Ganância, o motor da inflação

Ficou claro que a expansão do lucro tem desempenhado um papel maior na história da inflação europeia nos últimos seis meses.

A frase é de Paul Donovan, CEO da UBS Global Wealth Management.

E deixa igualmente claro aquilo que já todos sabíamos: o principal motor da inflação é o aumento do lucro de certas empresas, que compensam as suas perdas explorando os consumidores.

Os senhores feudais do BCE, reunidos em retiro numa pequena povoação finlandesa, parecem ter chegado à mesma conclusão. Dizem as más línguas que, entre uma sessão de meditação e o chá das cinco, alguém terá apresentado um PowerPoint que revelava um aumento dos lucros de algumas empresas, de certos sectores, quando o expectável seria uma diminuição. [Read more…]

Subsídio-dependência

Banco de Fomento vai capitalizar 12 empresas de “interesse nacional”, incluindo a de Mário Ferreira

Estes ciganos são muito espertos! E ficam mais caros que os outros! Como é lógico, o CHEGA irá reagir em breve, pois estes ciganos não podem sair impunes.

Tranquem as portas. Não vá um destes ciganos entrar-vos em casa. Em última instância, é colocar um sapo à porta.

O preço do petróleo, a ganância das gasolineiras e outras maravilhas do mercado livre

Eu explico-te, Fernando: desde que o mercado dos combustíveis foi liberalizado, as empresas privadas que nele actuam passaram a fixar os preços a seu bel-prazer, sem regulação ou necessidade de responder a quem quer que seja. Maravilhas do mercado dito livre.

Vai daí, somos agora confrontados com uma triste e oportunista realidade, que é esta: quando o preço do barril desce, as gasolineiras esperam meses até reduzir o preço em meio cêntimo, quando reduzem, alegando que a baixa no preço do barril só se reflecte daí a dois ou três meses, porque a compra é feita antecipadamente.

Quando o preço sobe, o discurso muda e a subida, alegam, é urgente e acontece no imediato, para fazer face ao aumento de custos, que, a julgar pelo que nos dizem quando o preço cai, só se reflectirá daí a uns meses. Chama-se ter a faca e o queijo na mão, e meio bloco central sentado no conselho de administração. Ou mercado a funcionar, não tenho bem a certeza. Também há quem lhe chama chulice, ou esmifranço, mas acho que não devemos expor os leitores do Aventar a discursos ordinários. Para ordinarice já nos chega a atitude das gasolineiras e o ISP.

Obrigado, Cavaco!

Na capa do DN desta semana, o homem que foi financiado várias vezes pelos Espírito Santo, e que, talvez por isso, nos assegurava, a poucos dias do início da derrocada, que o BES estava sólido, posa em frente ao seu elefante branco, que derrapou qualquer coisa como 500%, não se aproximando, ainda assim, do assalto que alguns criminosos seus amigos protagonizaram via BPN, com o qual Cavaco fez bom dinheiro através da compra e venda de acções. Se Portugal é lanterna vermelha do Euro, não podemos deixar de lhe agradecer o inestimável contributo.

Os parasitas da democracia

O caso Berardo é apenas mais um exemplo daquilo que acontece quando o capitalismo, na sua versão mais selvagem, anda a solta, sem travão, manobrado por parasitas com os bolsos cheios de políticos corruptos. Não existe regulação (ou não funciona), à partida ninguém é responsável, todos têm excelentes alibis e uma série de saídas de emergência legais (cortesia da proveitosa e duradoura parceria público-privada entre indivíduos que de manhã legislam no parlamento e à tarde ajustam directo num qualquer escritório fancy de Lisboa) e nem dívidas têm, como muito bem explicou Joe Berardo, que, tal como os seus pares que se envolvem neste tipo de artimanha financeira, não têm dívidas nem património. É tudo da fundação. Ou da empresa. Um indivíduo destes tem no máximo uma mota de água e a roupa que traz no corpo. [Read more…]

Breaking News: roubaram-nos (mais) 3 mil milhões de euros

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Álvaro Sobrinho, antigo presidente do BESA, a extensão angolana do outrora poderosíssimo império dos pobrezinhos da Comporta, revelou à revista Visão algo surpreendente e inesperado: os portugueses foram roubados.

