Breaking News: roubaram-nos (mais) 3 mil milhões de euros

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Álvaro Sobrinho, antigo presidente do BESA, a extensão angolana do outrora poderosíssimo império dos pobrezinhos da Comporta, revelou à revista Visão algo surpreendente e inesperado: os portugueses foram roubados.

São declarações bombásticas, que poderão levantar uma série de dúvidas ao caríssimo leitor, a começar por esta: exactamente a que assalto se referirá Álvaro Sobrinho? É que, dada a quantidade de assaltos bancários de que temos vindo a ser alvo, fruto da faustosa existência desta sociedade de salafrários que insiste em viver acima das suas possibilidades, torna-se difícil perceber a que assalto se referirá o doutor Sobrinho. Estará relacionado com papel comercial? Será algo de natureza socrática? Quiçá um Monte Branco?

Aparentemente, nenhum dos supramencionados. Segundo o antigo mecenas do Sporting de Bruno Carvalho, o banco que geria terá sido assaltado por um grupo de accionistas delinquentes, que subtraíram 3 mil milhões de euros aos portugueses. Nada mais, nada menos do que o valor do aluguer de 3 milhões de noites no célebre apartamento parisiense, outrora habitado pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates.

E como se processou o tal assalto? Por esticão? Ponta e mola num beco de Luanda? Nada disso. O método usado terá sido em tudo idêntico a um outro assalto do qual fomos vítimas no banco público português, a Caixa Geral de Depósitos, onde durante anos foram concedidos vários créditos de alto risco, sem qualquer garantia ou contrapartida, a indivíduos de boas famílias e acima de qualquer suspeita, ainda que pouco dados ao pagamento das suas dívidas. Vai daí entalaram o homem numa assembleia geral, forjaram a acta e empurraram todas as responsabilidades para o pobre presidente da instituição, que, coitado, não fazia a mínima ideia do que se estava a passar no banco ao qual presidia, o que me leva a concluir que as acusações que sobre ele pendem, que dizem respeito a um “alegado” desvio de 615 milhões de euros do cofres do mesmo banco, não passam de uma grande “cavala” contra o senhor. Podia ser um robalo, mas não era a mesma coisa, que um bom robalo poder levar um homem à prisão.

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