação – os protagonistas e as reivindicações em cima da mesa

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O esquema

Este recibo de vencimento circulou pelos facebooks e twitters da praxe até que acabou por ser usado numa reportagem da TVI. E conta uma história.

De um total de 2317,29€ de vencimento bruto, 845,00€ estão isentos de impostos (36% do vencimento bruto). Para o comum dos mortais, o valor não tributado corresponderá ao subsídio de refeição e pouco mais (se algo mais), havendo, no entanto, outras profissões onde este esquema é usado.

O esquema é simples.

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E sai uma requisição civil para a mesa do canto.

Na tarde “informativa” das televisões foi dito e re-dito que a situação estava normal, apesar de aqui e ali faltar algum combustível. Pudera, com o pânico gerado durante a passada semana, devem ser poucos os que não não tenham o depósito cheio. Na televisão, um sujeito do governo justifica a requisição civil dizendo, entre outras coisas, que é para tranquilizar os portugueses. Fica bem, depois do estado de sítio montado pela comunicação social ao longo de um mês.

Adenda: São 20:25 e as “reportagens” televisivas continuam a bater no mesmo tema, com todo o jeito de assim continuar. Está montado o circo, mas deste não sairá palhaçada que faça rir.

A vez dos camionistas

Na falta de fogos, saiu a lotaria às televisões com esta greve dos camionistas. As “reportagens” do fim-de-semana foram mais um exemplo de preenchimento de tempo de antena sem existência de notícia. Nalguns casos, a “reporter” dizia que até havia menos afluência ao posto de abastecimento do que nos dias anteriores. Noutros, afirmava-se que o combustível ainda não tinha faltado – ou seja, constatava-se a normalidade e, consequentemente, a ausência de notícia.

Ana Sá Lopes diz no PÚBLICO o que há a dizer sobre este gigantesco spin em curso.

Quem passou o fim-de-semana a ver notícias assistiu provavelmente à mais acabada operação de agitação e propaganda de um Governo tendo como pano de fundo uma greve de camionistas. A programação milimétrica da operação de agit-prop – com vista à conquista do eleitorado da direita órfã e obtenção de um propulsor para a maioria absoluta – demonstra um tacticismo que pode funcionar em termos eleitorais mas que, de caminho, atira para o lixo bebés e água do banho. A ala esquerda do PS, protagonizada pelo ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, acabou de cometer suicídio e parece que não percebeu. Estas coisas pagam-se caro, com juros, mais tarde ou mais cedo.

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Aquele cheirinho…

O número de elogios aos hospitais públicos foi o dobro dos elogios aos hospitais privados. Mas a maioria das notícias esqueceu-se de referir este detalhe.

Paira no ar um cheirinho a notícia plantada, vindo dos cantos que apregoam maravilhas a 3 hospitais geridos em PPP.

O documento que é citado por toda a comunicação social da mesma forma (1.º sinal de notícia plantada) diz que quase 70% das queixas na saúde dizem respeito a unidades públicas. Refere, ainda, que o Hospital de Braga, o Hospital de Cascais e o Hospital Vila Franca de Xira são aqueles que têm menos reclamações.

Estes números não dizem, porém, qual é a percentagem de reclamações em função do número de doentes atendido (2.º sinal da notícia plantada). Por exemplo, afirma-se que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, é o que tem o maior número de reclamações. Faz algum sentido fazer a comparação com o Hospital de Vila Franca de Xira sem sabermos qual é o universo de doentes de cada um deles? [Read more…]

Colocando as coisas em perspectiva (5)

Muitos têm sido os atropelos feitos nas vésperas de eleições ou a nelas pensar. Cavaco duplicou a função pública para dobrar a maioria absoluta. Guterres inventou as SCUT para, acabado o dinheiro da CEE, poder continuar a apresentar obra eleitoral. Barroso e Santana Lopes sofreram de coito interrompido, tendo aberto o caminho para os disparates de Sócrates e da sua Parque Escolar, o parente pobre que arranjou na ausência do TGV e do aeroporto. Passos Coelho tratou criar as condições para uma tal de economia social.

A lista está muito incompleta mas chega para ilustrar o argumento.

Costa ameaça demitir-se, o que deixaria o governo em gestão até às legislativas, em Outubro. Um governo em gestão está limitado quanto ao que pode fazer, reduzindo as possibilidades de disparates eleitorais. Boas notícias, portanto.

Demita-se, então, Sr. Costa.

Colocando as coisas em perspectiva (2)


Novembro de 2015 – O Parlamento uniu-se para formar uma maioria de apoio ao Governo. Foi a democracia a funcionar.

Maio de 2019 – O Parlamento uniu-se para formar uma maioria que aprovou um diploma. Siga para o Tribunal Constitucional.

Colocando as coisas em perspectiva

PÚBLICO, 2 de Maio de 2019

DN, 23 de Dezembro de 2018

As sondagens lá no Largo do Rato estão cor-de-rosa, é isso?

Começa o spin

Num artigo que mais parece um detox de opiniões saído de uma trituradora de declarações, compõe-se uma história que dê corpo ao título.

FMI manda Expresso escrever sobre o FMI

Esqueceram-se de mais alguns títulos.

  • FMI preocupado com os salários dos professores
  • FMI excitado com os números do desemprego
  • FMI elogia combate aos incêndios florestais
  • FMI desvaloriza problemas na CP
  • FMI não encontra problemas no Serviço Nacional de Saúde

Se é para fazer fretes, que sejam bem feitos.

