O ministro dos negócios estrangeiros salientou “que a State Grid (a energética chinesa e principal acionista da REN) tem sido “um parceiro fiável e não trouxe nenhuma dificuldade”, tal como aconteceu noutras empresas, com maioria de capital em mãos chinesas como a EDP ou o BCP, onde “a intervenção [chinesa] foi no sentido de estabilizar os acionistas”.
Sem dúvida, estabilizar os accionistas e atacar o estado quando as decisões deste não lhes convêm. Patente no caso da EDP, seja por meio de ameaças de recorrência ao ominoso mecanismo arbitral internacional investidor-estado (ISDS), seja agora por meio de um tribunal nacional. Os investidores estrangeiros estão à vontade, têm acesso às duas vias, opcionalmente, simultaneamente ou consecutivamente. Um direito todo exclusivo que assiste a actores globais deste calibre.
Aliás, às tantas, na visão do ministro esta “dificuldade” não foi causada pelo “parceiro fiável”, mas pelo desplante do ex-secretário de estado da energia, Jorge Seguro Sanches, de enfrentar o “parceiro fiável” para defender os cidadãos. Tudo por uns ridículos 285 milhõezitos que a EDP foi obrigada a devolver (o suficiente, por exemplo, para financiar durante um ano o funcionamento de 250 escolas).
De facto, Seguro Sanches não foi nada diplomático, pois não?
Para os cidadãos, fica o pagamento das facturas, sem esquecer as das custas judiciais. Não, sr. ministro, nenhuma dificuldade à vista.
O Estado!
Como se o Estado fosse o oráculo mayor!
Como se não estivesse as mais das vezes nas mãos de cretinos ou de treteiros.
Ainda não chegamos ao totalitarismo, o do socialismo autêntico, o único que se sabe existir!
Pois é! Não há futuro! O Estado tudo come, tudo bebe e tudo…tudo!
Esta vida não tem sentido, Menos! É só Estado, e mais Estado e mais Estado!
Resta a V. Exa. optar pelo fim de tal tormento, recorrendo à aplacante cadeira elétrica!
Oh! Mas qual novo suplício! A cadeira é do Estado…socialista autêntico chinês!….
Oh! Mundo atroz! Com a minha besta não consegui abater o albatroz!