São declarações bombásticas, que poderão levantar uma série de dúvidas ao caríssimo leitor, a começar por esta: exactamente a que assalto se referirá Álvaro Sobrinho? É que, dada a quantidade de assaltos bancários de que temos vindo a ser alvo, fruto da faustosa existência desta sociedade de salafrários que insiste em viver acima das suas possibilidades, torna-se difícil perceber a que assalto se referirá o doutor Sobrinho. Estará relacionado com papel comercial? Será algo de natureza socrática? Quiçá um Monte Branco? [Read more…]

Quando for grande, vou mandar fazer leis só para mim

Lei prevê que sejam os consumidores a pagar à EDP prejuízos do Leslie

Euro 2016

transferir (1)Não é bonito apontar para os erros dos outros, quando nos chamam a atenção para os nossos. Não há cantilena mais embirrante do que a lamúria do pois toda a gente faz o mesmo e eu é que sou condenado.

Em princípio, portanto, estaria pronto a criticar o facto de Portugal ser um desses queixinhas que apontam para os défices alheios com o fito de desculpar o próprio.

A verdade, no entanto, é que há números que dão que pensar e que podem facilmente transformar um queixinhas num queixoso com razão.

De acordo com o Institute for Economic Research, já houve 114 violações das metas estabelecidas e, neste momento, apenas Portugal e Espanha estão sujeitos a possíveis sanções. Essas 114 (por extenso: cento e catorze) violações não foram levadas a cabo apenas por Portugal e Espanha: o país que mais vezes falhou neste campeonato foi a França, mas Juncker já explicou por que razão a França não pode ser castigada.

Note-se, ainda, que as possíveis sanções são consequência do défice deixado por Passos Coelho e por Maria Luís Albuquerque. Relembre-se, também, que os vários falhanços das metas estabelecidas foram sempre considerados sucessos pelas mesmas instituições que hoje ameaçam um governo que ainda não falhou as previsões. Percebe-se: com Passos, o país continuaria a retirar direitos e dinheiro aos trabalhadores, que os PIIGS querem-se pobrezinhos e prontos a pegar nas bandejas com bebidas exóticas.

O verdadeiro Euro 2016 é este, o campeonato em que há jogadores que são árbitros e que, por isso, podem distribuir porrada à vontade, porque são os donos do apito. Todos sabem que as metas do défice não são alcançáveis, mas usam-nas como instrumento de pressão, para ajudar multinacionais e bancos, à espera do prémio.

Isto já está a dar maus resultados e a União Europeia não é união e nem sequer se pode dizer que seja europeia, porque a ideia de Europa deveria ser outra, especialmente depois de tanta História.

Assalto à Queima das Fitas

No Porto foi a tiro. Em Coimbra sempre se roubou de colarinho branco. Tradições.

Há assaltantes menos iguais do que outros

FPF Notícia do dia:

Sede da Federação Portuguesa de Futebol foi assaltada

Segundo o divulgado, os assaltantes rapinaram apenas os computadores do presidente, Fernando Gomes, e da sua assistente, Materialmente pouca coisa, digo eu. O pior é o furto dos ficheiros. Sim, que dados, informação e conteúdos terão? Comprometedores ou não?

Mas, também questiono: a ‘sede e outros poderes da FPF’ andam a ser assaltados há décadas, sem que tais violações tenham sido objecto de notícia, em qualquer órgão da comunicação social.

Das duas, uma: ou, adaptando o conceito de George Orwell: “ Todos os assaltantes são iguais mas alguns são menos iguais do que os outros’; ou, outra hipótese, todos pertencem a históricos gangues, calhando aos autores deste roubo o ‘óscar’ dos 1.ºs denunciados.

Em Portugal, os bancos fazem buraco de milhões para assaltar cidadãos

Assaltantes fazem túnel de 30 metros para roubar banco (Berlim)

Não comer e calar?

Com a História nada se aprende, tudo se esquece, poder-se-ia dizer, glosando Lavoisier e negando Cícero. Diante de greves e de protestos, com pedradas mais ou menos consentidas à mistura, o governo e satélites vários atribuem a violência verbal ou mineral a agitadores e a profissionais da agitação, reduzindo o povo insatisfeito a uma manada pastoreada por comunistas, sindicalistas e outros canibais infanticidas.

