25 de Abril é mais do que liberdade

Porque

„Só há liberdade a sério quando houver

a paz o pão

habitação

saúde educação,

só há liberdade a sério quando houver

liberdade de mudar e decidir

quando pertencer ao povo o que o povo produzir.“ 

E quando a Justiça for célere e eficiente para todos e deixar de funcionar com tempos e medidas diferentes para pobres e ricos.  E já agora, sem deixar alçapões para os poderosos aplicarem estratagemas.

 

Paulo Ramalho: Do 25 de Abril até à Pandemia, o estado da Democracia em Portugal

(Paulo Ramalho, Autarca e Conselheiro Nacional do PSD)

Nas vésperas do 25 de Abril de 1974, Portugal era um país mais ou menos isolado, focado no seu “império colonial” e entregue ao seu próprio destino.

Não digo isolado, pois apesar da aparente “solidão”, Portugal era membro fundador da “OCDE- Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico”, da “EFTA- Associação Europeia de Comércio Livre” e da “NATO- Organização do Tratado do Atlântico Norte”.

Portugal cultivava aquela máxima do “orgulhosamente só”, ao mesmo tempo que ignorava a reprovação da comunidade internacional relativamente à guerra que então alimentava pela manutenção das denominadas “possessões ultramarinas”.

Do ponto de vista político, o “Estado Novo” era claramente um regime autoritário, nacionalista, corporativista e de cariz conservador, para muitos, de inspiração fascista. Era um regime de partido único, fortemente presente na sociedade e na economia, que tudo supervisionava. Possuía uma polícia política que reprimia qualquer oposição ao regime e que assegurava a manutenção da “moral e dos bons costumes”.

As liberdades de expressão, reunião e manifestação pública estavam fortemente condicionadas. Existia um serviço de censura que fiscalizava toda a comunicação social.

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25 de abril: agora e sempre, para sempre

Hoje é um dia bonito. Um dia que desde cedo compreendi a sua verdadeira importância, já que sempre fui educada para valorizar a Liberdade, essa “maluca que sabe quanto vale um beijo”.

Não tinha eu mais de 8 anos quando escrevi num diário da Barbie muito cor-de-rosa (como podem perceber, em nada cumpria a sua função de ser discreto) como havia passado aquele 25 de abril, que provavelmente seria de 2009 ou 2010. Descrevi-o como um dia feliz, não só porque tinha ido buscar limões com o meu pai a casa da minha avó e feito limonada, mas também porque aquele era o dia que tanto me ensinavam na escola e que muito carinhosamente me explicavam, também em casa, todos os seus contornos que, para aquela criança curiosa e apaixonada por História que eu era, era uma delícia e me fazia sentir dona da verdade daquela época.

Apesar de já não me achar dona de verdade nenhuma, continuo a sentir o 25 de abril como se fosse meu. Por senti-lo tão meu, é que me faz confusão quando o tentam comparar ao 25 de novembro. Atrevimento é de imediato a palavra em que penso sempre que vejo alguém a ter esse discurso, quase que me fazendo lembrar uma pessoa extremamente inconveniente e com a extrema necessidade de achar que faz tudo igual aos outros, mas que fá-lo bem melhor. Ora, abril é abril e novembro é novembro. Deixe-se para abril as celebrações que lhe pertencem e somente essas. Vão ouvir José Mário Branco e, sei lá, não me chateiem.

Devo dizer que também me deixa desconfortável quem se tenta fazer dono da Liberdade dentro de uma Democracia. E é mesmo impressionante como, desde 1974, as tensões entre esquerda e direita ainda são as mesmas, quase como se fossem todos herdeiros de um pensamento bafiento reacionário ou revolucionário (dependendo do espectro) com o qual não se pode/deve discutir. É para ser tudo discutido, mas sempre com o respeito que a Liberdade exige.

25 de abril: agora e para sempre, sempre!

Anti-histamínicos esgotam nas farmácias

Iniciativa Liberal participa nas comemorações do 25 de Abril

O 25 de Abril também se festeja aqui

Esta foto é da @streetart_mallorca e o autor do grafiti é Abraham Calero. Está na Rambla em Palma de Maiorca. Porque a Liberdade é universal. Porque o 25 de Abril é de todos. Porque Celeste Caeiro não será esquecida.

Saudades de quê?

Ainda me arrepio com as histórias, as músicas e os relatos de quem viveu a guerra e a revolução. Com os documentários, as reconstituições cinematográficas e as fotografias daquele dia inicial inteiro e limpo. Com a coragem daqueles militares, que arriscaram a liberdade e a vida para que todos pudéssemos ser livres e – finalmente – viver. Com a existência clandestina dos bravos da resistência antifascista. Com a realização daquela aparente utopia, que na madrugada que todos esperavam emergiu das trevas e limpou o céu. Com o privilégio que foi nascer em democracia, sem nunca, de forma alguma, ter estado sujeito à censura, à perseguição ideológica, à prisão arbitrária, à tortura ou à morte às mãos de um qualquer carrasco da PIDE. Por delito de opinião.

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Poesia de Abril – Abril Sempre

Abril Sempre

Abril de calor,
Abril da frieza,
Abril de fervor,
Abril da pureza.
Abril da chuvada,
Abril de saudade.
Abril camarada,
Abril liberdade.
Abril que é verdade.
Abril solto, Abril suado,
Carregado de paixão;
Abril sem entrave,
Fraterno e inebriado:
Abril revolução!
Abril do passado,
Abril do presente:
25 de Abril Sempre!

Fotografia retirada do site: abrilabril.pt

Celebrar o Dia da Liberdade – 25 de Abril

Celebro, sim, sem qualquer mas, grato, sempre e muito, ao MFA, os militares que nos conduziram ao fim da ditadura moribunda do Estado Novo e nos ofereceram, através do seu programa, a Liberdade, individual e associativa, e a Democracia.
Quem diz celebrar este dia com “ah, mas o PREC” ou com “ah, mas só com o 25 de Novembro”, não está ainda preparado para sentir que o MFA, que mais tarde se dividiu, é certo, foi quem nos ofereceu a possibilidade de tudo o que nós fizemos após 25 de Abril de 1974.
Foi o 1º Dia, o primeiro Dia da Liberdade, após 48 anos de ditadura e é apenas esse dia que neste Dia celebro sem reserva alguma.
E celebro sim, com a Grândola que o João Mendes já colocou e com a marcha “A Life on the Ocean Wave”, de Henry Russel, adoptada como Hino do MFA!

Lembrete: em português europeu, Abril não é abril

Em português europeu, Abril é Abril. Efectivamente, sempre.

Banda sonora para um dia inicial inteiro e limpo

Era meia-noite e vinte. No programa Limite, da Rádio Renascença, começavam a soar os passos coordenados que antecedem os versos da icónica Grândola Vila Morena. Estava em marcha a Revolução dos Cravos. A madrugada que a liberdade esperava, a alvorada da democracia, o dia inicial inteiro e limpo.

25 de Abril Sempre, fascismo nunca mais!