Dois dedos de testa

Lê-se no PÚBLICO:

UTAO estima défice de 1,6% no semestre com impacto do Novo Banco

No período de Janeiro a Junho de 2018, destaca-se “o accionamento do mecanismo de recapitalização contingente do Novo Banco”, salientou a Unidade Técnica de Apoio Orçamental

E na TSF:

Bruxelas avisa: despesas com salários e carreiras vão pesar no défice

A Comissão Europeia reitera que a situação financeira de Portugal continua “largamente favorável”, mas reforça a importância de o país prosseguir a consolidação fiscal e reformas estruturais.

Esta segunda notícia, oportunamente semeada quando se discute o orçamento de estado, leva-me a pensar se esta gentinha da política acha que não temos dois dedos de testa. A resposta é óbvia.

Quanto à primeira notícia, então esse BES não tinha sido “resolvido” sem custos para o contribuinte? Pergunte-se à dona dona Cristas, que ainda por aí anda, apesar de entretida a ver passar os comboios (descobriu-os agora, mas nós avivamos-lhe a memória: “Ex-deputado do CDS nomeado presidente da CP“).

Curvas

Augusto Moita de Deus anda entretido com umas curvas engraçadas. Aqui vai mais uma. A das pessoas que entram em modo de contenção de danos quando um tema tem potencial para queimar rabos de palha.

Sobre o apalpanço

Em primeiro lugar, tudo é taxado, seja com impostos directos, indirectos ou, na maioria dos casos, com ambos. Em segundo lugar, o aumento de impostos não tem uma ligação directa com a redução consumo. Se assim fosse, poucos andariam de carro, já que quase 70% do preço dos combustíveis são impostos.

Este tipo de artigos, uns a apalpar a reacção pública, outros a lançar veneno, são o cimento do jornaleiro que embrulha publicidade em folhas de jornal. Destes, alguns até têm preço de capa.

A tal empresária

Há certas notícias que têm cheiro, logo as denunciando. Esta que serviu de base à escalada na comunicação social, primeiro, e no PSD e CDS, depois, ou vice-versa, é uma delas.

Recorte: Facebook

Que chatice, logo agora que o boy de ascensão meteórica se tinha estreado no jogo dos ultimatos.

Todo este aproveitamento à volta da desgraça de Pedrogão Grande fede. A intenção ficou clara logo com o caso do falso suicídio, sendo o que se tem seguido um mero corolário.

Jogos de spin e contra-spin

Pelo caminho, que se lixem as pessoas. Valores mais altos se levantam, nomeadamente, o poder. Esse que uns têm e os outros perseguem.

Do lado do governo, procura-se controlar os danos resultantes da fractura exposta que é a descoordenação do Estado. Os cortes nos serviços sucederam-se ao longo dos anos e, para piorar, os governos tratam de mudar as chefias para lá colocarem os seus correligionários, o que parece ter acontecido apressadamente em Maio passado  Nada de novo, não se desse o caso de a bomba ter  explodido agora. 

Quanto à oposição, assistimos à construção da narrativa. A estratégia é repetida e consiste fazer aparecer um conjunto de teses que vão sendo repetidas aqui e ali, num círculo de soprar o spin, para depois o cavalgar. Depois da tentativa falhada de escalar os suicídios, continuam a maximizar o lado emocional da questão, agora pela contagem dos mortos. Zero de racionalidade.  Nada de olhar para as causas estruturais da falha, até porque essas não vêm de há dois anos. São transversais e é fogo que todos queima. 

Entretanto, o dinheiro da solidariedade continua a crescer em juros e capital eleitoral algures. E o Estado já virou os holofotes para o que arde presentemente, deixando as cinzas para mais tarde – quem sabe se não as levará o vento. Pobres daqueles que apenas são gente para o Estado no momento de pagar impostos e de apelar ao voto.

Pergunta para um milhão

Porque é que dois jornais espanhóis entraram no jogo político da direita ibérica?

O «spin» dos 10 mil milhões funcionou

Ninguém mais quis saber dos sms do Centeno (estão bem é uns para os outros).

O perdão fiscal e o boletim económico inconveniente

Ainda o perdão fiscal estava quentinho, a sair do forno ministerial, e já o PSD tinha descoberto tudo.

Todos os portugueses já tinham compreendido que a execução orçamental para o presente ano não estava a correr bem. O Governo finalmente reconheceu-o. E reconheceu hoje ao admitir que necessita de uma receita extraordinária. Caiu a máscara ao Governo“, vincou o deputado do PSD Duarte Pacheco, em declarações aos jornalistas no parlamento. (via TVI24)

Duarte Pacheco deu, ainda, mais uma larga passada na sua tese, afirmando que “esta é provavelmente a primeira das medidas adicionais que o Governo precisa enviar para Bruxelas para evitar sanções“.

Mas não é que o spin lhe saiu pela culatra? O Banco de Portugal, anunciou hoje, no Boletim Económico de Outubro, onde não é tido em conta este perdão fiscal, que um défice de 2,5% do PIB em 2016 é um objectivo exequível.

A estalada assentou de tal forma que Passos Coelho lá tratou de arranjar hoje outro assunto onde bater, algo que não fosse o défice a que ele nunca, nem de perto, se aproximou.

As más notícias já não são de confiança, é o que é.

Adenda: leio noutra noticia entretanto saída que a tese da máscara também foi usada por Passos Coelho. Parece que, afinal, o spin é para avançar, independentemente da realidade.

Como transformar uma boa notícia em má notícia

Simples. Usa-se um “mas” para diminuir o que houver de positivo.

Censura no Facebook de Marco António Costa

Comentário apagado da página de Marco António Costa

Comentário apagado da página de Marco António Costa

Por duas vezes deixei um comentário num post de Marco António Costa e por duas vezes ele o apagou. A imagem acima é uma cópia desse comentário, quando colocado pela segunda vez. O post em causa é este: [Read more…]