Depois de anos de destruição de um tecido produtivo que nos leva a importar a fruta que poderíamos plantar, depois da especulação descarada com o dinheiro que entregámos indirectamente a uma série de gente que se alimenta das finanças públicas, depois de engenharias financeiras várias que têm transformado os orçamentos de Estado em mentiras oficiais, depois de ver notas de mil a arder nas fogueiras da Expo98 e do Euro 2004, depois de seis anos de socratismo de publicidade enganosa, depois de Passos Coelho se ter feito eleger com base em promessas que quebra todos os dias, obrigando-nos a pagar uma dívida que não contraímos, depois de sermos diariamente roubados graças ao cínico falhanço antecipadamente conhecido de todas as previsões macro e micro-económicas de um ministro das Finanças que seria despedido da garagem onde trabalha, se fosse mecânico e desconsertasse carros ao mesmo ritmo a que se engana nos valores do défice, do desemprego e da receita fiscal, depois desta merda toda e de muita outra que fica por cheirar, a culpa é de quem protesta? Cheira-me, pelo contrário, que a nossa culpa está em protestar pouco ou mal. [Read more…]

Cama, crime e jóias

A manchete de hoje do Jornal de Notícias é mais um monumento em memória do jornalismo, tendo em conta que se trata uma actividade já extinta, substituída que foi pelo sensacionalismo. Note-se, a propósito, que as eleições regionais da Madeira merecem apenas um quadradinho lateral, não conseguindo sequer competir com o regresso apoteótico de um padre a Vouzela, uma semana depois de aí ter sido apupado. [Read more…]

Um gamanço colossal

O assalto ao 13º mês parecia um assalto ao bolso de todos nós. Afinal não é: os rendimentos de capital, incluindo os provenientes da especulação bolsista não serão tributados.

Compreende-se: se uma crise nasce da especulação financeira penalizar os prevaricadores teria uma espécie de moral, o que de modo algum faz sentido no mundo em que vivemos.

Roubem-se pois os rendimentos do trabalho, até porque dada a completa ausência de responsabilidade do trabalho nesta crise do capital financeiro sempre ficamos todos unidos. É a solidariedade social no seu melhor.

Mais logo o ministro do assalto às nossas Finanças vai explicar tudo, tostão por tostão. Promete, se há coisa que a este ministro não tem faltado é sentido de ironia e humor, qualidade que temos sempre de apreciar, antes de nos dar um tiro toda a gente gosta que o assaltante conte uma boa piada. LOL.

Pormenores…

A família, inglesa, vive em Portugal há mais de dez anos, dizia o jornal.

O marido acabara de sair para ir trabalhar, bateram à porta e a senhora foi abrir. Eram três indivíduos fardados, ela pensou que fossem do exército.

Não demorou muito a perceber que se tratava de um assalto e, aqui, poupo ao leitor os pormenores tal como a lista de bens subtraídos.

Chegada a polícia a senhora declarou que falavam uma língua desconhecida que não lhe pareceu ser a portuguesa.

Quando se vive num país estrangeiro é conveniente atender a algumas minudências.  Não falo de reconhecer as fardas militares, mas saber identificar a língua local é capaz de ser um pormenor que pode, uma vez ou outra, vir a dar jeito.

Os identificadores para as SCUT são desnecessários

Há condutores que ainda não receberam o identificador para as SCUT, pedido e pago em Outubro, o que não os tem impedido de usufruir das benesses previstas, uma vez que a matrícula já está registada no sistema. Este facto conduz à conclusão de que os referidos identificadores não são necessários, sendo, portanto, incompreensível o pagamento dos mesmos, quando um simples registo da matrícula teria sido suficiente.

Este facto constitui mais uma imoralidade, uma vez que os utentes foram obrigados a realizar uma despesa desnecessária, proporcionando ao Estado mais uma receita. Mais um momento de absurdo, e, eventualmente, de ilegalidade, a juntar aos disparates associados a outros tipos de pagamento e à injustiça de impor cobranças nestas estradas, como já se pôde verificar aqui.

O caso do pobre coitado acusado de tentativa de assalto em Almancil

Um estupor de um indivíduo decidiu visitar, fora de horas, um supermercado em Almancil. Fez um buraco na parede como forma de entrar, porque isto de entrar pela porta é algo do passado. A malta agora prefere janelas, telhados ou buracos na parede. Acontece que o buraco laboriosamente executado ficou pequeno. Demasiado pequeno. O fulano tentou passar, ignorando algumas leis da física, e ficou preso no espaço. Nem para dentro, nem para fora. Ali ficou, constrangedor. Metade do corpo dentro, outra fora.

