e não é. Mas parece que é o protesto possível: a Petição pelo afastamento do Juiz Ivo Rosa de Toda a Magistratura.
E como protesto colectivo, neste momento, para que seja ouvido, vale quase tudo.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
e não é. Mas parece que é o protesto possível: a Petição pelo afastamento do Juiz Ivo Rosa de Toda a Magistratura.
E como protesto colectivo, neste momento, para que seja ouvido, vale quase tudo.
By chance I met this same wine again, lunching with my wine merchant in St James’s Street, in the first autumn of the war; it had softened and faded in the intervening years, but it still spoke in the pure, authentic accent of its prime, the same words of hope.
— Evelyn Waugh, “Brideshead Revisited”But was there more to Socrates’s attitude to Sparta than vague and general admiration from afar?
— Paul Cartledge
Foto: Anadolu Agency/Getty Images (https://bit.ly/2PPQwv6)
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Provavelmente, em português actual, nunca teremos visto nem o singular *Sócrate (como ‘Socrate‘, em francês), nem o plural *Sócrateses. Provavelmente, repito. E isto vale quer para Sócrates com ‘S’ inicial e ‘s’ final, quer para Sócrates com sigma inicial (Σ) e sigma final (ς). Ora, sabendo que o plural Sócrates corresponde ao singular Sócrates e nunca a *Sócrate e que ao singular Sócrates corresponde o plural Sócrates, também sabemos que o plural lápis corresponde ao singular lápis e não a *lápi e que (para falantes de português europeu de Lisboa e arredores, pois eu digo ‘sapatilhas’) o plural ténis corresponde ao singular ténis e não a *téni (como já ouvi, por hipercorrecção).
A expressão, em inglês, através do “s’ genitive”, de uma relação possessiva em que Sócrates é o possuidor faz-se através de Sócrates’s e não através nem de *Sócrate‘s, nem de *Sócrates’, como se aprende quer nas melhores escolas e afins, quer numa ida a Londres (e.g., St. James’s Park).
Muito bem, Mendes. Muito bem, Maio.
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Queria aqui propor um soleníssimo minuto de silêncio, em memória da credibilidade daquela malta que está em ebulição desde ontem, motivada, com razão, com o desfecho da decisão instrutória da Operação Marquês, mas que apoia, que defende, que normaliza e que pactua com autarcas corruptos e com a corrupção instalada no poder autárquico, de norte a sul do país, ou porque “são todos iguais”, ou porque o filho tem um tacho na câmara, ou porque a mãe fez um ajuste directo com a junta, ou pelo raio que os parta. 52% das denúncias por corrupção neste país têm origem nas autarquias, segundo dados de 2019 do Conselho de Prevenção da Corrupção. A esmagadora maioria das denúncias é arquivada e nem chega sequer a ir a julgamento. A denúncias que vão terminam igualmente arquivadas ou com penas suspensas. Parabéns a todos eles! Nenhum destes pequenos Sócrates autárquicos poderia algum dia chegar a marquês local sem o seu inestimável contributo. A corrupção agradece os seus contributos.
Por acaso, o assunto do dia ainda é o caso de José Sócrates, que ontem foi comentado num episódio especial no nosso blogue e que já teve direito a postas bastante certeiras. No entanto, houve uma notícia no jornal Nascer do Sol que não passou despercebida a muitas pessoas de Esquerda, incluindo o meu estimado João Maio, que não faço ideia que calçado usa. (É assim que se faz para vocês pensarem que um de nós vai acabar expulso, não é?) [Read more…]
Ontem, quer à entrada, quer à saída do Campus de Justiça, mais de uma dezena de agentes da Polícia de Segurança Pública escoltaram José Sócrates, garantindo que o suspeito chegasse ao tribunal e saísse do mesmo em total segurança. No fim, José Sócrates foi sentar-se numa esplanada com outros quatro colegas (onde, pelas regras impostas, só podem estar quatro pessoas numa mesa, estavam cinco) e, aí, já não foi necessária a escolta da PSP.
Gostaria de perguntar ao Estado e à PSP o porquê das diferenças de tratamento entre cidadãos, consoante o estatuto, a carteira e a classe social: a diferença de tratamento que as polícias têm entre os poderosos e o cidadão comum é óbvia, é repugnante e é inconcebível. Porque é que a PSP protege os poderosos e persegue o cidadão comum?
É que em Portugal, para a PSP, vale mais a pena andar à caça da multa ou de uma grama de haxixe, perseguindo trabalhadores e/ou estudantes que nunca extraviaram ou mataram. Já os suspeitos de corrupção e de outros crimes de colarinho branco, são escoltados como se de bons samaritanos se tratassem. Como bons capatazes que são – eufemismo para paus mandados -, dirão “apenas cumprimos ordens”. Mete tudo muito nojo.
Deixo-vos com Peste & Sida.
Fotografia: Ana Baiao/EXPRESSO
Edição do jornal Sol, 10 de Abril de 2021
O choque, o horror, a surpresa.
Um liberal às costas do Estado?
Só pode ser mentira.
”Mais Estado” ou “menos Estado”, consoante os cargos disponíveis.
Para ler ao som de:
Há umas semanas, algures entre o Teams e o Zoom, o cronista apresentou, entre outros artigos, os New Methods for Second-language (L2) Speech Research, do Flege — e achou curiosa a serendipidade do próximo parágrafo que lhe caiu ao colo, o dos new methods do nosso querido Krugman. A serendipidade. Nada encontrareis igual àquilo. Nada. Garanto. […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
Durão Barroso não é nem padre, nem conservador: é José, não é [xoˈse], pois não, não é. Irá casar-se (com alguém). Não irá casar ninguém.
no valor de 3 milhões de euros, entraram no país de forma ilegal? Então o Bolsonaro não era o campeão da honestidade?
fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.
Retirar “referências racistas” dos livros/filmes de 007? Qualquer dia, ”Twelve Years a Slave” ou “Django Unchained” serão cancelados.
Foi para isto que vim ao mundo? Estava tão bem a baloiçar num escroto qualquer, tão descansadinho.
E uma linguista chamada Emily M. Bender está preocupada com o que irá acontecer quando deixarmos de nos lembrar disto. Acrescente-se.
Foto: New York Magazine: https://nym.ag/3misKaW
Exactamente, cacofonia. Hoje, lembrei-me dos Cacophony, a banda do excelente Marty Friedman. Antes de ter ido para os Megadeth, com os quais voltou a tocar anteontem. Siga.
Oh! E não se atira ao Pepê? Porquê? Calimero, Calimero. Aquele abraço.
O que vale é que em Lisboa não falta onde alojar estudantes deslocados e a preços baratos.
Onde? No Diário da República e no Porto Canal. That is the question. Whether ‘tis nobler in the mind to suffer… OK.
Maria de Lurdes Rodrigues escreveu uma crónica intitulada “Defender a escola pública”. Em breve, uma raposa irá publicar um livro intitulado “Defender o galinheiro”
Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.
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