O cancro da Justiça nasce no Parlamento

Os verdadeiros culpados pelas contradições, buracos, alçapões e discricionariedades na interpretação das leis penais e do processo penal são os políticos que dirigem e dirigiram Portugal. 

Comments

  1. Paulo Marques says:

    Um economista falhado aplica o seu falhanço à política e à justiça. Só falta agora ir buscar o Camilo também.

  2. Antonio Manuel Martins Miguel says:

    O juiz Ivo Rosa, apenas como juiz de instrução, abandalhou e ultrajou a Justiça portuguesa, aviltou o Estado de Direito, gozou provocando os portugueses, achincalhou tudo e todos.
    Faltam-lhe dignidade e competências, coerência, saber de Estado, não presta para ser juiz.
    BASTA !!!

    • POIS! says:

      Pois pois!

      Aliás, há até uma velha lei da Matemática que prova isso.

      Enuncia-se mais ou menos assim:

      “O préstimo de um dado juiz varia na razão direta do agrado das suas decisões”.

      É representado pela função X=Yn, representando X a decisão, Y o agrado, e n um coeficiente positivo ou negativo de intensidade (se negativo, traduz-se por “desagrado”).

      A Matemática é uma coisa maravilhosa!

    • Paulo Marques says:

      É possível, mas onde anda o contraditório das decisões que é de tão clara evidência? Com o iluminado JMT a espalhar hoje ao comprido no Público, começo a duvidar da possibilidade da que o abandalhamento não esteja inteiramente na parte de Teixeira. E se… foi de propósito?

  3. Antonio Manuel Martins Miguel says:

    Os políticos e a as fraldas são semelhantes, possuem o mesmo conteúdo.
    Eça de Queirós

    “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.
    A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela
    inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.
    A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada- se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali
    com dor e com raiva.
    À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (…) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.”

    Eça de Queiroz, in ‘Distrito de Évora” (1867)

  4. POIS! says:

    Sim, e um dos problemas…

    É que (pasme-se! ou não…) a maior parte dos diplomas complexos são elaborados por “consultores” contratados, vulgo “mega-gabinetes de advogados”. O número e a formação dos juristas da alta Administração Pública têm sido depauperados sistematicamente. Um dos casos, não por acaso, apontado como exemplo é o Código dos Contratos Públicos.

    Quanto ao resto, deixo aqui um comentário que há pouco fiz em resposta ao J. Mário Teixeira, que acho também se aplica ao seu, com as devidas adaptações::

    “Tudo certo.

    Mas luto não! Estamos a misturar-nos com gente que não interessa!

    Nós não queremos o mesmo que eles querem! E este tipo de manifestações tende a apagar isso tudo.

    Tem de haver uma rutura? Tem! Mas com objetivos claros e no campo democrático. Onde não incluo, como já disse noutro lado, o PS, por motivos óbvios. Nem os partidos de Direita. Incluo pessoas dessas áreas, mas não as instituições, por motivos óbvios.

    Não me venham com desculpas de que as leis “não passam no Tribunal Constitucional”. Se forem bem feitas, passam.

    Mas o principal esforço deveria estar a montante, nas medidas preventivas. Agora, não venham lá os mesmos do costume (os gajos das associações patronais e empresariais, que também têm bastas culpas no cartório) classificar o escrutínio das despesas como “burocracia”. É óbvio que atrasa muita coisa, mas é necessário”.

    Está entre aspas, mas é meu…

    • Paulo Marques says:

      A montante, mais ainda dentro da credibilidade da Justiça(tm), algo que passou despercebido, mas voltou hoje ao Público:

      “E revelou ainda algumas práticas desconhecidas da generalidade das pessoas, profissionais da comunicação social incluídos: que era habitual a Polícia Judiciária indicar a grandes empresas portuguesas o nome de jornalistas para que noticiassem este ou aquele facto relacionado com os interesses destas firmas. ”

      Cruzados há muitos…