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Quando alguém o detectou, em vez de ajudar o pobre coitado, resolveu primeiro chamar a polícia. Veja-se que pensaram que ele queria roubar o supermercado. Lá por ter ido fora das horas de abertura não quer dizer que o fosse roubar. Ele não tinha culpa do dono do estabelecimento ter vistas curtas e não querer trabalhar 24 horas por dia.

O proprietário, apesar de desconfiar que teria sido alvo de furto, na figura do supermercado, decidiu não apresentar queixa. Consta que não tem muita confiança na forma como a justiça funciona. Vá lá saber-se porque.

Agora, o nosso amigo, injustamente acusado de ladrão, quer processar o dono do estabelecimento por alegadas agressões nas pernas. É certo que com as pernas de um lado e os olhos do outro lado da parede não poderia ver quem eventualmente lhe espetou uns tabefes nas pernas. Mas só pode ter sido o malandro do dono, não é?

Por mim, vou-me solidarizar com o estafermo e até vou fazer uma manifestação de apoio. Sempre senti um certo carinho por quem é injustamente acusado. Conto com todos vós.

O que se diz por aí

No Haiti, a ajuda humanitária passou a ser a grande preocupação, com com corpos empilhados nas ruas, urge assegurar a saúde pública. De Portugal vai seguir a AMI, e um pouco por todo o mundo seguem auxílios. Mas é já mais do que tempo de começar a ouvir os especialistas para evitar mais catástrofes no futuro. A ciência humana deve ser de todos e para todos.
Por cá o mau tempo continua a fazer das suas e são já dez distritos em alerta, tudo a norte e centro do país. Pelo menos em em Gaia já fez das suas. A malta aguenta…
Também é notícia que em Palmela um café foi assaltado à mão armada e levaram tabaco e a máquina registadora. Vamos lá ver: à mão armada tinha de ser, pois não iam conseguir os seus intentos doutra maneira pois as pessoas ainda não se habituaram a serem assaltadas. Se nós colaborássemos, tudo seria mais pacífico.
Entretanto o Governo vai começar a negociar com a Oposição a viabilização do Orçamento do Estado. Sabemos que estas coisas resolvem-se por telefone, em “encontros informais” e conversas de corredor, mas protocolo é protocolo.

Agarra que é ladrão!

A peça é do JN (edição Porto, pág.13) de hoje e foi escrita pelo jornalista Pedro Guimarães sobre o assalto a um banco na Maia e é de antologia:

Maria de Fátima, outra testemunha, também teve um papel importante na detenção: “Eu estava a sair do pão-quente quando ouvi berros e disse para o lado: caça que é ladrão e ele foi atrás dele e caçou-o”, explica.

Meus amigos, isto é humor do melhor. Este homem é um verdadeiro perdigueiro!!!

Privilégios – O Estado pode matar ?

Lembramo-nos ainda todos do assalto à Agência do BES ali ao Parque Eduardo VII.

Os dois assaltantes foram mortos a tiro por dois “snipers”, que friamente e a mando de quem nem sequer estava no terreno, esperaram pacientemente que os dois rapazes lhes dessem a possibilidades de os abater.

A questão aqui é que a vida dos funcionários da Agência e dos clientes corria perigo.Compreende-se que a partir de certo limite o perigo de morte incline a balança para esta actuação.

Agora, comparece a situação com a do ourives que é chamado a casa para defender os seus bens que estão a ser assaltados. Fica em casa a acabar o jantar e apresenta a factura à companhia de seguros, ou tenta defender o que é dele?

No caso do Estado a violência é premeditada, calculista, estudada não há emoções misturadas. Quem mata, mata porque é essa a sua função, não tem a vida nem os bens em perigo. Não estou a dizer que não deve ser assim ou a emitir opinião, estou apenas a constactar um facto.

Agora quem, não tendo formação militar, que reage sob a emoção, correndo o tremendo risco de morrer, abate dois assaltantes, não tem a sua acção explicada perante a Lei ?

Então, o Estado que manda matar num caso é o mesmo Estado que pede até cinco de cadeia e acusa de Homícidio Privilegiado quem matou a defender o que é seu ?

Há um deus menor a tomar conta das nossas vidas a quem tudo é permitido!

Privilégios…

Um ourives impede um assalto ao seu estabelecimento por cinco homens armados, tendo morto dois deles.. É acusado pelo Ministério Público, de Homícidio Privilegiado. Pode levar, em teoria, mais anos de prisão que os assaltantes.

Boas Festas!