Desconfinamento e um par de botas

Vale tudo e um par de botas para não se iniciar o processo de desconfinamento.
A Sra. Dra. Graça Freitas admite mesmo um “cenário de nova escalada da pandemia em Portugal” devido a novas mutações do vírus, mesmo com a vacinação cumprida!
É certo que há índices que ainda não nos dão chão firme, mas o verdadeiro travão é o medo, aventando mais concretamente, o medo diante do descalabro do plano de vacinação que tem sido inviabilizado devido aos sucessivos atrasos no fornecimento pelas empresas farmacêuticas – ainda só temos 70% dos idosos vacinados e apenas 27% dos cidadãos.
Estou convencido de que assim como o país confinou antes do governo decidir, também irá desconfinar por antecipação ou, quiçá, estará já em fase de work in progress.
Ah, sim, é verdade,

a Agência Europeia do Medicamento anunciou que tomou a iniciativa de analisar a vacina russa, a Sputnik V, processo que afirma poder prolongar-se por 2 meses.
Compreendo perfeitamente a morosidade deste anunciado processo, afinal qual é a urgência? O que já tenho dificuldade em entender é qual a razão para a dita agência iniciar esta diligência com a Sputnik V tão precocemente.
Convém, contudo, não esmorecer, uma vez que o governo já fez saber que a 11 de Março comunicará o plano de desconfinamento. Esperamos que contemple, desde logo, o que já está em curso pelos cidadãos para não serem apanhados com as calças na mão.
E a ver vamos, chorando e rindo…

Comments

  1. Paulo Marques says:

    Rais parta a Dona Graça por não parir vacinas a pedido.
    Gosto muito do “há índices”, como se não fossem a maioria – sim, eu sei que estamos habituados ao milhares por dia, mas os médicos não duram sempre.